A FORMOSA JERUSALÉM
TEXTO ÁUREO
“Mas nós, segundo a sua promessa,
aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça” (2 Pe
3.13).
O crente deve estar convicto de que
as coisas deste mundo não é o fim da jornada. Nosso fim está muito além, na
cidade preparada por Deus para os seus servos fiéis. Estamos apenas de passagem
neste mundo, caminhado rumo ao nosso verdadeiro lar no céu. Contrariamente ao
evangelho que se anda pregando por aí, não devemos esperar por segurança nas
coisas terreais nem nos fascinar por elas; somos estrangeiros e exilados na
terra, já que aqui não é a nossa pátria; o fim de nossa peregrinação será uma
pátria muito melhor, a Jerusalém celestial, a cidade permanente! (Hb 12.22; 13.14).
VERDADE PRÁTICA
O melhor da Jerusalém Celeste é que
estaremos para sempre com Jesus.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Apocalipse 21.9-18
OBJETIVOS
·
Compreender o que é a Jerusalém Celeste;
·
Elencar as principais características
da Nova Jerusalém; e
·
Conscientizar-se de que a Nova Jerusalém será um
Estado perfeito e eterno.
PALAVRA CHAVE
Nova Jerusalém: Cidade Celeste
preparada por Deus para morada dos santos.
INTRODUÇÃO
Chegamos ao fim de mais um trimestre
de nossa escola bíblica dominical, com um assunto vibrante e cativador.
Estivemos todos os domingos reunidos, debruçados em temas instigantes que,
embora ainda desconhecido de muitos, é tema de suma importância para a vida
cristã, pois trata de nosso futuro, da nossa vida futura como reflexo do reino
de Deus já vivenciado hoje. Chegamos hoje, sabendo que Deus tem algo muito
melhor reservado para nós, a bênção final dos redimidos. Nossa esperança deve
estar hoje mais firmada na vida eterna com Deus numa pátria celestial, mantendo
os olhos fixos na nossa cidadania no novo céu e na nova terra. Aproveitemos bem
esta aula para dirimir todas as dúvidas que ainda persistam quanto ao nosso
futuro com Deus e para fortalecer a fé daqueles que ainda estão presos às
coisas terreais e já não pensam mais nas moradas que Jesus nos foi preparar na
casa do Pai.
I. O QUE É A JERUSALÉM CELESTE
1. Mais sublime que os céus. Para apagar todos
os sinais do pecado, Deus então destruirá a terra e o universo tal qual
conhecemos. O céu e a terra serão abalados e desaparecerão como fumaça; as
estrelas se derreterão e os elementos serão dissolvidos (veja 2Pe 3.7,10,12; Ag
2.6; Hb 12.26-28; Is 51.6). A terra renovada será então a habitação dos homens
e de Deus. A Nova Jerusalém, que agora está no céu (Gl 4.26), descerá à terra e
será a sede do governo divino, onde Deus habitará eternamente com o seu povo
(Lv 26.11,12; Jr 31.33; Ez 37.27; Zc 8.8). Tão sublime é a Cidade de Deus, que
não temos palavras para descrevê-la. Referindo-se aos bens que nos aguardam na
eternidade, declara Paulo: “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não
ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o
amam” (1 Co 2.9).
2. A casa de meu pai. Ao consolar os
discípulos, promete-lhes o Senhor Jesus: “Na casa de meu Pai há muitas moradas;
se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar” (Jo
14.2). Céu é o termo bíblico para designar o lugar da habitação de Deus, o
lugar de sua presença para onde o Cristo glorificado retornou (At 1.11).
Hebreus 12.22-25 afirma que é no céu o lugar onde a igreja militante e a igreja
triunfante se unem para o culto. Uma tradução mais adequada para “morada” seria
“salas”, transmitindo a ideia de que existe um amplo espaço no céu para aqueles
que vão a Jesus, como o Salvador.
3. A Nova Jerusalém. Desta maneira, o
apóstolo Paulo descreve a cidade divina: “Mas a Jerusalém que é de cima é livre,
a qual é mãe de todos nós” (Gl 4.26) – a Jerusalém verdadeira está nos
céus, onde Cristo está (Hb 12.22; Ap 21.2). Temos chegado nesta Jerusalém
celestial, pela fé, onde podemos entrar no Santo dos Santos e cultuar a Deus. A
Nova Jerusalém é tão especial que a Palavra de Deus diz que não nos lembraremos
de mais das coisas passadas (Is 65.17).
SINOPSE DO TÓPICO
(I)
A Nova Jerusalém foi preparada por Deus
para abrigar todos os santos.
II. AS CARACTERÍSTICAS DA NOVA JERUSALÉM
1. É um lugar real. Ela foi
descrita rica e detalhadamente por João. Leia o capítulo 21 do Apocalipse. A
nova Jerusalém está agora no céu e dentro em breve descerá à terra como a
cidade de Deus, que Abraão e todos os fiéis esperavam, da qual Deus é o
arquiteto e construtor (Fp 3.20; Hb 11.10, 13,16).
2. Arquitetura. A Nova
Jerusalém foi ideada e construída pelo próprio Deus (Hb 11.10). Se o mundo
natural já é belo e cheio de deslumbres, o que não diremos do sobrenatural?
Você anseia pela cidade edificada por Deus? "E a cidade estava situada
em quadrado; e o seu comprimento era tanto como a sua largura. E mediu a cidade
com a cana até doze mil estádios; e o seu comprimento, largura e altura eram
iguais" (Ap 21.16). Não há pretensão minha em ser exato neste cálculo,
e nem importa tanto o seu coeficiente: cada estádio media aproximadamente 178
metros pelo sistema israelita. Multiplicando 12.000 x 178 temos 2.136 Km de
comprimento, o mesmo para a sua altura e largura, temos um volume maior que o
de Plutão!
3. Formato. Deus
construiu a Nova Jerusalém como um cubo perfeito, segundo João no-la descreve:
“E a cidade estava situada em quadrado; e o seu comprimento era tanto como a
sua largura. E mediu a cidade com a cana até doze mil estádios; e o seu
comprimento, largura e altura eram iguais” (Ap 21.16). O tamanho da cidade
indica que ela possui espaço suficiente para os salvos glorificados de todos os
tempos. É interessante notar os que, no Tabernáculo do Antigo Testamento, o
Santo dos Santos, onde Deus se encontrava com o seu povo, formava um cubo
perfeito, e isso nos ensina que a cidade inteira ficará cheia da glória de Deus
e da santidade de Deus. 144 côvados, ou seja, doze vezes doze côvados. Todas as
medidas da cidade mostram associações com as doze tribos de Israel e os doze
apóstolos. “Doze” designa, simbolicamente, o povo de Deus.
4. Materiais. Iluminada
pela glória de Deus, sua luz tem a resplandecência do jaspe. Além disso, ela é
feita de ouro puro e, como fundamento, possui doze pedras preciosas. Estes
materiais preciosos utilizados na construção da cidade magnificam sua beleza e
glória e a maneira como ela reflete a beleza de Deus que enche a cidade com a
sua glória. Esta lista também alude às doze pedras do peitoral de Arão (Êx
28.15-21); aquelas prerrogativas que no AT pertenciam apenas à classe
sacerdotal pertencem agora à cidade inteira. Ela não precisa de templo, porque
o seu santuário é o Deus Todo-Poderoso e o Cordeiro. A presença e a comunhão
íntima com Deus permearão toda a cidade santa, e não apenas um templo (Ap 21.22).
Em cumprimento a Isaías 60.19,20, também não carece de sol nem de lua, porque o
Filho de Deus é a sua lâmpada (Ap 21.23). E como ali não haverá noite, suas
portas jamais se fecharão. Aleluia!
SINOPSE DO TÓPICO
(II)
Deus é o construtor da Nova Jerusalém,
por isso ela é uma cidade santa, perfeita e esplendorosa onde os remidos do
Senhor vão habitar para todo o sempre.
III. O PERFEITO ESTADO ETERNO
A Bíblia revela muito pouco do estado
eterno. Como Deus descreverá a eternidade para nós que somos tão limitados? Não
alcançaríamos a revelação, o pouco que a Bíblia nos relata já é difícil
compreendermos. Veremos a descrição da Nova Jerusalém, porém ela já estará
disponível aos santos glorificados durante o Milênio. Nos capítulos 21 e 22 a
Nova Jerusalém é descrita como será vista na “eternidade futura”; é a cidade
que Jesus foi preparar para nós (Jo 14.2,3).
1. Um governo perfeito. O seu
governante é o próprio Deus na pessoa de seu amado Filho. Tudo será
administrado com perfeição máxima. A nova Jerusalém é onde está o trono de Deus
(Ap 22.3-4); o trono fala da soberania e do governo de Deus. O Senhor governa
sobre essa igreja. Ela é comandada por aquele que está no trono. Ela é
submissa, fiel. Esse é um trono de amor. Os súditos também são reis. Eles
obedecem prazerosamente.
2. Habitantes perfeitos. Os redimidos
de todas as eras lá estarão. Ali, os patriarcas, profetas e apóstolos receberão
elevadas distinções (Lc 13.28; Ap 21.14). As tribos de Israel serão igualmente
honradas (Ap 21.12). Entre os habitantes da Nova Jerusalém, estarão também as
nações (Ap 21.24). Isso significa que a cidade não será afetada pelo enfado,
nem pela monotonia. Ela será espiritual e intelectualmente estimulante. "Os
seus servos o servirão". Nosso trabalho será deleitoso. Vamos servir
Aquele que nos serviu e deu a sua vida por nós. Os salvos entrarão no descanso
de DEUS (Hb 4:9). Os salvos descansarão de suas fadigas (Ap 14:13), não porém
de seu serviço.
3. Conhecimento perfeito. O que Deus
tem preparado para nós só pode ser algo que ainda não pode ser descrito ou
decifrado humanamente em palavras, como o próprio apóstolo Paulo nos disse em
1º Coríntios 2.9: "Mas, como está escrito: As coisas que o olho
não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são [todas] as[coisas] que
Deus preparou para os que o amam." Foi através do “fundamento
dos apóstolos... sendo Cristo Jesus a pedra angular”, que “a multiforme
sabedoria de Deus se tornou conhecida”. A sabedoria de Deus, que é Jesus
(Cl 2.1,3), o qual se tornou por Deus sabedoria, justificação, santificação e
redenção para nós (1Co 1.30), essa sabedoria, concretizada em todos os séculos,
passada aos homens em nosso século (período da Igreja), foi dada aos apóstolos
para que eles fizessem o fundamento citado em Efésios 2.20, na Jerusalém
Celeste, teremos a eternidade para estar com e adorar a Cristo, e explorar lhe
o infinito conhecimento. Já imaginou um estudo teológico de milhões de anos?
Sim, lá seremos teólogos perfeitos. Hoje, conhecemos a Deus apenas em parte (1
Co 13.12). Mas ali, na Nova Jerusalém, a eternidade não será suficiente para
conhecermos o Pai (Rm 11.33). Aleluia!
4. Comunhão perfeita. A Eternidade
oferecerá finalmente a reconciliação completa entre o homem e Deus. Finalmente
a comunhão quebrada do primeiro jardim (Gn 3) será restaurada completa e
eternamente. Então, jamais Satanás ou o homem poderá quebrar esta comunhão. O
resultado desta preciosa comunhão é um mundo sem lágrimas, pois somente Deus
pode enxugar nossas lágrimas: “Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; não
haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as
primeiras coisas são passadas” (21.4). "Contemplarão a sua face...".
O que mais ambicionamos no céu não são as ruas de ouro, os muros de jaspes
luzentes, não são as mansões ornadas de pedras preciosas, mas contemplar a face
do Pai! Céu é intimidade com DEUS. Esta é a esperança e a meta da salvação
individual em toda a Escritura: a contemplação de Deus. Ele nos salvou não
apenas para irmos para o céu, mas para reinarmos com ele no céu. Ele não apenas
nos levará para a glória, mas também para o trono.
5. Amor perfeito. Nossa
comunhão será perfeita, porque o nosso amor também será perfeito. Escreve
Paulo: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o
maior destes é o amor” (1 Co 13.13). Lá, não precisaremos de fé, porque
estaremos frente à frente com o Pai Celeste (1 Jo 3.2). Também não precisaremos
de esperança, porque comungaremos para sempre com o tão esperado Jesus. Mas,
quanto ao amor, o que podemos dizer? A eternidade não será o bastante para
declararmos ao Noivo o quanto o amamos. A eternidade será um estado de
Gozo e Paz perfeitos. Deus criará novos Céus e nova Terra adaptados para a
eternidade (Ap 21.1). A Nova Jerusalém estará nesta nova Terra e Deus habitará
nela (Ap 21. 2,3). Veremos a face do Senhor para sempre e o serviremos (Ap
22.3,4). Passaremos a eternidade com o Nosso Senhor! Aleluia! Após o Juízo
Final e a criação do novo Céu e da nova Terra, Deus introduzira os seus filhos
na eternidade; tudo estará feito; ou seja, a restauração total dos Céus e da
Terra e de todos os que nela habitam. O problema do pecado e da morte jamais retornará!
(Ap 21.5-7).
SINOPSE DO TÓPICO
(II)
A Nova Jerusalém será um Estado não
somente perfeito, mas igualmente eterno.
CONCLUSÃO
Creio, de acordo com o ensino das
Escrituras, que todos quantos forem justificados pela fé no nome do nosso
Senhor Jesus Cristo, viverão corporalmente na eternidade, na presença de Deus,
no pleno gozo das bem-aventuranças celestiais; e que aqueles que, pela sua
impenitência e incredulidade, rejeitarem a oferta da graça e misericórdia de
Deus, em Cristo, viverão corporalmente na eternidade, afastados da glória de
Deus e em sofrimento eterno. (Sl 16.11; Mt 25.46; Jo 14.2); Far-me-ás ver a
vereda da vida; na tua presença há fartura de alegrias; à tua mão direita há
delícias perpetuamente (Sl 16.11); E irão estes para o tormento eterno, mas os
justos para a vida eterna (Mt 25.46); Na casa de meu Pai há muitas moradas; se
não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. (JO 14.2). Este
estado de eterna glória, em que Deus já terá enxugado as lágrimas de todos os
salvos, jamais findará. Jesus Cristo entregará o Reino ao Pai. Haverá um novo
céu e uma nova terra onde habitará a justiça. Não haverá mais tristeza, nem
ódio nem dor, nem lembranças amargas do passado. Não haverá mais noite e o
tempo cronológico provavelmente deixará de existir. Todos os salvos de todas as
épocas se reconhecerão e estarão juntos eternamente. O puro e perfeito amor
será desfrutado na sua inteireza. Acredito que não haverá mais a possibilidade
de pecar. Os salvos serão unidos ao Senhor de maneira perfeita, física (corpo
ressurreto e incorruptível) e espiritualmente, nas suas frontes estará gravado
o Seu nome.
NOTAS
BIBLIOGRAFICAS
TEXTOS UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem final de Cristo à Igreja; Comentarista: Claudionor de Andrade; CPAD;
OBRAS CONSULTADAS:
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
-. Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
-. KISTEMAKER, Simon. Apocalipse. São Paulo: Cultura Cristã, 2004;
-. HORTON, S. M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed., RJ: CPAD, 2001.
-. LAWSON, S. J. As Sete Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final de Cristo para seu povo. 5.ed., RJ: CPAD;
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem final de Cristo à Igreja; Comentarista: Claudionor de Andrade; CPAD;
OBRAS CONSULTADAS:
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
-. Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
-. KISTEMAKER, Simon. Apocalipse. São Paulo: Cultura Cristã, 2004;
-. HORTON, S. M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed., RJ: CPAD, 2001.
-. LAWSON, S. J. As Sete Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final de Cristo para seu povo. 5.ed., RJ: CPAD;
Os textos das referências bíblicas
foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/ , na versão
Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.
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