O JUÍZO FINAL
TEXTO ÁUREO
“Mas, quanto aos tímidos,
e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos
fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua
parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte”. (Apocalipse
21.8).
Tímidos: Coragem e
resistência paciente são indispensáveis no conflito entre o Cordeiro e o
Dragão. Incrédulo é o oposto de fiel. Abomináveis significam
poluídos pelas abominações da terra (17.5). Feiticeiros: O
grego literal refere-se àqueles que traficam drogas. Mentirosos são
aqueles que se desviam da verdade e juntam-se aos enganadores. [a].
VERDADE PRÁTICA
Deus é amor, mas não permitirá que
nenhum pecador impenitente fique impune.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Apocalipse 20.7-15.
OBJETIVOS
- Definir o Juízo Final;
- Compreender o sistema do julgamento divino e seus personagens;
e
- Conscientizar-se de que o Juízo Final é uma doutrina
fundamental das Escrituras.
PALAVRA CHAVE
Juízo: Ato, processo ou efeito de
julgar; Ato de julgar. Faculdade intelectual de julgar, entender, comparar e
tirar conclusões. Julgamento, apreciação: fazer bom juízo de alguém. Sensatez,
bom senso, tino, siso [b].
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
"E, como aos homens está
ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo," (Hb 9.27).
Segundo as Escrituras, aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo
depois disso o Juízo final. O Juízo Final, Julgamento Final,
o Dia do Juízo Final, ou Dia do Senhor nas
Escrituras, é o julgamento final e eterno feito por Deus sobre todas as nações.
Terá lugar depois da ressurreição dos mortos e a Segunda Vinda de Cristo (Ap
20.12-15). A Escola Pré-Milenista dispensacionalista[c], ensina que a
Segunda Vinda acontecerá em duas fases distintas: na primeira, Cristo se
encontrará com a Igreja nos ares e levará os salvos para participar das Bodas
do Cordeiro nas regiões celestiais; na segunda, após sete anos de Tribulação na
Terra sem a presença da Igreja, Cristo regressará com ela para reinar neste
mundo por mil anos. Fazemos distinção entre a ressurreição para a Igreja, na
ocasião do Arrebatamento; a ressurreição para aqueles que virão a crer durante
a Grande Tribulação de sete anos (ressurreição esta que ocorrerá na segunda
fase da Segunda Vinda de Jesus, no final da Grande Tribulação); e a
ressurreição dos incrédulos no final do Milênio. Distingue também o julgamento
dos crentes após o Arrebatamento (Tribunal de Cristo), o julgamento dos judeus
e gentios convertidos no final da Grande Tribulação (Julgamento das Nações) e o
julgamento dos incrédulos no final do Milênio (Juízo Final ou Juízo do Grande
Trono Branco). Cremos que o período de sete anos da Grande Tribulação será
literal, e que a Igreja será arrebatada antes dessa tribulação. O Milênio será
inaugurado e estabelecido com a Segunda Vinda de Jesus (na segunda fase), após
a Grande Tribulação, e durará literalmente mil anos. Para esta escola, há
distinção entre Israel e a Igreja.
I. O QUE É O JUÍZO FINAL
1. O Juízo Final. A cena do Juízo
Final que aparece na Bíblia é esta que fala em justiça soberana e santa. A
idéia do Juízo e retratada através do Rei sobre o seu trono medindo a justiça
de todos que estão a sua frente. Os termos usados para descrever o Trono
"Grande e Branco" salienta a Soberania e Santidade. A última rebelião
é [imediatamente] seguida pelo Julgamento do Grande Trono Branco, sobre os não
salvos. Esta é a segunda ressurreição e a segunda morte. A primeira ressurreição
[mesmo em etapas] foi aquela dos salvos, enquanto que a segunda é a dos que não
foram salvos. A primeira morte é a separação entre o espírito e o corpo,
enquanto que a segunda é a separação eterna de Deus, no Lago de Fogo.
2. As bases do Juízo Final. “E vi os
mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros;
e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas
coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os
mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e
foram julgados cada um segundo as suas obras” (Ap 20.12-13). Será um
julgamento de obras, e isso significa que todos os que serão julgados ante este
Grande Trono Branco serão condenados, pois todos são pecadores (Rm 3.9-18), e “Mas
todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da
imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um
vento nos arrebatam” (Is 64.6). Salvação, por outro lado, não é pelas
obras, mas é pela graça de Cristo, que morreu em nosso lugar; “Porque pela
graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não
vem das obras, para que ninguém se glorie;” (Ef 2.8-9). A obra (singular)
do crente será julgada no Tribunal de Cristo: “A obra de cada um se
manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e
o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa
parte permanecer, esse receberá galardão.” (1Co 3.13,14), referindo-se a um
exame do seu serviço prestado a Cristo, para que o crente receba recompensas ou
as perca. Mas os descrentes darão conta de suas "obras" (plural),
referindo-se a seus pensamentos e ações serem julgados pela santa lei de Deus.
As "boas obras" de um homem não podem salvá-lo, pois elas não podem
comprar o perdão de sem sequer um dos seus pecados. Além disso, como vimos até
mesmo a retidão do homem ou as suas boas obras são como trapo de imundície,
diante um Deus triplamente santo: “Mas todos nós somos como o imundo, e
todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a
folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam.” (Is 64.6)
.
3. A ocasião do Juízo Final. “E vi os
mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros;
e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas
coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.” (Ap 20.12).
SINOPSE DO TÓPICO
(I)
O julgamento que o
Altíssimo conduzirá no final dos tempos consoante às obras dos homens chama-se
Juízo Final.
II. O JULGAMENTO DA BESTA, DO FALSO
PROFETA E DO DRAGÃO.
1. O juízo sobre a Besta. Um anjo que estava
no sol fez um convite para todas as aves que voavam pelo meio do céu a virem se
fartarem das carnes dos poderosos, (Apocalipse 19:17 e 18) “E vi um anjo que
estava no sol, e clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo
meio do céu: Vinde e ajuntai-vos à ceia do grande Deus, para que comais a carne
dos reis, e a carne dos tribunos, e a carne dos fortes, e a carne dos cavalos e
dos que sobre eles se assentam, e a carne de todos os homens, livres e servos,
pequenos e grandes”. A besta, os reis da terra e seus exércitos avançaram
contra ao que estava montado no cavalo branco e seu Exercito, (Apocalipse
19:19) “E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para
fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo e ao seu exército”. A
besta e o falso profeta foram presos e lançados no lago de fogo, (Apocalipse
19:20 e 21) “E a besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela,
fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a
sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de
enxofre. E os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava
assentado sobre o cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes” [d].
2. O juízo sobre o Falso Profeta. Os dois
aliados do dragão introduzidos no capítulo 13 – a besta (do mar) e o falso
profeta (a besta da terra que induzia as pessoas a adorarem a besta) são
tomados pelas forças do Cordeiro. Foi comum nas guerras tomar os reis ou
comandantes como prisioneiros, ou para o cativeiro (cf. 2 Reis 25.5-7) ou para
serem executados diante do povo vitorioso (cf. Juízes 8.12,21). O destino
destes líderes dos ímpios: Os dois foram lançados vivos dentro do lago
de fogo que arde com enxofre: O “lago de fogo” é
mencionado somente no Apocalipse (cf. 20.10,14,15). Destes
versículos aprendemos que é o lugar do tormento perpétuo das duas bestas, do
diabo e daqueles que não são achados no Livro da Vida. A morte e o inferno
(hades), também, são lançados neste lago. Enxofre sempre representa castigo ou
destruição que vem de Deus (cf. 9.17-18; 14.10; Salmo 11.5-7). A destruição,
porém, não significa cessar de existir. O tormento deles continua “pelos
séculos dos séculos”(20.10) [e].
3. O juízo sobre o Dragão. Satanás
será acorrentado durante estes mil anos dentro do abismo, conforme Apocalipse
20:1-3: "E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do
abismo (poço sem fundo), e uma grande cadeia na sua
mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente [dos primórdios], que
é o Diabo e Satanás, e amarrou-o [seguramente] por mil anos. E
lançou-o no abismo (poço sem fundo), e ali o encerrou, e pôs selo
sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E
depois importa que seja solto por um pouco de tempo." O diabo, que
habilitou a besta e o Falso Profeta, compartilham de seu destino. No primeiro
estágio de seu julgamento, ele é amarrado por mil anos no abismo. Qualquer que
seja a interpretação sobre o milênio, a verdade central da derrota de Satanás
em estágios, continua a mesma. O objetivo da prisão do diabo é para que não
engane as nações. Desde a época do primeiro advento de Jesus e do derramamento
do Espírito Santo, não foi mais possível para Satanás manter o povo do mundo
nas trevas sem disputa (Lc 2.29-32), uma vez que os discípulos proclamam o
evangelho para “todas as nações” (Mt 28.18-20) [e]. A trindade
profana estará reunida para passar a eternidade em tormentos. Em seguida,
ocorrerá o julgamento diante do Grande Trono Branco, no qual os perdidos de
todas as épocas — os espíritos não regenerados daqueles que morreram sem
Cristo, incluindo aqueles que foram consumidos pelo fogo ao seguirem a Satanás
no fim do Milênio — serão julgados de acordo com suas obras, conforme
registradas nos "livros" (plural) (Ap 20.12).
SINOPSE DO TÓPICO
(II)
Antes de instaurar o
Juízo Final, o Senhor julgará antecipadamente a Besta, o Falso Profeta e o
Dragão.
III. A INSTALAÇÃO DO TRONO BRANCO
Os últimos versículos do capítulo 20
descrevem uma cena de julgamento de destruição dos mortos. A santidade de Deus
não aceita a impureza daqueles cujos nomes não foram achados no Livro da Vida.
O trono branco aparece somente aqui, mas a ideia do julgamento divino aparece
em diversos textos no Antigo e Novo Testamento.
1. O Trono Branco. É um trono
que descreve a majestade e grande autoridade de Deus. Este é o trono do Rei dos
reis e Senhor dos senhores, o trono onde cada sim é sim [absoluto e final] e
cada não é não [absoluto e final], para além do qual não há mais possibilidade
de recurso, de apelo [muito menos de segunda chance. Branco significa santidade
e retidão. Trata-se do trono do santo [e final] julgamento de Deus contra todos
os pecados. Não há um arco-íris como havia em Apocalipse 4. Não há nenhuma
graça, nem misericórdia, não há nenhum pacto de esperança. Em contraste com os
crentes, que veem livre e corajosamente a um "trono da graça", em
razão do sangue de Cristo [sobre eles aplicado]: “Cheguemos, pois, com
confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar
graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno”; “Tendo, pois,
irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus,” (Hb 4.16,
10.19), o descrente é arrastado até um aterrorizador, flamejante trono branco
para receber julgamento sem nenhuma diminuição. “Quem parará diante do
seu furor, e quem persistirá diante do ardor da sua ira? A sua
cólera se derramou como um fogo, e as rochas foram por ele derrubadas” (Na
1.6 ). “Porque o SENHOR teu Deus é um fogo que consome, um Deus
zeloso” (Dt 4.24); “Nuvens e escuridão estão ao redor dele; justiça e
juízo são a base do seu trono. Um fogo vai adiante dele, e abrasa os
seus inimigos em redor”(Sl 97.2,3); “Porque o nosso Deus é
um fogo consumidor” (Hb 12.29). (Ap 20.11: “E vi um grande trono
branco...) É grande, o que significa a onipotência de Deus. O
pecador, que invariavelmente pensa de si como importante e digno de graça, será
plenamente consciente de sua insignificância e inutilidade de sua vaidade
quando ele ficar diante deste grande trono.
2. Os Tronos dos Justos. O plural
trono é usado somente quatro vezes em Apocalipse (ver 4.4; 11.16), e aqueles
sentados neles sempre são os vinte e quatro anciãos, a quem foi dado o poder de
julgar como representantes da Igreja no céu e na terra (ver Dn 7.9,22,27; Mt
19.28; Lc 22.30; Hb 12.1,2). [f]. Essa foi a
promessa do Cristo glorificado à igreja de Laodicéia: “Ao que vencer lhe
concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me
assentei com meu Pai no seu trono”. (Ap 3.21).
3. O Supremo Juiz. “E vi um
grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja
presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles”(Ap
20.11). O ocupante do trono este é Jesus Cristo, a quem o Pai deu todo o
julgamento: “E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o
juízo” (Jo 5.22). O homem disse, “Mas os seus concidadãos
odiavam-no, e mandaram após ele embaixadores, dizendo: Não queremos que
este reine sobre nós.” (Lc 19.14 ) mas agora eles comparecerão perante
Ele, contra Quem se rebelaram, e darão conta a Ele.
4. Os livros do Juízo Final. O livro
da vida será aberto. Este é o livro que contém os nomes das
pessoas de todos os séculos que estão eleitas em Cristo, de acordo com o
pré-conhecimento de Deus “E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra,
esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que
foi morto, desde a fundação do mundo.”; “A besta que viste foi e já não é,
e há de subir do abismo, e irá à perdição; e os que habitam na terra (cujos
nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se
admirarão, vendo a besta que era e já não é, mas que virá.” (Ap 13.8; 17.8). A
própria existência deste livro irá relembrar todo pecador que um Salvador veio
ao mundo para morrer pelos pecados do homem, e que a salvação foi oferecida a
"todo e qualquer que a queira". "O Livro da Vida será
desenrolado ali, porque muitas pessoas naquela grande multidão têm tido como
garantido que os seus nomes estão lá, meramente porque, por acaso, foram
listadas no rol de membros de alguma igreja ou sociedade religiosa".
“E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim,
vós que praticais a iniquidade.” (Mt 7.23). O livro de obras será
aberto. É mantido registro de todas as obras do homem, incluindo cada
palavra inútil e cada coisa secreta: “Mas eu vos digo que de toda a
palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo.”;
“Porque não há coisa oculta que não haja de manifestar-se, nem
escondida que não haja de saber-se e vir à luz.”; “No dia em que Deus
há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu
evangelho.” (Mt 12.36; Lc 8.17; Rm 2.16). Salmos 50.16-21 descreve o tipo
de coisas que serão vistas no Julgamento do Grande Trono Branco: “Mas ao
ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar os meus estatutos, e em tomar a minha
aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, e lanças as minhas palavras
para detrás de ti. Quando vês o ladrão, consentes com ele, e tens a
tua parte com adúlteros. Soltas a tua boca para o mal, e a tua língua compõe o engano.
Assentas-te a falar contra teu irmão; falas mal contra o filho de tua mãe. Estas
coisas têm feito, e eu me calei; pensavas que era tal como tu, mas eu te
argüirei, e as porei por ordem diante dos teus olhos”. O livro
de Deus [a Bíblia] também vai estar lá. Em João 12.48
Jesus disse: “Quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras, já
tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado essa o há de julgar no
último dia”. Assim, a Bíblia será aberta nessa ocasião como um
testemunho para cada pecador.
SINOPSE DO TÓPICO
(III)
Na instauração do
Juízo Final teremos os seguintes símbolos: o Trono Branco, os tronos dos
justos, o Supremo Juiz e os livros do juízo.
IV. O JULGAMENTO DOS MORTOS
Vi também os mortos, os grandes e os
pequenos, postos em pé diante do trono: A tendência de muitos comentaristas
é ver aqui a ressurreição no último dia e o julgamento final. A Bíblia
claramente ensina que haverá uma ressurreição de todos e um julgamento “perante
o tribunal de Cristo” (2Co 5.10; Jo 5.27-29). Os mortos, neste
caso, seriam aqueles que se dedicavam à besta. Não há menção aqui de galardão
para os fiéis, somente de condenação dos ímpios. Na “primeira
ressurreição” (20.5), os adoradores do Cordeiro foram exaltados
para reinar com ele. Aqui, podemos ver uma segunda ressurreição – dos
adoradores da besta, os grandes e os pequenos (cf. 13.16), que serão condenados
com ela.
1. A segunda ressurreição. “Deu o mar os
mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia”: Nenhum morto foi
isento deste julgamento. Até os ímpios entregues à Morte e ao Inferno (6.7-8)
são apresentados para o julgamento. Deus tem domínio, e ninguém consegue
proteger os mortos do julgamento dele. “E foram julgados, um por um, segundo
as suas obras”: Os servos da besta são julgados da mesma maneira que todos
serão julgados no último dia (2 Coríntios 5:10). Deus é justo, e dará a cada um
segundo as suas obras.
2. Os mortos da segunda ressurreição. No discurso
feito logo após a cura do paralítico de Betesda, Jesus falou de duas
ressurreições distintas. A primeira é a ressurreição figurada: “Eu
lhes asseguro: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a
vida eterna e não será condenado, mas passou da morte para a vida. Eu lhes
afirmo que está chegando a hora, e já chegou a que os mortos
ouvirão a voz do Filho de Deus, e aqueles que a ouvirem, viverão” (Jo 5.24-26).
A segunda é a ressurreição literal: “Não fiquem admirados com isto,
pois está chegando a hora em que todos os que estiverem nos túmulos ouvirão a
sua voz e sairão: os que fizeram o bem ressuscitarão para a vida, e os que
fizeram o mal ressuscitarão para serem condenados” (Jo 5.28-29). Jesus explicou
que a hora da primeira ressurreição “já chegou”, mas a hora da segunda “está
chegando”. É o tempo que separa e diferencia uma ressurreição da outra. Em
outras palavras, a primeira ressurreição está acontecendo e a segunda está para
acontecer. [g]. Os mortos da
segunda ressurreição são os fisicamente mortos. A ressurreição para a vida é
chamada de Primeira Ressurreição. A ressurreição que é para a
morte, é chamada de Segunda Ressurreição (“E muitos dos que
dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para
vergonha e desprezo eterno” Daniel 12.2; “Não vos
maravilheis disso, porque vem à hora em que todos os que estão nos sepulcros
ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e
os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação” João 5.28-29) [h].
3. A segunda morte. Então, a morte e
o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo: A Morte e o
Inferno são inimigos de Deus, mas são dominados, utilizados e vencidos pelo
Senhor. Existem vários sentidos ou contextos em que Jesus vence a morte e o
inferno (a palavra grega aqui é hades – região dos mortos). No
passado, ele a venceu na sua ressurreição (Atos 2:24-31; Romanos 6:9; 2 Timóteo
1:10). No presente, os servos fiéis participam da vitória sobre a morte
(Romanos 8:2,38-39; Hebreus 2:15; 1 João 3:14). No futuro, a morte é o último
inimigo a ser vencido (1 Coríntios 15:26). Aqui, em relação à guerra do dragão
e suas bestas contra os santos, a morte e o inferno são derrotados e lançados
no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo: O vencedor
é isento desta morte (2:11; 20:6). Ele participa da vida que há em Cristo
Jesus. O lago de fogo já foi representado como lugar de castigo perpétuo
(20:10). Na verdade, os ímpios ressuscitarão para uma “segunda morte”, Ap 21.8.
Essa “segunda morte” não significa aniquilamento, mas banimento da presença de
Deus (2 Ts 1.9). Esse banimento implica que todos os ímpios serão lançados no
Geena, chamado “Lago de Fogo” (Mt 25.41,46), que arde continuamente com fogo
inapagável — o tormento eterno (Ap 14.10,11).
SINOPSE DO TÓPICO
(IV)
No Juízo Final, os
mortos, sejam grandes ou pequenos, estarão diante do Trono Branco.
V. O JULGAMENTO DA MORTE E DO INFERNO.
O inferno e a morte (o lugar de
separação), tendo sido esvaziados pela segunda ressurreição, serão lançados
como lixo para dentro do lago de fogo, e assim eliminado completamente.
1. O juízo sobre a morte. Enfim, da morte
nunca mais se dirá "Em Adão todos morrem" (1Co 15.22). A morte
está sendo personificada aqui, pois é a grande inimiga do homem, e está ligado
ao inferno, ou Hades, o equivalente do grego para o hebraico Sheol - é o lugar
para onde atualmente só descem as almas dos mortos ímpios, pois as dos justos
sobem para estar com Cristo no céu (2Co 5.8).
2. O juízo sobre o inferno. A palavra
“inferno” aparece na Bíblia por 30 vezes, sendo apenas 10 vezes em todo o Velho
Testamento e 20 vezes no Novo Testamento, porém não foi registrada a mesma
palavra para inferno em todas as passagens. Não houve na realidade falha do
tradutor quando menciona inferno no lugar delas, pois cada uma das palavras
originais tem um significado próprio e complexo na sua descrição. Em primeiro
lugar não podemos associar a palavra “inferno” a todos os lugares citados, sem
dúvida seria incorreto. Em algumas traduções mais equivocadas ainda está
mencionado “sepultura” outras o “além”, nesses casos não houve nenhuma
fidelidade na tradução da palavra. Sequer foi deixado claro que o lugar é de
tormento terrível quando a tradução está dessa forma.
SINOPSE DO TÓPICO
(V)
Embora não sejam
pessoas, a morte e o inferno serão finalmente julgados. Eles simbolizam os dois
grandes castigos perpetuados na humanidade.
CONCLUSÃO
A mensagem do Julgamento do Grande
Trono Branco é que não existe qualquer possibilidade de salvação após a morte,
e que o homem deve confiar em Cristo na presente vida, ou ser condenado
eternamente. "Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável E socorri-te no
dia da salvação; Eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da
salvação” (2Co 6.2). São do próprio Senhor Jesus estas palavras: “Na
verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê
naquele que me enviou, TEM a vida eterna, e NÃO entrará em condenação, mas
passou da morte para a vida” (Jo 5.24). A esperança da
Igreja está baseada na ressurreição de Cristo. Sua morte e ressurreição são a
garantia total de que Ele voltará. Sua vitória sobre a morte foi com glória,
triunfo e poder. Esse assunto não é agradável nem fácil de ser compreendido. A
justiça divina não deve ser pesada por nossos vãos pensamentos, devemos apenas
cumprir a Palavra e submetermo-nos à sua autoridade. Nosso papel como atalaia é
o de anunciarmos as Palavras do Senhor e alertarmos os ímpios de seus maus
caminhos. Não é o desejo divino que alguém se perca, por isso mesmo Ele nos
levantou por atalaias neste mundo! Eia! Vamos alcançar os perdidos e
adverti-los acerca do futuro e do juízo de Deus. Horrenda coisa é cair nas mãos
do Deus vivo’ (Hb 10.31).
Fonte: Francisco de Assis Barbosa - auxilioebd.blogspot.com.br
NOTAS
BIBLIOGRÁFICAS
TEXTOS UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem final de Cristo à Igreja; Comentarista: Claudionor de Andrade; CPAD;
[a]. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001; nota textual Ap 21.8, pág 1369;
[b]. http://www.dicio.com.br/juizo/;
[c]. http://www.monergismo.com/textos/escatologia_reformada/pre-dispensa-comparados_hanko.pdf;
[d].http://www.bepeli.com.br/estudos_biblicos/ismar_malta/estudosbiblicos/do_arrebatamento_ao_juizo_final.htm;
[e]. Adaptado de Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001; nota textual Ap 20.1-8, pág 1368;
[f]. http://www.tempodofim.com/falso_profeta.htm;
[g]. http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/304/a-ressurreicao-do-corpo-no-ensino-de-jesus ;
[h]. http://solascriptura-tt.org/EscatologiaEDispensacoes/RessurreicaoEsperancaGloriosa-CleversonFaria.htm ;
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem final de Cristo à Igreja; Comentarista: Claudionor de Andrade; CPAD;
[a]. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001; nota textual Ap 21.8, pág 1369;
[b]. http://www.dicio.com.br/juizo/;
[c]. http://www.monergismo.com/textos/escatologia_reformada/pre-dispensa-comparados_hanko.pdf;
[d].http://www.bepeli.com.br/estudos_biblicos/ismar_malta/estudosbiblicos/do_arrebatamento_ao_juizo_final.htm;
[e]. Adaptado de Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001; nota textual Ap 20.1-8, pág 1368;
[f]. http://www.tempodofim.com/falso_profeta.htm;
[g]. http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/304/a-ressurreicao-do-corpo-no-ensino-de-jesus ;
[h]. http://solascriptura-tt.org/EscatologiaEDispensacoes/RessurreicaoEsperancaGloriosa-CleversonFaria.htm ;
OBRAS CONSULTADAS:
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
-. HORTON, S. M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed., RJ: CPAD, 2001.
-. LAWSON, S. J. As Sete Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final de Cristo para seu povo. 5.ed., RJ: CPAD;
-. BLOMBERG, C. L. Questões Cruciais do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2010.
-. RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2007.
-. RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 1.ed., RJ: CPAD, 2005.
Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/ , na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
-. HORTON, S. M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed., RJ: CPAD, 2001.
-. LAWSON, S. J. As Sete Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final de Cristo para seu povo. 5.ed., RJ: CPAD;
-. BLOMBERG, C. L. Questões Cruciais do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2010.
-. RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2007.
-. RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 1.ed., RJ: CPAD, 2005.
Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/ , na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.
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