LAODICEIA,
UMA IGREJA MORNA
TEXTO ÁUREO
“Mas buscai primeiro o Reino de
Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt
6.33).
Devemos fazer do governo soberano de Deus e do
correto relacionamento com ele, a mais alta prioridade da nossa vida. A
preocupação é incoerente com essa prioridade, revela dúvida a respeito da
soberania e bondade de Deus, e nos desvia dos verdadeiros objetivos da vida.
Deus satisfará todas as necessidades daqueles que arriscam tudo por ele {a}.
VERDADE PRÁTICA
A igreja que não busca os interesses
do Reino de Deus está fadada ao fracasso, ao esquecimento e a indigência
espiritual.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Apocalipse 3.14-22.
OBJETIVOS
· Descrever a situação
espiritual da igreja de Laodiceia;
· Conscientizar-se de que a
riqueza da igreja está em manter comunhão com o Senhor; e
· Saber Como manter a
igreja fervorosa espiritualmente.
PALAVRA CHAVE
Morno: Desprovido de calor, de
efervescência, de vida, monótono, aborrecido.
COMENTÁRIO
introdução
Laodiceia (Gr. Λαοδίκεια
πρός τοῦ
Λύκου; Lt. Laodicea ad Lycum), por vezes
transliterada como Laodikeia, anteriormente chamada Diospolis e Rhoas,
foi uma das mais prósperas cidades da Frígia, durante a época romana {b}. Antígono II,
governador da Síria, chamou-a Laodiceia em homenagem à sua esposa Laódice, após
reedifica-la em cerca de 250a.C.. Possuía bancos, e suas atividades econômicas
envolviam a indústria de lã negra, o manufaturamento de vestimentas comuns e
caras, e a invenção e produção de um colírio eficaz para os olhos{c}, embora tivesse
problemas com o abastecimento de água. Em certa ocasião, foi construído um
aqueduto que transportava as águas térmicas vindas de Hierápolis. Porém, quando a água chegava na
cidade, não estava nem quente e nem fresca, mas chegava em Laodicéia morna e
saturada com carbonato de cálcio, onde bebida naquelas condições induzia ao
vômito{d}. O vale de Lico, na Ásia Menor, tinha três cidades principais:
Colossos, conhecida por suas fontes de água fria, Hierápolis, conhecida por
suas fontes de águas termais, e Laodicéia, conhecida nesta carta por sua igreja
morna, que causou enjoo ao Senhor Jesus Cristo. A igreja de Laodicéia era uma
igreja morna. Seus membros eram materialmente prósperos, mas Deus lhes disse
que os enxergava como espiritualmente miseráveis, dignos de compaixão, pobres,
cegos e nus. Boa aula!
desenvolvimento
I - A IDENTIFICAÇÃO DE JESUS.
Laodicéia era uma igreja arrogante e
autossuficiente em uma cidade afluente. Àquela igreja, Cristo revela-se
como o “Amém” – amém (אָמֵן) “palavra litúrgica
de aclamação, que indica anuência firme, concordância perfeita, com um artigo
de fé; assim seja”. – e é empregado com a finalidade de confirmar uma
verdade. No começo de uma afirmação, significa “certamente” ou
“verdadeiramente”. No fim, pode ser entendida como “que seja assim”. Jesus é a
palavra final, a autoridade absoluta. O Amém é o Deus da verdade (veja Ap 1.6;
Is 65.16) e aquele que garante todas as promessas (2Co 1.20). “[...] a
testemunha fiel e verdadeira”; quase a mesma descrição encontrada em 1.5.
Jesus traz o verdadeiro testemunho sobre seu Pai e a vontade dele para com os
homens. Ele fala a verdade em cada promessa e cada advertência que vem da sua
boca.O princípio da Criação de Deus refere-se à fonte e causa da
criação (Jo 1.3; Cl 1.15-18; Hb 1.2).
1. A testemunha fiel e verdadeira. O termo grego martus denota
alguém que testifica a verdade que viu, alguém que tem conhecimento de um fato
e pode dar informações a respeito e é nesse sentido que em Apocalipse 1.5, a
Testemunha Fiel e Verdadeira é Cristo: “e da parte de Jesus Cristo, a Fiel
Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que
nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados,”. Jesus traz
o verdadeiro testemunho sobre seu Pai e a vontade dele para com os homens. Ele
fala a verdade em cada promessa e cada advertência que vem da sua boca. Nesse
contexto, é função da igreja apoiar e transmitir ao mundo a verdade que
Deus revelou. Simon Kistemaker, Ph.D. (Free University, Amsterdam,
professor emérito de Novo Testamento do Reformed Theological Seminary) vai
dizer que “Laodicéia vivia um modelo de cristianismo tão apático, que as
suas obras não eram sequer dignas de serem mencionadas. Pregação, ensino,
evangelização, discipulado e outras realizações parecem não fazer parte da
agenda da igreja em Laodicéia. É nesse ponto que encontramos na carta o
primeiro sinal da manifestação da graça de Jesus operando em favor dos crentes
laodicenses. Ele declara: “estou a ponto de vomitar-te da minha boca”. O tempo
verbal no grego implica uma ação ainda não executada, ou seja, apesar da
condição da igreja, a graça de Jesus estava dando aos crentes em Laodicéia
tempo para se arrependerem após a leitura da carta” {e}.
2. O princípio da criação de Deus. Esta expressão tem
causado grande confusão em virtude de admitir duas interpretações. Alguns a
entendem no sentido passivo (o primeiro criado por Deus), outros no sentido
ativo (a origem ou a fonte da criação). Certamente, conforme o entendimento
pode-se abraçar uma verdade ou uma grande heresia: Jesus é uma criatura, ou o
eterno Criador? Ele foi feito por Deus, ou é Deus? Textos como João 1.1 e
Apocalipse 1.18 afirmam que Jesus é eterno; Apocalipse 1.17 diz que ele é o
primeiro e o último; em Mateus 1.23 Ele é Deus conosco, e João 1.14 vai afirmar
que Cristo é o verdadeiro Deus que se fez carne. Ele é o “Eu Sou” (Jo
8.24,58; Êx 3.14), o soberano “Senhor dos senhores e o Rei dos reis” (Ap
17.14). Jesus não foi criado. Ele não veio a existir. Ele é eterno. Laodicéia
afirmava: “[...], pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa
alguma...”. (Ap 3.17); Esta afirmação não condiz com o real estado daquela
igreja. Afirmar que está tudo bem na vida espiritual de uma igreja ou de um
crente é fácil, mas “Aquele que tem olhos como chama de fogo” e que “passeia no
meio dos candeeiros” conhece a verdade. Ele vê as obras e sonda os corações. A
igreja de Laodicéia mentia para si mesma, mas a Cristo ela não conseguia
enganar. O orgulho deles os cegou ao ponto de não enxergarem os seus problemas.
Pareciam fortes e independentes, mas o Cristo glorificado apresenta uma
radiografia do seu estado real: uma igreja fraca, cega e infrutífera. Aquele
por meio de quem todas as coisas vieram a existir e em quem subsistem é a fonte
última de toda autossuficiência. A mesma atitude de autossuficiência que
reinava na cidade em virtude de sua prosperidade, perigosíssima num rebanho de
ovelhas que precisa seguir o seu Bom Pastor, afetou aqueles crentes.
SINOPSE DO TÓPICO
(I)
A riqueza da igreja não está em seus
bens materiais, mas em sua comunhão com o Senhor.
II. A SITUAÇÃO ESPIRITUAL DA IGREJA DE
LAODICEIA.
Onisciente que é, conhecia o Senhor
Jesus a real situação de Laodicéia. Esta igreja, que vivia uma vida de
aparências e mentiras, é desmascarada pela Testemunha Fiel e Verdadeira.
1. Mornidão espiritual. O Prof. João Flávio
Martinez, do ministério CACP escreve: “O Deus que conhece todas as nossas
obras requer de nós uma vida cristã bem definida - ou somos de Deus ou não
somos. A referida Igreja era composta de crentes “mais ou menos”, pessoas que
frequentavam as reuniões e não tinham a devida responsabilidade com o Senhor.
Lamentavelmente, vemos exatamente isso nos dias atuais, aonde mais e mais
indivíduos vão aos cultos sem objetividade e fazem da Igreja um clube. As
pessoas e suas opiniões estão invadindo as Igrejas e a conformando com o mundo.
Os pastores estão preocupados em agradar as multidões e como atraí-las, mesmo
que para isso tenham que colocar Jesus lá fora, do outro lado da calçada (Ap
3.20). Com isso a degeneração cresce e assola a Igreja atual. Só que o Senhor
da Igreja tem uma palavra para esses: “vomitar-te-ei da minha boca”. Se
Deus não quer frieza e nem mornidão, então vamos aprender como se esquentar,
Leiamos: “O fogo sobre o altar se conservará aceso; não se apagará”. O
sacerdote acenderá lenha nele todos os dias pela manhã, e sobre ele porá em
ordem o holocausto, e queimará a gordura das ofertas pacíficas. O fogo se
conservará continuamente aceso sobre o altar; não se apagará” (Lv 6.12-13). “e
nos fez reino, sacerdotes para Deus, seu Pai, a ele seja glória e domínio pelos
séculos dos séculos. Amém” (Ap 1.6). Pelos textos em lide, fica claro o segredo
de termos uma vida quente e ativa na presença de Deus. Na atual Dispensação
todos somos sacerdotes do Senhor e devemos ter responsabilidades na manutenção
de uma fé viva. A Bíblia fala que a incumbência de manter o fogo aceso no altar
era do sacerdote. Todos os dias o sacerdote tinha que atear lenha no fogo e
cuidar para que esse fogo permanecesse em chamas vivas. Esse “cortar lenha
cotidiana” representa algumas atividades que precisamos manter no pragmatismo
de nossas vidas. “Cortar lenha” é: orar, jejuar, ler a Palavra de Deus, ir aos
cultos frequentemente, evangelizar, frequentar a escola dominical... Enfim,
“cortar lenha” é ser ativo dia-a-dia sem deixar o desanimo dominar. Fazendo
assim seu espírito manter-se-á vivo e desfrutará do fogo do Espírito. “E
por isso mesmo vós, empregando toda a diligência, acrescentai à vossa fé a
virtude, e à virtude a ciência, e à ciência o domínio próprio, e ao domínio
próprio a perseverança, e à perseverança a piedade, e à piedade a fraternidade,
e à fraternidade o amor. Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas,
elas não vos deixarão ociosos nem infrutíferos no pleno conhecimento de nosso
Senhor Jesus Cristo. Pois aquele em quem não há estas coisas é cego, vendo
somente o que está perto, havendo-se esquecido da purificação dos seus antigos
pecados. Portanto, irmãos, procurai mais diligentemente fazer firme a vossa
vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis”. (2Pe
1.5-10) {f}.
2. Arrogância espiritual. A mensagem a
Laodicéia revela a raiz mais profunda da culpa e dos problemas da igreja, aos
quais ela sucumbirá se permanecer na impenitência: segurança própria, justiça
própria, satisfação própria. Aquela igreja assemelha-se às atuais, as quais
ninguém ousaria dizer que Deus não é com ela. Ainda que parecesse espiritual,
essa Igreja era arrogante, petulante e altiva. Certamente ouvimos com muita
frequência coisas do tipo: “depois que vim para esta igreja, tudo mudou”; será
que Deus está com sua mão somente nesta igreja? Somente eles têm as revelações
de Deus? Curas e milagres existem apenas lá? Muitas igrejas hoje se têm tornado
arrogantes e presunçosas como Laodicéia. “Nenhuma igreja pode se vangloriar
do poder do Espírito e dos dons que nela opera, do capital teológico e cultural
que possui, de sua riqueza musical, nem de qualquer outra riqueza espiritual. O
que temos e somos, temos e somos pela graça de Jesus” {g}.
3. Falta de percepção do próprio eu. “Sonda-me, ó
Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há
em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno”. (Sl 139.23-24). Laodicéia
sucumbiu ante o autoengano, tendo uma visão equivocada de seu estado
espiritual. Estavam cegos ao ponto de não perceber a sua nudez espiritual.
Certamente Deus possui uma visão mais aprofundada de nós mesmos e somente Ele
pode guiar-nos pelo caminho correto. Através do estudo sistemático das Sagradas
Escrituras, e somente através dela, poderemos perceber nosso estado espiritual,
obter um diagnóstico preciso de como Deus nos vê. Numa cidade conhecida por
tratamentos de olhos, a igreja se tornou cega e não procurou o tratamento do
Médico dos médicos. Precisavam da humildade dos publicanos e pecadores (Lc
5.31-32). Numa cidade que produzia roupas de lã, a igreja andava nua, sem a
vestimenta de justiça oferecida por seu Senhor (2Co 5.3; Cl 3.9-10).
SINOPSE DO TÓPICO
(II)
A
igreja de Laodicéia vivia de aparência e mentiras. Ela era morna e arrogante
espiritualmente.
III. COMO REAVIVAR UMA IGREJA MORNA.
Jesus não elogiou a igreja em
Laodicéia, mas ofereceu conselho para guiá-la de volta à comunhão íntima com
ele. Sugeriu três coisas necessárias para a igreja:
1. Ouro refinado pelo fogo. A verdadeira
riqueza é espiritual, e vem exclusivamente de Deus. Ele oferece o ouro puro,
refinado pelo fogo. O fracasso e a fraqueza de Laodiceia deve-se ao fato de que
a fé verdadeira tomou um direcionamento equivocado. Sobre isto, Pedro vai
afirmar que o ouro provado pelo fogo é “fé em provação” (1Pe 1.7). Provação que
os tais não gostam de experimentar.
2. Vestiduras brancas. A cidade de
Laodicéia era um centro comercial importante, famoso por causa da sua linda lã
negra, que era tecida e usada para fazer roupas finas e caras. O Senhor Jesus
aconselha-os a comprarem dEle roupas melhores. É Deus quem lava os nossos
pecados e nos veste de pureza e de atos de justiça (3:4; 19:8). A mensagem de
Cristo a esta igreja é a mesma, de certo modo, constante de Is 55.1, posto que
era pobre, miserável, não tinha com que comprar o próprio resgate, Sl 49.7,8;
Mc 8.36-38, ela devia comprar “sem dinheiro e sem preço”, do próprio Cristo,
ouro para se enriquecer, 2 Co 8.9; 1 Pe 1.7, vestes para cobrir a vergonha de
sua nudez, Is 12.2,3; 61.10; Ap 19.8, e colírio para curar a cegueira
espiritual de que estava sofrendo, Ap 3.18.
3. Colírio. Ali também havia
uma escola de medicina ligada ao templo de Esculápio, cujos médicos preparavam
um pó frígio famoso para a cura de infecções oculares, usado em forma de
colírio. Daí, a associação que Cristo faz; Somente Jesus pode curar a cegueira
espiritual que aflige os orgulhosos e autossuficientes. Foi exatamente o mesmo
problema que Jesus apontou nos fariseus (Mt 15.14; 23.25-26). É o mesmo
problema de qualquer um que se esquece da importância do sacrifício de Jesus e
começa a confiar em si mesmo (2Pe 1.9). Esta igreja deveria trilhar o caminho
de volta a Deus, o caminho da simplicidade da fé, iniciando pelo
arrependimento, Ap 3.19; 1Jo 1.9.
SINOPSE DO TÓPICO
(III)
O Senhor Jesus não desistiu de Laodicéia.
Ele a aconselha a buscar um grande e poderoso avivamento.
CONCLUSÃO
O que deve sobressair nessa lição é
o entendimento de que a correção que vem de Deus é uma manifestação do seu
amor (Hb 12.4-11). Quando esta correção nos alcança, devemos aceitar a
disciplina, como ele deseja, para o nosso próprio bem. Seu beneplácito quer nos
conduzir ao arrependimento e à plena comunhão com ele. Ainda, devemos entender
que a disciplina aplicada pelos servos de Deus deve, também, ser motivada pelo
amor (Hb 12.12-13). É o mesmo sentimento que deve guiar os pais na correção dos
seus filhos (Pv 13.24). Sê, pois, zeloso e arrepende-te: note-se
que a solução para Laodicéia não consistia apenas em algumas mudanças externas.
Era necessário o zelo para com Deus para se arrependerem. Aconselho a leitura
do artigo A Mentira De
Laodicéia! (The Laodicean Lie!), de David Wilkerson.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
.
TEXTOS UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem final de Cristo à Igreja; Comentarista: Claudionor de Andrade; CPAD;
{a}. Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999, nota textual de Mt 6.33 p. 1109;
{b}.http://pt.wikipedia.org/wiki/Laodiceia_no_Licos;
{c}. KISTEMAKER, Simon. Apocalipse. São Paulo: Cultura Cristã, 2004, p. 223;
{d}. Ibidem, p. 224;
{e}. Ibidem, p. 227;
{f}.http://www.cacp.org.br/estudos/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=1179&menu=7&submenu=3;
{g}. Altair Germano,http://www.altairgermano.net/2012/04/laodiceia-uma-igreja-morna-subsidio.html;
OBRAS CONSULTADAS:
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
-. HORTON, S. M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed., RJ: CPAD, 2001.
-. LAWSON, S. J. As Sete Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final de Cristo para seu povo. 5.ed., RJ: CPAD;
Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/ , na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.
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