TEXTO
ÁUREO
“[...] o que semeia pouco, pouco também
ceifará; e o que semeia em abundância em abundância também ceifará” (2Co
9.6).
Uma metáfora baseada na vida
agrícola - o agricultor que planta muito semeia uma grande ceifa, mas uma
plantação pequena produz uma colheita pequena. Essa promessa também diz uma
verdade dentro do terreno espiritual. Aqueles que derem generosamente colherão
do reino com abundância. Aquilo que é doado nunca se perde; é semeado. Embora
Deus, às vezes, proveja uma colheita generosa no terreno físico e material
àqueles que contribuem esse não é o padrão e nem é a promessa do Novo
Testamento (2Co 8.9; 11.27; Lc 6.20,21,24,25; Tg 2.5). Bíblia de Estudo
Genebra, Nota textual de 2Co 9.6; p. 1381
VERDADE
PRÁTICA
O principal
propósito da verdadeira prosperidade é atender as urgências do Reino de Deus no
mundo.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 10.8-14.
OBJETIVOS
Compreender que Deus é a fonte de toda a prosperidade.
Conscientizar-se de que todos têm carências e que estas podem
ser supridas pelo Senhor.
Explicar porque devemos ajudar os necessitados e
carentes.
Palavra
Chave
Propósito: “Aquilo a
que alguém se propôs ou por que se decidiu; decisão, determinação, resolução”.
I. Introdução
"O dinheiro é mais do que uma moeda, ele é
um deus, o deus mais adorado nessa geração. No altar do deus Mamom milhões de
pessoas se prostram e se dispõem a viver e morrer por ele, na ilusão de que ele
possa lhes fazer feliz" (Rev. Hernandes Dias Lopes). Nesta lição,
veremos que a verdadeira prosperidade possui um propósito que vai muito além
dos interesses pessoais. Não é isso o que temos visto no ensino teológico
adotado por algumas denominações; sabemos que odinheiro é um bem necessário
para vivermos de forma aprazível, com ele podemos fazer coisas
maravilhosas caso o usemos com sabedoria. Quem não deseja ser bem-sucedido
em sua vida material? E é certo que não há nada de errado em ter esse desejo.
Com recursos financeiros, podemos suprir nossas necessidades, desfrutarmos
das coisas boas que Deus criou, ajudar o nosso próximo e promover o Reino de
Deus. Devemos nos esforçar para ganharmos mais, pouparmos mais e investirmos
mais em nós, no próximo e no reino de Deus.
II. Desenvolvimento
I. A PROSPERIDADE
NÃO É UM FIM EM SI MESMA.
1. Deus, a fonte de todo bem. A satisfação das nossas
necessidades materiais não deve ser a medida de nossa alegria. Para os estoicos
da época de Paulo, uma pessoa que era bem sucedida e autossuficiente em todas
as circunstancias, era descrita como contentada. Na vida cristã,
estar contentado, ser autossuficiente, é estar em Cristo, cuja paz e propósito
ele desfruta apesar das circunstancias da vida (Fp 4.11).
2.
Despenseiros de Deus. Escritura
não é contrária à verdadeira prosperidade. O problema não é possuir o
dinheiro, mas ser possuído por ele. O problema não é o dinheiro, mas o amor a ele.Há
muitas passagens que mostram o próprio Deus concedendo bênçãos materiais aos
seus filhos (Gn 13.2; Jó 42.12). O dinheiro é um bom servo e um péssimo
patrão. Para que a prosperidade não se converta num fim em si mesma, o
cristão deve agir como um bom despenseiro daquilo que lhe foi confiado e não se
comportar tirânica e arbitrariamente em relação ao que o Senhor lhe concedeu
tão bondosamente (2 Co 6.1-10; 1 Co 4.1). Devemos usar o dinheiro em vez
de sermos usados por ele. A ganância é um pecado horrendo aos olhos de Deus e
de conseqüências danosas entre os homens. Quem ama a riqueza faz dela um ídolo,
para descobrir que no altar de Mamom não estão as pessoas bem-aventuradas, mas
as vítimas de um imenso vazio e os herdeiros de uma terrível angústia. Um desejo
inquieto de ser rico sujeita as pessoas a um grande perigo espiritual.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Na atualidade, a busca pelo poder, fama
e riqueza converteu-se no principal objetivo de vida de muitas pessoas.
II. A PROSPERIDADE
E O SUSTENTO PESSOAL
1. As carências humanas. Todos nós possuímos
necessidades e carências (Lc 4.18). Apesar disso, o crente deve saber viver
contentado, tendo as coisas essenciais desta vida, como alimento, vestuário e
teto. Caso surjam necessidades específicas, devemos confiar na providência
divina. O texto bíblico mostra que o Senhor está ciente de todas as nossas
precisões e é poderoso para suprir cada uma delas (Lc 12.22-34). O
dinheiro só tem propósito quando o ganhamos honestamente e o usamos para os
fins que glorificam a Deus e abençoam o próximo – Deus nos dá prosperidade não
para acumularmos egoisticamente nem para vivermos refestelados em nosso
conforto a expensas da miséria alheia.
2. O cuidado divino. Um a atitude adequada em
relação aos bens materiais, baseada em uma simples confiança em um Pai
cuidadoso, liberta as pessoas de uma ansiedade aborrecedora sobre as
necessidades físicas da vida. A preocupação é inútil porque a vida está nas
mãos de Deus (Lc 12.24-26); porque a preocupação de Deus pelas coisas
transitórias indica seu cuidado maior por sua maior criação (Lc 12.27-28); e
porque Deus conhece nossas necessidades melhor do que nós (Lc 12.30). Portanto,
não devemos permitir que as preocupações materiais nos desviem de nosso
principal objetivo de procurar o total senhorio de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Devemos rogar ao Pai Celeste e confiar
nEle a fim de que supra as nossas necessidades.
III. A PROSPERIDADE
NA AJUDA AO PRÓXIMO
1. Um mandamento divino. A Escritura é taxativa ao
afirmar: “amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 19.19b). A Bíblia realça
que esse cuidado não pode ser abstrato ou contemplativo; tem de ser prático. A
Lei Mosaica condiciona a promessa de ser abençoado e de não haver pobres no
meio de Israel a um obedecer diligente. Somente a obediência perfeita e
constante aos mandamentos de Deus pode tornar possível uma sociedade em que
toda a pobreza é extirpada pela benção do Senhor. O próprio legislador Moises
percebeu que o povo não poderia cumprir plenamente esta exigência e afirma no
capítulo 15 e versículo 11: "nunca cessará o pobre do meio da terra".
Neste mundo, onde a discrepância entre ricos e pobres é imensa, frequentemente
os que são abastados materialmente tiram proveito dos que nada têm, quer
explorando-os para aumentar seus lucros, quer negligenciando-os continuamente.
Amós comunica a tristeza do Senhor em consequência dos pecados de Israel, e seu
pecado repousava justamente 'deitar por terra a justiça' (Am 5.7). A genuína
espiritualidade não existe onde não há desejo pela justiça. De todos os pecados
denunciados por Amós, os mais graves eram certamente os sociais, numa clara
demonstração daquilo que Moisés previra. Os ricos tiravam proveito dos pobres e
os exploravam quando o desejo do Senhor é que tenhamos amor e compaixão
especiais pelos pobres desse mundo (Dt 15.4,11; confira ainda: Dt 24.19-21; Lv
19.10). Para os crentes da Nova Aliança, o NT destaca a necessidade da
compaixão, sensibilidade e bondade para com os sofredores e para os que
circunstancialmente enfrentam situação difícil, pobreza e penúria (Mt 25.31-36;
Gl 6.2,10). Tudo isso está atrelado ao mandamento de amar o próximo (Lv 19.18)
que os compele a cuidar daqueles com amor, equidade e justiça.
2. Uma necessidade cristã. Deus criou o homem justo e
perfeito, e lhe deu uma lei justa, que lhe seria para vida, se a guardasse, ou
para morte, se a desobedecesse (Gn 2.16,17). Mesmo assim o homem não manteve
por muito tempo a sua honra. Satanás valeu-se da astúcia da serpente para
seduzir Eva; e esta seduziu a Adão, que, sem ser compelido, transgrediu
voluntariamente a lei instituída na criação, e a ordem de não comer do fruto
proibido (Gn 3.12,13). De acordo com seu conselho sábio e santo, aprouve a Deus
permitir a transgressão, porque, no âmbito do seu propósito, mesmo isso Ele usaria
para a sua própria glória (2Co 11.3). Esse é o estado do homem que vive sob o
império do pecado (Rm 11.32; Gl 3.22). Em Cristo, porém, fomos regenerados e o
domínio do mal foi destruído (2 Co 5.17). Por isso o apóstolo Paulo exorta-nos
a praticarmos o bem e a sermos ricos em boas obras (1 Tm 6.18).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Ajudar ao próximo é uma ordenança divina
para o cristão.
IV. A PROSPERIDADE
NA EXPANSÃO DO REINO DE DEUS
1. A realidade do Reino. “... Arrependei-vos,
porque é chegado o reino dos céus” (Mt 3.2). O reino de Deus e o reino dos
céus são sinônimos nos Evangelhos. Um enfatiza o fato de que é o reino de Deus
e outro enfatiza que é um reino que virá dos céus. Cristo veio para Seu próprio
povo mas ele O rejeitou e Ele o advertiu de que o reino seria tomado deles por
sua rebelião e seria dado a outra nação (Mt 21.43). Ele ensinou a Seus
discípulos a orar para que o reino de Deus venha à terra (Mt 6.10). Ele pregou
um reino literal glorioso que seria estabelecido na terra. Pedro, Tiago e João
receberam uma visão antecipada deste reino no Monte da Transfiguração (Lc
9.27-31). Cristo disse que Abraão, Isaac e Jacó estariam no reino (Lc 13.29).
Ele corrigiu a visão daqueles que ensinavam que o reino de Deus seria
estabelecido naquele tempo (Lc 19.11-27). Ele disse que o reino seria
estabelecido após a Grande Tribulação (Lc 21.31). Ele disse que beberia o fruto
da videira juntamente com Seus discípulos, no reino (Lc 22.18). Quando os
discípulos O arguiram sobre quem seria o maior no reino de Deus, Cristo
corrigiu seus pensamentos sobre a natureza do que é grandioso, mas Ele também
confirmou que o reino de Deus é um reino literal que será estabelecido no Seu
retorno (Lc 22.24-30). Jesus claramente estabeleceu que Seu reino não é desse
mundo agora (Jo 18.36); Seu reino virá quando Ele vier em poder e glória para
estabelecê-lo Por conseguinte, o crente tem de participar ativamente da
expansão da obra de Deus até aos confins da terra. Para que isso aconteça é
necessário conscientizarmo-nos de que nossos recursos e bens devem ser postos à
disposição de Deus. Ele fez-nos prósperos e espera que nos mostremos
agradecidos, investindo em seu Reino (2 Co 9.6,7).
2. A expansão do Reino. Um “mistério” é uma
verdade que foi oculta no Antigo Testamento, mas revelada no Novo (Rm
16.25,26). O Antigo Testamento não viu a época da igreja entre as duas vindas
de Cristo. Durante a época da igreja, o reino assume uma forma estranha não
descrita na profecia do Antigo Testamento. O reino está nos céus e o reino
ainda não foi estabelecido na terra. Ao invés, o reino de Deus reside nas
pequenas e desdenhadas igrejas apostólicas, enquanto o falso reino do diabo
cresce rapidamente e se espalha por todo o mundo (Mt 13.31-32). Como o Reino de
Deus expandir-se-á se não estivermos dispostos a investir em tal ação?
Infelizmente, muitos cristãos ainda não se conscientizaram de que a obra de
Deus é feita também com dinheiro (Fp 4.10-19).
SINOPSE DO TÓPICO (IV)
O crente tem de participar, com seus
dízimos e ofertas, para que haja expansão da obra de Deus.
III. Conclusão
Estamos vivendo um tempo em que o cristianismo que
está sendo pregado por aí é muito mais triunfalista do que realista. Chegamos a
conclusão de que a mensagem da cruz foi substituída pela mensagem mercantilista
do “seja feliz, custe o que custar”. A cada dia vemos a propaganda enganosa
desta falsa teologia chamada prosperidade, que na realidade nada mais é do que
uma mistura de misticismo e positivismo, com as águas e óleos ungidos,
afastando-se da mensagem bíblica consistente e fundamentada. A verdadeira
prosperidade não é aquela que diz que cristão não sofre, que sempre tem dinheiro,
saúde e sucesso. A questão não é somente prosperar, mas para quê prosperar!
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
TEXTOS UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, A verdadeira
prosperidade — A vida cristã abundante; Comentarista: José Gonçalves; CPAD;
OBRAS CONSULTADAS:
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001; 2Co 9.6; p. 1381
-. Bíblia de Estudo Pentecostal, 1995 por Life Publishers, Deerfield, Flórida-EUA;;
-. Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. CABRAL, E. Mordomia Cristã: Aprenda como Servir Melhor a Deus. 1.ed., RJ: CPAD, 2003, p.138;
-. ZUCK, R. B. Teologia do Antigo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2009;
-. SALE, F. Você & Deus no trabalho: A ética profissional do cristão. 1.ed., RJ: CPAD, 2001, p.181
OBRAS CONSULTADAS:
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001; 2Co 9.6; p. 1381
-. Bíblia de Estudo Pentecostal, 1995 por Life Publishers, Deerfield, Flórida-EUA;;
-. Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. CABRAL, E. Mordomia Cristã: Aprenda como Servir Melhor a Deus. 1.ed., RJ: CPAD, 2003, p.138;
-. ZUCK, R. B. Teologia do Antigo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2009;
-. SALE, F. Você & Deus no trabalho: A ética profissional do cristão. 1.ed., RJ: CPAD, 2001, p.181
Os textos das referências bíblicas
foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/, na versão Almeida
Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.
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