Somente
em Jesus temos a verdadeira prosperidade
TEXTO ÁUREO
“O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim
para que tenham vida e a tenham com abundância”
(Jo 10.10).
Strong 4053: abundância,
perissos; Superabundância, excessivo, transbordante, excedente, além do mais,
mais do que o suficiente, profuso, extraordinário, acima do comum, mais do que
o suficiente.
VERDADE PRÁTICA
A vida abundante
não consiste em negar as adversidades, mas em fazer da suficiência em Cristo a
nossa confiança, quer em meio à alegria, quer em meio à tristeza.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
João 15.1-11
OBJETIVOS
· Entender que a vida abundante consiste no
equilíbrio.
· Explicar quais são os erros acerca da
pobreza.
· Conscientizar-se de que a vida abundante não
superestima o corpo nem nega a alma.
Palavra
Chave
Vida abundante: Vida de santidade e íntima
comunhão com Deus.
I. Introdução
Com a graça de Deus estamos concluindo mais um trimestre.
Estivemos nestes 13 domingos sendo edificados, exortados e consolados com estas
preciosas lições. Pareceram até repetitivos os debates em sala de aula de que a
vida abundante e próspera não consiste nos bens materiais, na saúde ou na fama,
mas sim, em o crente fazer a vontade de Deus e manter uma estreita comunhão com
Ele. Certamente, a vida
cristã é uma vida de confiança. O Senhor disse que está conosco todos os dias
até a consumação dos séculos (Mt 28.20). Davi, no Salmo 37, trata da
prosperidade dos ímpios, comparada com as dificuldades pelas quais passam os
que confiam no Senhor. A visão que o salmista tinha do mundo mostrava os
malfeitores crescendo e prosperando. Em sua tese, como podiam crescer e
desenvolver-se aqueles que desprezavam o Deus único e verdadeiro? Isso parecia
uma injustiça. Como o salmista, descobrimos neste trimestre, que essa é a
aparência, não a realidade. No seu devido tempo, a prosperidade dos ímpios vai
cessar. Entretanto, quem confia em Deus, vive a verdadeira prosperidade, porque
tem a presença do Senhor em sua vida aqui, e a garantia de bem-aventuranças na
eternidade.
II. Desenvolvimento
I.
A VIDA ABUNDANTE CONSISTE NO EQUILÍBRIO
1. A matéria superestimada. É um erro superestimar a matéria e
suprimir as coisas espirituais como ensinam o materialismo e o ateísmo. O NT
mostrando a constituição humana, apresenta uma clara distinção entre CORPO ALMA
e ESPIRITO, como comprovam os textos de Mt 10.28; 1T. 5.23; Hb 4.12; Tg 2.26.
Assim, o homem com o espírito, é capaz de ter conhecimento de Deus e comunhão
com Ele; com a alma, tem conhecimento de si mesmo; e com o seu corpo, tem
conhecimento do mundo em que vive através dos sentidos. Portanto é através do
corpo físico que o homem entra em contato com o mundo material, através da alma
entra em contato consigo mesmo e também com o mundo emocional metafísico ao seu
redor, e com o espírito entra em contato com Deus e recebe em seu espírito o
contato de Deus (Rm 8.16). Não somos apenas razão nem unicamente emoção (1Ts
5.23; 1 Co 14.13,14). Somos seres espirituais e materiais (1 Co 15.44,46), ou
seja, somos seres integrais que necessitam da ajuda divina em todos os
aspectos. Está claro em todo o texto bíblico que Deus quer que os seus
prosperem, entretanto, a prosperidade não deve ser o fim em si, mas o resultado
de uma qualidade de vida, compromisso, dedicação e ação que esteja de acordo
com a Palavra.
2. A matéria negada. Sendo o dinheiro um bem material,
como deve ser a nossa relação com ele? Não há nada nas Escrituras que condene a
sua posse a não ser o amor a ele (1 Tm 6.10). As Escrituras Sagradas mostram
como o crente deve enfrentar muitas situações diferentes na vida, incluindo
como lidar com o dinheiro. Esse tema é recorrente nos ensinos de Cristo e a
Bíblia refere-se muitas vezes às riquezas (Ec 10.19). O dinheiro pode ser
bênção ou maldição, dependendo do uso que dele fazemos. Como administramos o
dinheiro que afeta a nossa comunhão com o Senhor. O dinheiro é um rival de Cristo
pelo senhorio da nossa vida (Lc 16.13,14), além de moldar o nosso caráter.
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A
prosperidade bíblica leva em conta tanto a realidade espiritual como a
material.
II.
CORRIGINDO OS ERROS ACERCA DA POBREZA
1. Pobreza e pecado. Embora a pobreza seja uma
decorrência da entrada do pecado no mundo, isto não significa que o crente
pobre esteja em pecado. Logo, a pobreza é uma das consequências do pecado, mas
não necessariamente dos pecados pessoais dos menos favorecidos (Pv 14.31; 17.5;
19.1; Jo 12.8). Não encontramos
na Bíblia a ideia prevalecente na Teologia da Prosperidade de que ser
materialmente próspero faz parte dos direitos divinos de cada crente. Aqueles
que são doutrinados nessa teologia vivem uma espécie de cristianismo
ganancioso. Na verdade, é uma conformação lamentável às tendências culturais de
nossos dias. Jesus não condenou a posse de riquezas, mas fez a questão de
realçar a loucura de viver em função daquilo que é meramente temporal; a estes,
ele faz a seguinte repreensão: "Louco, esta noite te pedirão a tua
alma, e o que tens preparado para quem será?" (Lc 16.20). Toda a nossa
vida está sob o senhorio de Cristo Jesus, e isso inclui questões financeiras,
tendo implicações na atitude diante da riqueza e da pobreza. Não é surpresa,
então, que os assuntos econômicos sejam importantes nos ensinamentos da Bíblia
e na ética social do Novo Testamento. De
uma forma geral, os chamados pais da igreja ensinavam que a pobreza, além de
ser uma das consequências do pecado, é também o resultado da má distribuição de
renda e da concentração de poder. Agostinho escreveu, em seu comentário sobre o
Salmo 72, que a cobiça é um pecado que ataca tanto o pobre quanto o rico: “Não
é uma questão de renda e sim de desejo. Observe o rico ao seu lado; talvez ele
tenha muito dinheiro, mas não é avarento; você, no entanto, não tem dinheiro,
mas é muito avarento”. A mesma ideia ecoou no sermão “Quem é o rico que será
salvo?”, de Clemente de Alexandria. Para eles, essa situação poderia ser
amenizada através da solidariedade dos mais abastados com os menos afortunados.
2. A pobreza magicamente extinta. Um desejo inquieto de ser rico
sujeita as pessoas a um grande perigo espiritual. Não se pode negar que o
Movimento da Confissão Positiva tem várias coisas a nos ensinar... Orar crendo
nas promessas de Deus e ter uma mente positiva, evitando assim atitudes pessimistas...
Nossa preocupação é com outros aspectos, com respeito à soberania de Deus, à
pessoa de Jesus, à natureza do homem e as mandingas como práticas. Ovelhas há
que já perderam a noção do que é ser cristão. Não sabem sequer por que Jesus
morreu. Têm o dízimo como meio de obter bênçãos espirituais e materiais. Não
conhecem o evangelho da renúncia, da resignação, do sofrimento, do carregar a
cruz, do contentar-se com o pouco.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
A
pobreza é uma das consequências da Queda do homem, todavia, isso não significa
que os menos
favorecidos estejam em pecado.
III.
A VIDA ABUNDANTE NÃO O CORPO NEM NEGA A ALMA
1. A vida abundante é equilibrada. Não devemos esperar por riquezas ou
esperar que elas nos trouxessem segurança ou libertação, a riqueza é
passageira, os valores mudam, e as riquezas só são boas no valor atual. O que é
valioso hoje em dia pode não ser valioso amanhã; por isso a sabedoria de nossa
confiança é colocar nossa esperança somente em Deus para nos trazer provisões.
Além disso, nunca devemos permitir que a presença da riqueza nos fizesse pensar
que somos melhores do que os outros ou que possamos ser irresponsáveis ou
indulgentes. É uma responsabilidade, uma grande responsabilidade, possuir
riquezas: sempre deve estar presente em nossa mente que é exigido muito
daqueles a quem muito é dado (Lc 12.48).
2. Bem-estar físico e emocional. A busca pelo bem-estar físico
tornou-se a principal obsessão de nosso tempo. Na filosofia de Nietzsche, Deus
morre, para que o homem assuma a sua própria divindade. Deus deixa de existir a
fim de que o super-homem controle a existência sobre a terra. O filósofo ateu
Feuerbach, considerava que a grande reviravolta da história será quando o homem
se conscientizar de que o único Deus do homem é o próprio homem: “Homo homini
Dei”. Outro humanista ateu, Edmund Leach, afirmou que os homens se tornaram
como deuses e, que já é tempo de os homens entenderem e assumirem a sua própria
divindade. Incrivelmente sem
máscara ou retoque, o antigo silvo da serpente de Gênesis "sereis como
Deus" tem reverberado através dos séculos em tamanho e formatos diversos
como este pensamento Nietzchianiano. M. Scott Peck escreve: "Deus quer
que nos tornemos ele mesmo (ou ela mesma). Estamos crescendo na deidade. Deus é
o alvo da evolução". Hank Hanegraff em sua obra Cristianismo em
Crise, pp. 116 e 117, escreve: K. Hagin assevera: "O homem... foi
criado em termos de igualdade com Deus, e poderia permanecer na presença de
Deus sem qualquer consciência de inferioridade... Deus nos criou tão parecidos
com Ele quanto possível... Ele nos fez seres do mesmo tipo dEle mesmo... O
homem vivia no Reino de Deus. Vivia em pé de igualdade com Ele... O crente é
chamado de Cristo... Eis quem somos; somos Cristo!"; "Kenneth
Copeland declara que ä razão para Deus criar Adão foi seu desejo de reproduzir
a si mesmo... Ele (Adão) não era um deus pequenino. Não era um semideus. Nem ao
menos estava subordinado a Deus"; "Benny Hinn pronuncia: Eu sou
um pequeno messias caminhando sobre a terra". A Bíblia, porém diz que o
homem é estruturalmente pó (Gn 2.7; 3.19).
3. O bem-estar espiritual. As Escrituras apresentam como sendo
a nossa porção nesta vida: "Tenho-vos dito estas coisas, para que em
mim tenhais paz. No mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu venci o
mundo" (Jo 16.33); "Por muitas tribulações nos importa entrar
no reino de Deus" (At 14.22); "Para que ninguém seja abalado
por estas tribulações; porque vós mesmos sabeis que para isto fomos destinados"
(1Ts 3.3). As nossas aflições são determinadas por Deus, com o objetivo de
produzirem frutos para o nosso bem e para a Sua glória. Como disse John Piper,
em 'O Sorriso Escondido de Deus': "as aflições de John Bunyan nos deram
O Peregrino. As aflições de Willaim Cowper nos deram
hinos em inglês como "There Is a Fountain Filled With Blood" e
"God Moves in a Mysterious Way". E
as aflições de David Brainerd nos deram um Diário publicado que tem mobilizado
mais missionário que qualquer outra obra semelhante. A fornalha do sofrimento
produziu o ouro da direção e inspiração para viver a vida cristã, adorar o Deus
cristão e espalhar o evangelho cristão. Existe certa ironia no fruto destas
aflições. O confinamento de Bunyan ensinou-lhes o caminho peregrino da
liberdade cristã. A doença mental de Cowper produziu música doce da mente para
almas atribuladas. A miséria abrasadora do isolamento e da doença de Brainerd
explodiu em missões mundiais, além de toda a imaginação. Ironia e desproporção
são, ambos, o caminho de Deus. Ele nos mantém desequilibrados, com suas
conexões imprevisíveis. Pensamos que sabemos como fazer algo grande, e Deus o
faz pequeno. Pensamos que tudo que temos é fraco e pequeno, e Deus o torna
grande. A estéril Sara dá a luz ao filho da promessa. Os 300 homens de Gideão
derrotam 100 mil midianitas. Uma funda nas mãos de um jovem pastor derruba o
gigante. Uma virgem dá à luz o Filho de Deus. Os cinco pães de um rapazinho
alimentam milhares. Uma violação da justiça, um expediente político-fisiológico
e a tortura criminosa, numa cruz repulsiva, tornaram-se o fundamento da
salvação do mundo. "Este é o caminho de Deus - tirar do homem toda
vanglória e dar toda glória a Deus...". A
teologia da prosperidade parte do princípio de que todos são filhos do Rei
(Deus, Jesus) e que, portanto, recebem os benefícios desta filiação em forma de
riqueza, Livramento de acidentes e catástrofes, ausência de doenças, ausência
de problemas, posições de destaque,
etc. Esta “teologia” oferece fórmulas para fazer o dinheiro render mais,
evitar-se acidentes, livrar-se de doenças e problemas, aumentar as propriedades, além de
viver uma vida sem dificuldades. A teologia da prosperidade sustenta que nenhum
filho de Deus pode adoecer ou sofrer, pois isso seria uma clara demonstração de
ausência de fé e, por outro lado, da presença do diabo. Ao mesmo tempo, eles
chegam ao exagero de declarar que quem morre antes de 70 anos é uma prova de
incredulidade, imaturidade espiritual ou pecado. Por suas palavras, cristão que
vive sofrendo é porque não está bem espiritualmente: ou está em pecado ou não
tem fé. Crente não deve ser pobre, nem doente. Pobreza e doença são marcas de
pessoas dominadas pelo poder do diabo. Diante de tais ensinos uma inevitável
questão é: que lugar existe para a mensagem da cruz neste modelo de
cristianismo? Ou ainda, será que os mártires do cristianismo primitivo, caso
vivessem em nossos dias, seriam aceitos como membros destas igrejas que
propagam a teologia da prosperidade? Deixemos que a história e a Bíblia nos
falem. A Bíblia diz que o cristão não deve temer o sofrimento e tampouco
negá-lo (Cl 1.24; Tg 5.10).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Deus
deseja que tenhamos uma vida cristã equilibrada é abundante.
III. Conclusão
Diante do que foi exposto, concluímos que a verdadeira
prosperidade vai além da saúde, da riqueza e da fama. É certo que nenhuma
Teologia jamais fez tanto sucesso no Brasil quanto à Teologia da Prosperidade.
Alavancada a partir de ministérios neopentecostais e assimilados por muita
“gente boa” e “bem intencionada” em nossa denominação, essa teologia tem
atraído milhões de pessoas em todo o mundo, especialmente em países pobres,
onde a fé do povo pode ser mais facilmente explorada. Meu sincero desejo é que
haja no nosso coração o desejo de experimentar a verdadeira prosperidade que só
vem do Senhor. Não nos deixemos enganar, a prosperidade somente nos alcançará
quando decidirmos ser fiéis ao Senhor. “Filhinhos, não amemos de palavra, nem
de língua, mas de fato e de verdade." (1Jo 3.18).
NOTAS
BIBLIOGRÁFICAS
TEXTOS
UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, A verdadeira prosperidade — A vida cristã abundante; Comentarista: José Gonçalves; CPAD;
OBRAS CONSULTADAS:
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001; 2Co 9.6; p. 1381
-. Bíblia de Estudo Pentecostal, 1995 por Life Publishers, Deerfield, Flórida-EUA;;
-. Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. CABRAL, E. Mordomia Cristã: Aprenda como Servir Melhor a Deus. 1.ed., RJ: CPAD, 2003, p.138;
-. ZUCK, R. B. Teologia do Antigo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2009;
-. SALE, F. Você & Deus no trabalho: A ética profissional do cristão. 1.ed., RJ: CPAD, 2001, p.181
-. Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, A verdadeira prosperidade — A vida cristã abundante; Comentarista: José Gonçalves; CPAD;
OBRAS CONSULTADAS:
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001; 2Co 9.6; p. 1381
-. Bíblia de Estudo Pentecostal, 1995 por Life Publishers, Deerfield, Flórida-EUA;;
-. Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. CABRAL, E. Mordomia Cristã: Aprenda como Servir Melhor a Deus. 1.ed., RJ: CPAD, 2003, p.138;
-. ZUCK, R. B. Teologia do Antigo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2009;
-. SALE, F. Você & Deus no trabalho: A ética profissional do cristão. 1.ed., RJ: CPAD, 2001, p.181
Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/,
na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário