As bênçãos de
Israel e o que cabe à Igreja
Texto Áureo
“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos
abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo,
como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos
santos e irrepreensíveis diante dele em amor”. Ef 1.3,4
Bênçãos espirituais referem-se a privilégios e recursos divinos
disponíveis agora, isto é, os crentes são escolhidos, adotados, perdoados. 1Co
1.21 usa a mesma palavra grega para “espiritual” ao se referir aos dons do
Espírito Santo, evidenciando que eles estão entre as “bênçãos” incluídas [1]. Bíblia de Estudo
Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001 - Nota Textual de Ef 1.3; p. 1224.
Verdade Prática
Se observarmos a Palavra de Deus, experimentaremos a verdadeira
prosperidade: a comunhão plena, em Cristo, com o Pai Celestial.
Leitura Bíblica em Classe
Gálatas 3.2-9.
Objetivos
· Identificar o caráter
pessoal das bênçãos sobre Abraão;
· Compreender o aspecto
nacional da bênção de Deus sobre Israel; e
· Conscientizar-se de que
através da igreja as bênçãos de Deus têm um alcance universal.
Palavra
Chave
Promessas: Ato amoroso por
meio do qual o Senhor estabelece um compromisso fiel e santo com seus servos.
I. Introdução
Segundo a Bíblia, o termo promessa (Gr Epangelia; palavra
empenhada), é o compromisso de conferir bens a pessoas, instituições,
grupos, que Deus assume livremente e que mantém graças a seu poder e
fidelidade. A promessa é correlativa ao amor de Deus e à fé que deseja suscitar
no coração do homem. Não há no Antigo Testamento um termo específico que
corresponda a prometer ou promessa. O hebraico dispõe de vários termos para
descrever o sentido de promessa: juramento, herança, palavra ou de fórmulas
“cumprir as promessas da aliança”, “manter a palavra”. As promessas divinas estão
ligadas à ideia de aliança ou de pacto. Deus é fiel às suas promessas mesmo que
os herdeiros não cumpram as exigências da aliança. Contudo, Deus pode
restringir ou propor as promessas sobre novas bases. Neste domingo, veremos que
Deus, em sua infinita bondade e misericórdia, têm bênçãos para todos. Na sua
Palavra encontramos muitas promessas preciosas e incondicionais para toda a
humanidade, como por exemplo, a vinda do seu Filho Unigênito a este mundo (2 Pe
3.4). Não por acaso, o termo grego epangelia possui uma
afinidade com euangelion, a boa nova; nos sinóticos, Jesus é o
Messias prometido, o anunciador de novas promessas (Mt 1.1-17). Não há como
enumerar tantas manifestações da bondade do Senhor. Se alguém tentasse
enumerá-las, chegaria à mesma conclusão do salmista: “contaria, contaria, sem
jamais chegar ao fim” (Sl 139.18). Porém, nenhuma bênção é tão importante e tão
especial como a salvação. Todavia, algumas bênçãos e promessas são específicas
para Israel e outras são para a Igreja. Ao fim desta lição, entenderemos que as
bênçãos divinas podem ser gerais, individuais, para Israel e para a Igreja, com
ênfase nas duas últimas. Não esqueçamos jamais que já participamos das bênçãos
da Nova Aliança quando, pela fé, entregamos nossa vida a Jesus e recebemos o
perdão dos nossos pecados por intermédio do sangue do Cordeiro Imaculado. Essa
é a maior bênção que uma pessoa pode experimentar deseja conceder bênçãos ainda
maiores aos seus filhos.
II. Desenvolvimento
I. ABRAÃO E O ASPECTO PESSOAL DA BÊNÇÃO
1. O alcance individual das bênçãos. Bênçãos (Hb.
bIeraka), indicam o ato de pronunciar coisas boas em direção a outrem (Gn
27.38). Como um chamado totalmente soberano, a ordem de Deus a Abraão ‘sai-te...
da tua parentela’ foi um teste da sua fé. Ele foi chamado a abandonar tudo
o que lhe era importante em troca duma terra desconhecida. O que ele tem é a
promessa de Deus que o faria grande; e Deus de fato abençoou Abraão de muitas
maneiras, inclusive com bênçãos materiais (Gn 24.35), onde percebemos como
Abraão tornou-se muito rico, assim mesmo como o seu servo relata que “o Senhor
abençoou muito o meu senhor”, e então passa a enumerar as bênçãos materiais que
Deus concedeu a Abraão. Esta dinâmica torna-se pertinente a cada crente também
hoje; a Bíblia revela que Deus trata com pessoas e não apenas com nações. Em Gl
3.13,14, Deus promete dar a todos os crentes as bênçãos de Abraão,
declarando-nos que Jesus tornou-se maldição por nós a fim de que pudéssemos
receber as “bênçãos de Abraão”. De tudo isso se subentende que a chamada de
Abraão envolvia bênçãos que contemplavam o presente, mas que também apontavam
para o futuro. Ela envolvia uma conquista terrena e uma celestial. Sua visão
alcançava um lar definitivo não mais na terra e sim no céu (Hb 11.9,10,14-16;
Ap 21.1-4; 22.1-5). As bênçãos, portanto, eram tanto temporais como eternas. As
temporais eram aquelas que diziam respeito à realidade pessoal do patriarca; as
eternas referiam-se às promessas que estavam por se cumprir na plenitude dos
tempos (Gl 4.4); A plenitude dos tempos era o tempo
divinamente estabelecido para a vinda de Cristo, quando as condições do mundo
favoreciam sua aparição.
2. O alcance social das bênçãos. De nada adianta possuir bênçãos
materiais, se aqueles que estão ao nosso redor, não forem alcançados em
decorrência de nossa confissão e testemunho (Gn 12.3). Não são poucas as portas
abertas à pregação de um evangelho que supre as necessidades de muitos que
apelam a Deus em busca de bens materiais. Contudo, Paulo exorta que o crente
deve estar contentado ao ter as necessidades básicas supridas (1Tm 6.8; Fp
4.10-13). A procura da riqueza traz somente tristeza e tropeços na vida de quem
quer servir a Deus, pois vem de um coração enraizado no mundo e não no Senhor
(Cl 3.1,2). De fato, o crente não deve desgastar-se em busca de obter riquezas
materiais, porque tal procura é vã e gasta tempo que deve ser usado na busca de
uma vida piedosa e da pátria celestial (Mt 6.24-34). Mesmo sem ter por meta
granjear riquezas, alguns crentes são alcançados com muitos bens materiais.
Para estes é necessário lembrar-se da mordomia cristã e que tudo é dado por
Deus, que se deve confiar nele e não na própria riqueza, a qual é passageira
(1Tm 6.17). De fato, a riqueza verdadeira consiste na prática da vontade de
Deus, usando as dádivas dele para fazer o bem a outros. Tal serviço preparará o
tesouro real para a vida verdadeira após esta. A riqueza em si não é má. Porém,
o que fazemos dela pode transformar-se em algo danoso para nós e para os que
nos cercam (Sl 62.10), mas para o crente, as verdadeiras riquezas consistem na
fé e no amor que se expressam na abnegação e em seguir fielmente a Jesus (1Co
13.4-7; Fp 2.3-5). Sim, as verdadeiras riquezas são as espirituais e não as materiais. Ele
não deve apegar-se às riquezas como um tesouro ou garantia pessoal; pelo
contrário, deve abrir mão delas, colocando-as nas mãos de Deus para uso no seu
reino, promoção da causa de Cristo na terra, salvação dos perdidos e
atendimento de necessidades do próximo. Portanto, quem possui riquezas e bens
não deve julgar-se rico em si, e sim administrador dos bens de Deus (Lc
12.31-48). John Piper comenta em seu artigo intitulado ‘O Olho é a Lâmpada
do Corpo, Uma Meditação sobre Mateus 6:19-24’: “Colocadas entre o mandamento de
ajuntar tesouros no céu (6:19-21) e a advertência de que não se pode servir a
Deus e ao dinheiro (6:24), estão as estranhas palavras sobre o olho sendo a
lâmpada do corpo. Se o olho é bom (literalmente: “simples”), todo o corpo será
cheio de luz. Mas se o olho for mau, o corpo será cheio de trevas. Em outras
palavras: Como você vê realmente, determina se você está em trevas ou não. Ora,
por que esta afirmação sobre o olho bom e o mau está colocada entre dois
ensinos sobre dinheiro? Eu penso que é por causa de uma coisa específica: o que
nos mostra se o olho é bom, é como ele vê Deus em relação ao dinheiro e tudo o
que este pode comprar. Este é o assunto na primeira parte desta passagem. Em
6:19-21 o assunto é: você deve desejar a recompensa celestial e não a terrena.
O que, em resumo, significa: deseje Deus e não o dinheiro. Em 6:24 o assunto é
se você pode servir dois senhores. Resposta: Você não pode servir a Deus e ao dinheiro.” [2] PIPER, John. ‘O Olho é a Lâmpada do Corpo, Uma Meditação
sobre Mateus 6:19-24’http://www.monergismo.com/textos/meditacoes/piper_olho_lampada.htm
SINOPSE DO TÓPICO (I)
Por intermédio de Abraão, todas as
nações têm acesso à salvação em Jesus Cristo.
II. ISRAEL E O ASPECTO NACIONAL DA BÊNÇÃO
1. O alcance geográfico das bênçãos. A maior benção para Israel, no
Antigo Testamento, era a presença de Deus (Ne 6.24-26). Mas a benção para esse
povo estava condicionada à obediência (Dt 7.12-15; 28.1-68). As bênçãos de Deus
para Israel incluíam: posteridade (Gn 1.18; 9.1; 12.2; 22.17; 26.4; 28.3; Dt
7.13; Js 17.14; Sl 107.38), a posse da terra, bem como outros tipos de
prosperidade material (Gn 24.35; 26.3; 39.5; Dt 2.7; 12.7; 15.4). As bênçãos de
Deus foram prometidas a Abrãao, neles seriam benditas todas as nações da terra
(Gn 12.1-3). Tais bênçãos trazem justiça (Sl 24.5), vida (Sl 133.3) e salvação
(Sl 3.8). As bênçãos de Deus para Israel faziam parte do Pacto que o Senhor
tinha com essa nação, tendo em vista que Ele prometeu fazer de Abraão uma
grande nação (Gn 12.2) e dar a terra de Canaã por herança à sua posteridade (Gn
17.8). Essa percepção de Israel enquanto nação é muito importante para a
interpretação dos textos bíblicos que fazem alusão à prosperidade desse povo.
Essa é uma benção prometida com exclusividade a Israel, que não cabe à Igreja
(Dt 28.8). O texto de 1Cr 7.14: “e se o meu povo, que se chama pelo meu
nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se desviar dos seus maus
caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua
terra” tem sido indevidamente aplicado
à Igreja, e o pior, a determinadas nações. O tratamento de Deus não é mais com
uma nação ou com um povo geograficamente constituído. A nação escolhida por
Deus, para ser testemunha da Sua revelação no Antigo Pacto, foi Israel (Dt
28.10). Acreditamos que no futuro, por ocasião do Milênio (Ap 20.1-10), Israel
receberá as bênçãos que lhe compete e que ainda não se cumpriram. Esse será um
tempo de abundância para esse povo e de prosperidade em todos os sentidos.
Israel desfrutará de paz com as nações (Is 9.6; Mq 4.3-4; Lc 2.13-14); a terra
da palestina será ampliada (Is 26.25), a topografia será alterada (Zc 14.4), as
chuvas cairão trazendo bênçãos (Is 41.18; Ez 34.26; Jl 2.23); as fontes e
mananciais de águas serão abundantes (Ez 47.1-11); Zc 14.8), a terra produzirá
muito (Is 32.15; 35.1; Ez 47.12; Am 9.13), haverá paz e justiça em plenitude
(Is 32.16,17), até na criação (Is 11.6-9; 65.25; Rm 8.19-21). Essas são as bênçãos
que competem a Israel, mas não agora, pois tudo isso se concretizará no futuro,
no reinado de Cristo (At 14.22; 1Co 6.9-10; 1Ts 2.12; Tg 2.5; 2Pe 1.11; 2Tm
4.1; Ap 12.10).
2. O alcance político das bênçãos. Na lista de bênçãos a
Israel, encontramos as de natureza política que se referiam ao seu
relacionamento com nações vizinhas. Israel estava localizado em um meio hostil.
Por isso mesmo, dependia da guarda divina (Dt 28.7).Gênesis 22.18 confirma o
que acima dizemos: “E em tua descendência serão benditas todas as
nações da terra; porquanto obedeceste à minha voz”. Estas nações e famílias
que seriam abençoadas por Deus, teriam que estar enxertadas na boa oliveira que
é Israel (Rm 11.23,24). No dizer de Paulo em Gálatas 3.29, se somos do Cristo,
então somos descendência de Abraão e herdeiros conforme a promessa feita a
Abraão, a promessa da vida eterna por Cristo. As promessas feitas no Antigo
Pacto, portanto, carecem de interpretação à luz do que é revelado por outros
versículos da Bíblia.
3. O alcance global das bênçãos. Deus separou Abrão da sua
família idólatra a fim de que tanto ele como os seus descendentes viessem a ser
nação messiânica, que traria salvação para todas as famílias da terra. Quando
Deus diz a Abraão, por exemplo, que “em ti serão benditas todas as famílias
da terra” (Gn 12.3), Ele antecipa os patriarcas ainda por vir, a nação de
Israel, e toda a linha davídica, incluindo o Messias e fundamenta o conceito
bíblico de bênção – Deus em ação na vida do seu povo para contrapor-se aos
efeitos da maldição. Entendemos que desde o princípio da criação, o plano de
Deus para a salvação tem sido global e vemos isto ao longo do Antigo
Testamento, indivíduos e nações que abençoaram os descendentes de Abrão foram
abençoados por Deus; aqueles que o perseguiam Sofreram as maldições de Deus.
Por conseguinte, a bênção da salvação não era apenas para a posteridade de
Abraão, mas também para todos os povos. Acredito que as bênçãos destinadas a
Israel eram exclusivas, mas também acredito que somos alvos da bondade eterna
de Deus e como Israel, somos também abençoados.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Nem todas as bênçãos prometidas a Israel
podem ser aplicadas a nós atualmente, pois eram destinadas exclusivamente ao
povo hebreu.
III. A IGREJA E O ASPECTO UNIVERSAL DA BÊNÇÃO
1. Transitório versus eterno. Sabemos que as bênçãos listadas
no Antigo Testamento apontavam para as bênçãos disponíveis na nova aliança,
sendo aquelas, sombra de bens futuros. Hebreus 10.1, refere-se à lei e nós
podemos nos referir a tudo que dizia respeito ao povo de Israel, a lei e o
sacerdócio. Na Antiga Aliança, as bênçãos possuíam natureza material, social e
também espiritual. Em todos os casos, elas faziam sobressair o seu aspecto
temporal em contraste com a Nova Aliança (Hb 8.13; 10.34). Nesta, as bênçãos
são eternas. O que foi prometido na Antiga Aliança tem o seu pleno cumprimento
na Nova. O transitório pertencia ao Antigo Pacto; o permanente ao Novo (2 Co
3.1-11). Isto significa que as bênçãos, em sua plenitude, estavam reservadas
para a Nova Aliança, para ter seu cumprimento na Igreja. A igreja é o objetivo
final e máximo de Deus. O termo grego Ekklesia, denota um grupo de
pessoas chamadas para fora; não é uma edificação onde os crentes se reúnem, mas
algo orgânico, cheio de vida; é uma casa espiritual (1Pe 2.5), não apenas uma
habitação, mas um lar, é a família de Deus e alvo das bênçãos eternas (Ef
2.19). A antiga aliança era mera sombra de coisas superiores por vir. Como tal,
não possuía em si mesma a substância da vontade de Deus, que é eterna e
celestial. Por conseguinte, a sua natureza era limitada em vários aspectos. Não
só se restringia a um povo em particular, a nação de Israel, como era regulado
pela condição de duas partes, Deus e o povo. Além disso, tal aliança, limitada
ao um tempo, era terrena, não possuindo o poder de aperfeiçoar os que nela
confiavam. E, por todos esses motivos, diz-se que a aliança do Sinai era
imperfeita.
2. Material versus espiritual. O Livro de Hebreus revela que
Cristo é o “Mediador de superior aliança instituída com base em superiores
promessas”(Hb 8.6). Ela é mais excelente porque as promessas do pacto
mosaico eram condicionais, terrenas, carnais e temporárias, enquanto as
promessas do Novo Testamento são incondicionais, espirituais e eternas. O Pai
Celestial já nos abençoou e já nos deu toda sorte de bênçãos (Ef 1.3). Estas
bênçãos chegam até nós por meio de Cristo Jesus e são aplicadas em nós pelo
Espírito Santo. Pela ação do Espírito Santo as bênçãos espirituais passam a ser
realidade na vida dos filhos de Deus.
3. Pobreza e riqueza. Deus nos concede todas as
bênçãos espirituais de que necessitamos (Ef 1.3; Fp 4.19; Tg 1.17) bem como as
bênçãos materiais. Deus abençoa a todos sem distinção de raça, cor, credo,
condição financeira, condição física ou educação. (Lc 9.23). “Porque sei que
são muitas as vossas transgressões e enormes os vossos pecados; afligis o
justo, tomais resgate e rejeitais os necessitados na porta. Portanto, o que for
prudente guardará silêncio naquele tempo, porque o tempo será mau. Buscai o bem
e não o mal, para que vivais; e assim o Senhor, o DEUS dos Exércitos, estará
convosco, como dizeis.” (Am 5.12-14). Não se deve esquecer é que na
Igreja há irmãos carentes e enfermos (1 Tm 5.23; 2 Tm 4.20). A Bíblia tem muito
a dizer a respeito de como os crentes devem tratar os pobres e necessitados. Ao
revelar a sua Lei aos israelitas, mostrou-lhes também várias maneiras de se
eliminar a pobreza do meio do povo (ver Dt 15.7-11). Declarou-lhes, em seguida,
o seu alvo global: “Somente para que entre ti não haja pobre; pois o SENHOR
abundantemente te abençoará na terra que o SENHOR, teu DEUS, te dará por
herança, para a possuíres” (Dt 15.4). O crente tem o dever de preocupar-se
com o social, especialmente com os domésticos na fé (Gl 6.10) [Paulo de fato
diz para ajudar “a todos.” Quando ele diz “especialmente” ou “principalmente” é
com ênfase, mas não exclusividade]. Boa parte do ministério de JESUS foi dedicados
aos pobres e desprivilegiados na sociedade judaica. Dos oprimidos,
necessitados, samaritanos, leprosos e viúvas, ninguém mais se importava a não
ser JESUS (cf. Lc 4.18,19; 21.1-4; Lc 17.11-19; Jo 4.1-42; Mt 8.2-4; Lc
17.11-19; Lc 7.11-15; 20.45-47). Ele condenava duramente os que se apegavam às
possessões terrenas, e desconsideravam os pobres (Mc 10.17-25; Lc 6.24,25;
12.16-20; 16.13-15,19-31). Quantos de nós que, embora ricos espiritualmente,
carecemos de bens materiais para a sobrevivência! Quantos irmãos nossos, coerdeiros com
Cristo, vivem em palafitas, ou estão desempregados? A estes não devemos fechar
o coração, mas ajudá-los com alegria. É interessante e importante a palavra de
Paulo quanto a este respeito em 1Tm 5.8: “se alguém não cuidar dos seus e
especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente”.
A prosperidade legitima-se com a generosidade.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Todas as promessas divinas feitas na
Antiga Aliança têm o seu pleno cumprimento na Nova.
III. Conclusão
“Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o
Senhor Jesus Cristo” (Fp 3.20). Embora o crente sendo cidadão de uma pátria
terrena, eles têm uma cidadania maior e realmente somos estrangeiros neste
mundo. Portanto, permitamos que a Palavra seja um guia para compreendermos a
vontade de Deus no aspecto da prosperidade. Não sejamos ‘tolos’, a Bíblia diz
‘sim, podemos ter riquezas’. Mas ela também afirma ‘não’, ‘não confie nelas’!
Jesus sabia da sedução que os bens terrenos podem exercer sobre nós e por isso
advertiu: “Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso
coração” (Mt 6.21). O crente, por este motivo, é instado a ter a ‘mente de
Cristo’ (Fp 2.1-5) para poder experimentar ou a riqueza financeira ou
dificuldades temporárias, mas ainda estar firmes em nosso viver por confiar
plenamente nEle, o autor e consumador da nossa fé. No dizer de Paulo, “[...] não
ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em
vós mesmos;” (Rm 12.16), nós devemos aprender a estar satisfeitos, tendo as coisas
essenciais desta vida, como alimento, vestuário e teto. Para ele, a satisfação
das necessidades materiais não era motivo nem medida de sua alegria, ao
contrário, ele repudia expressamente a mera autossuficiência (2Co 3.5; 9.9).
Sua suficiência estava em Cristo, cuja paz e propósito ele desfrutou apesar de
todas as circunstancias por ele vividas. Tal fé é um estimulante para cremos em
toda a suficiência de Cristo ao encarar todas as circunstancias da vida!
NOTAS
BIBLIOGRÁFICAS
TEXTOS UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, A verdadeira prosperidade — A vida cristã abundante; Comentarista: José Gonçalves; CPAD;
CITAÇÕES:
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001; Nota Textual de Ef 1.3; p. 1224;
-. PIPER, John. ‘O Olho é a Lâmpada do Corpo, Uma Meditação sobre Mateus 6:19-24’http://www.monergismo.com/textos/meditacoes/piper_olho_lampada.htm
OBRAS CONSULTADAS:
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. RHODES, R. O Livro Completo das Promessas Bíblicas. 1.ed., RJ: CPAD, 2006;
-. Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, A verdadeira prosperidade — A vida cristã abundante; Comentarista: José Gonçalves; CPAD;
CITAÇÕES:
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001; Nota Textual de Ef 1.3; p. 1224;
-. PIPER, John. ‘O Olho é a Lâmpada do Corpo, Uma Meditação sobre Mateus 6:19-24’http://www.monergismo.com/textos/meditacoes/piper_olho_lampada.htm
OBRAS CONSULTADAS:
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. RHODES, R. O Livro Completo das Promessas Bíblicas. 1.ed., RJ: CPAD, 2006;
-. BENTHO, E. Hermenêutica
Fácil e Descomplicada. 4.ed., RJ: CPAD, 2006.
Os textos das
referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/ , na
versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.
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