As Consequências do Jugo Desigual
TEXTO
ÁUREO
“Não vos prendias a um jugo desigual com os
infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem
a luz com as trevas?” (2Co 6.14).
O termo ‘comunhão’ (Gr koinonia),
significa ‘compartilhamento’, ‘uniformidade’, ‘associação próxima’, ‘parceria’,
‘participação’. Quando essa Koinonia é fruto do Espírito Santo, o individuo
compartilha o vínculo comum e íntimo de companheirismo com os demais crentes.
Já o termo ‘trevas’, do Gg ‘skotos’, é utilizado para traduzir a escuridão
física, bem como a escuridão espiritual, moral e intelectual. As trevas surgem
do erro, da ignorância, da desobediência, da cegueira voluntária e da rebelião.
Nesse versículo, Paulo ratifica seu ensino anterior para que os crentes evitem
toda sorte de associações com idolatria e qualquer união comprometedora com
infiéis (veja 1Co 10.1 a 11.1).
VERDADE
PRÁTICA
O casamento não é um mero contrato social, mas uma
instituição divina que tem de ser levada a sério e firmada de acordo com a
vontade de Deus.
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Neemias
13.23-29.
OBJETIVOS
·
Conscientizar se de que o casamento é uma
instituição divina;
·
Compreender que
Deus não aprova o casamento misto; e
·
Entender que
o jugo desigual acarreta pesadas consequências
PALAVRA
CHAVE
Casamento: União
voluntária de um homem e uma mulher.
I.
Introdução
O
que é o casamento?
O Dicionário Priberam da Língua
Portuguesa define o termo como “Contrato de união ou vínculo entre duas pessoas
que institui deveres conjugais”, bem como o termo equivalente ‘Matrimônio’ como
“União legítima entre duas pessoas, legalizada com as cerimônias e formalidades
religiosas ou civis para constituir uma família”. Gênesis 2.18: “E disse o
SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea
para ele..” O Matrimônio não é um produto cultural humano. Foi o próprio Deus
quem ajuntou o homem e a mulher mesmo antes da existência do pecado (Gn
2.21,22; 1Co 7.7; 1Tm 4.3). Se podemos concluir que o casamento é uma
instituição de Deus não devemos tratá-lo como se fosse do homem usando a
sabedoria do homem para o melhorar, manipular ou regulamentar. Deus tem dado a
Sua palavra sobre o assunto e é essa que queremos e devemos seguir: “Assim não
são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o
homem” (Mt 19.6). De uma forma geral, tanto o homem quanto a mulher possuem uma
necessidade nata de ter um ao outro e nessa união glorificar a Deus. Quando
essa união não acontece, o que há é um vazio e solidão. Deus mesmo testificou
que “não é bom que o homem esteja só”. Por este motivo criou Deus essa
instituição que, apesar da perseguição e oposição, permanece firme. Hoje, temos
a oportunidade de aprendermos mais sobre o casamento e também sobre como as
uniões mistas podem ser prejudiciais.
I.
O CASAMENTO NO ANTIGO TESTAMENTO
1.
A natureza do casamento.
O casamento foi instituído por Deus
com o objetivo de proporcionar felicidade ao homem e a mulher. Deus criou o
homem à Sua imagem e semelhança, macho e fêmea, e também instituiu o casamento.
São estas as palavras ditas pelo Eterno: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e
se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne” (Gn 2.24). Nesse texto
encontramos três princípios que norteiam o casamento: (a). Heterossexual - um
homem unindo-se à sua mulher; Não há, em termos bíblicos, legitimidade para a
relação homossexual, ela está em desordem com o propósito de Deus; (b).
Monogâmico - o homem deve deixar pai e mãe para unir-se à sua mulher; não há
legitimidade à prática da poligamia ou da poliandria; (c). Monossomático - os
dois tornam-se uma só carne; é no casamento que se pode desfrutar da relação
sexual com alegria, santidade e fidelidade. Não há outra ‘receita’ para um
casamento feliz, esses princípios estabelecidos por Deus, se aplicados, fará do
matrimônio a base da sociedade. Curiosamente, a poligamia não era comum nos
tempos bíblicos, embora fosse permitido o casamento com mais de uma mulher ao
mesmo tempo, como quando Jacó casou-se com Lia e Raquel e teve relações sexuais
com as servas delas. Uma razão era que o marido tinha de ser muito rico para
sustentar mais de uma mulher. A realeza era mais tendenciosa à poligamia; Davi
tinha várias, inclusive Mical, Abigail e Bate Seba, e Salomão teve um número
ainda maior durante o período mais próspero do seu reinado. Levítico 21.13,14
proíbe o sumo sacerdote de ter várias esposas, também há outros vultos
importantes do Antigo Testamento que foram monógamas: Noé, José [1].
2.
Casamentos proibidos.
Os casamentos eram arranjados, se
possível dentro da mesma família (Gn 24.3,4), às vezes acontecia com membros de
outros clãs (Gn 41.45; Rt 1.4), geralmente por razões políticas (1Rs 11.1;
16.1,3), mas nunca era aprovado por motivos religiosos que sempre contaminavam
todo o povo (1Rs 11.4). Temos registros de proibição de casamentos com membros
familiares muito próximos em Levíticos 18.6-18. Israel estava proibido de
entrar em qualquer tipo de sociedade com as nações da terra – sete estados
pequenos, juntos eram mais populosos e poderosos do que Israel (Dt 7.1). Havia
razões para essa proibição: as esposas pagãs acabariam levando o povo de Deus à
idolatria, fato tristemente observado na vida de Salomão, justo o homem mais
rico e sábio, através de suas muitas esposas, tornou-se seguidor de Astarote, a
deus Cananéia da fertilidade cujo culto envolvia ritos sexuais e astrologia.
Também seguiu a Milcom e Moloque, cujos cultos envolvia sacrifícios humanos,
particularmente de crianças (veja 1Rs 11.1-7). Não basta sabedoria, mesmo que
sobrenaturalmente concedida, devemos, acima de tudo, ser obedientes!
SINOPSE
DO TÓPICO (I)
Os israelitas receberam a ordem divina
de não se misturar com os cananeus.
II.
O CASAMENTO MISTO NO TEMPO DE NEEMIAS
1.
A constatação do erro.
Deus havia ordenado a extinção das
nações pagãs que ocupavam a terra de Canaã quando Israel conquistou seus
limites – “Deuteronômio 7.2 usa um verbo derivado do termo hebraico herem –
‘Totalmente destruirás’. Tal ação pode nos parecer impiedosa, mas Deus
certamente agiu soberanamente e visou prevenir Israel de pôr em risco o seu
relacionamento de aliança com o Eterno” [2]. Israel era uma nação santa,
separada para um relacionamento com Deus. Essa escolha recai na soberania
divina e sua essência permanece um mistério. O sucesso desse relacionamento
baseava-se na conservação dessa aliança que por sua vez, dependia da separação
total daqueles povos pagãos. Não obstante isso, o povo que regressou com
Neemias, mesmo depois daquele reavivamento, arrependimento e concerto com Deus,
voltou a incorrer no mesmo erro que Salomão: “Vi também, naqueles dias, judeus
que tinham casado com mulheres asdoditas, amonitas e moabitas” (Ne 13.23).
2.
As consequências do casamento misto.
“Na época de Neemias, era necessário
que o pecado fosse claramente identificado e que o povo de Deus fosse mantido
rigorosamente separado da influência das nações pagãs daquela época. Só assim o
plano redentor de Deus poderia ser executado em seu devido tempo, e todos os povos
do mundo teriam a oportunidade de receber os benefícios da salvação. Apesar da
grande reforma feita por Esdras, a respeito de alianças matrimoniais com nações
estrangeiras, e, apesar do pacto que havia sido recentemente ratificado no qual
o povo havia prometido abster-se desse costume, Neemias descobriu ao voltar de
Susã que muitos judeus da comunidade haviam novamente voltado à pratica de se
casar com mulheres (pagãs) estranhas. Mulheres estranhas seriam ‘esposas
estrangeiras’. Como consequência, as crianças seriam criadas em lares judeus
que não falavam a língua de seus pais. Nesta questão, até a família do sumo
sacerdote Eliasibe havia desobedecido à lei de Moisés. Eliasibe estava ligado,
por casamento, a Tobias [...]. Mas, o que era pior, um de seus netos, que
estava na sua linhagem de sucessão, havia se casado com a filha de Sambalate, o
maior inimigo dos judeus desse período” (Comentário Bíblico Beacon. Vol. II,
1.ed., RJ: CPAD, 2005, p.535) [3]. Uma drástica consequência de casamentos
mistos é a influência negativa que os filhos dessa união terão. No caso dos
judeus que voltaram do exílio, “seus filhos falavam meio asdodita e não podiam
falar judaico, senão segundo a língua de cada povo” (Ne 13.24). Certamente há
uma inclinação em nossa natureza que é tendenciosa ao pecado, e a maior
influência na educação dos filhos de uma união mista, como se vê nesse caso das
mulheres asdoditas, é exercida pela parte infiel/pagã.
SINOPSE
DO TÓPICO (II)
Por causa do casamento misto as famílias
judaicas passaram a enfrentar problemas.
III.
RESPONSABILIDADE MINISTERIAL ACERCA DO CASAMENTO
1.
O jugo desigual. Deus
enxerga o casamento como a união de duas pessoas que se tornam uma só. Não há
possibilidade de juntar opostos harmoniosamente. Disso fala Paulo em 2Co 6.14
ao expor as alianças mistas – casamentos, associações de negócios impróprios ou
relacionamentos com pagãos idólatras. Alguns intérpretes entendem que Paulo
tinha em mente a associação com falsos apóstolos e profetas, a quem ele
considerava responsáveis pela recente divisão de seu relacionamento com a
Igreja de Corinto (2Co 11.13-15). Qual tenha sido o pensamento de Paulo, isso
nos mostra que o jugo desigual se aplica não apenas ao matrimônio, mas a toda
sorte de união com descrentes e inclusive falsos crentes. Casamento é tomado
como figura da união entre Cristo e a Igreja, por isso mesmo a escolha de
cônjuges torna-se muito importante, visto que cada um irá identificar-se com o
outro em sua união. Não podemos ignorar os perigos do jugo desigual. Deus advertiu
com frequência o povo sobre o perigo do jugo desigual por causa da tendência
disso resultar em comprometimentos perigosos e por fim, no abandono do
compromisso com o Senhor. Malaquias alerta especificamente sobre o perigo dos
casamentos mistos (Ml 2.11). Os crentes da Nova Aliança são advertidos a não
contrair aliança com pessoas de outra fé (1Co 7.39; 2Co 6.14). Casamentos assim
são frequentemente problemáticos, causam dores à parte crente, e têm a
tendência de fracassar quando os dois cônjuges estão firmes em suas respectivas
crenças. Da mesma maneira, aqueles crentes que se acham ligados a descrentes
pelo matrimônio, o Novo Testamento tem princípios norteadores (1Co 7.12-16; 1Pe
3.1-2). O crente nessa situação deve agir com muita sabedoria, respeitando a
crença do seu cônjuge e ao mesmo tempo, aplicando-se ainda mais a sua fé.
Quanto à educação dos filhos que nascerem, deve haver um acordo sobre como irão
ensinar espiritualmente seus filhos. Muita dor e sofrimento poderiam ser
evitados se formos obedientes ao Senhor.
2.
As consequências do jugo desigual.
Aqueles crentes que contraíram
matrimônio com pessoas não crentes devem observar, especialmente, os conselhos
de Pedro; às mulheres ele diz que elas não devem fiar-se em suas próprias
palavras para ganhar seu marido para Cristo, mas com um espírito dedicado e
devoto a Cristo e num comportamento reverente perante o marido ímpio. Esse
comportamento não é fruto da intimidação, mas da confiança em Deus. A educação
dos filhos deve ser, dentro do possível, conduzida de modo que estes quando
crescerem, não se desvie do Senhor, através de um espírito reverente, dedicado
e devoto ao Senhor, sendo referência espiritual.
3.
Uma recomendação sempre atual.
A meu ver, precisamos de equilíbrio, saber quem sou e com quem me relaciono,
sem extremismos. Entendendo o que vem a ser ‘jugo desigual’ – ‘conflito de
valores’; ‘visão de mundo diversa’, é quase impossível para o crente que se
relaciona com os que não partilham a mesma fé, não tomar decisões levianas. Não
sou adepto da cultura ‘ditatorial do proibido’ imposta por lideranças, contudo
sabemos que nossos atos trazem consequências. Nossos jovens estão a mercê desse
perigo, e seria utopia que eles se envolvessem apenas com jovens do nosso meio;
estão num ‘dualismo vivencial’, igreja e cotidiano, e isso muitas vezes implica
no arriscado jogo da mistura. Não há outra intercessão por nossos jovens do que
a oração de Cristo: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal”
(Jo 17.15). Também não acredito no mito de que a jovem crente só deve casar com
o jovem da igreja, por que supostamente não há ‘jugo desigual’ dentro da
Igreja, já que todos são crentes na mesma doutrina. Como discorri nesse
subsídio, ‘jugo desigual’ é todo caminhar em desnível. Casar com alguém sem o
verdadeiro amor, apenas porque pertence à mesma fé, ou por imposição, será uma
tragédia, uma prisão. Crente quando não ama o outro caminha em desnível, é um
jugo desigual. Não podemos admitir que as formalidades, as aparências, as
opiniões, conveniências, ministérios, liderança, constituam um jugo desigual
para nossos jovens. Não podemos esquecer que somos crentes pela Graça de Deus e
somos cidadãos vivendo a liberdade do evangelho em Seu reino. Quando Paulo se
refere a ‘não prender-se a um jugo desigual’, ele fala do ponto de vista de um
contexto bem diferente desse nosso. Corinto era uma cidade portuária e
receptora/difusora das maiores mazelas espirituais daquela época de frouxidão
moral; ele se referia na verdade a ‘um modo de ser’, fato comprovado quando ele
escreve na segunda carta que o ‘incrédulo’ ao qual não se deve associar em
hipótese alguma é justamente aquele que se diz ‘crente’. Paulo fala de ‘um modo
de ser’, e não uma filiação religiosa. Paulo diz claramente que não se deve
prender a desníveis relacionais com o que anda conforme outra consciência, pois
não há possibilidade de harmonia. O Jugo desigual não está restrito apenas ao
casamento, mas a toda forma de vínculo que pretenda ser estável. Meu
entendimento é que casamento é a profissão de fé do amor, e onde há amor, há
harmonia, pois o amor não se porta com indecência, não busca os seus próprios
interesses, insistindo em seus próprios direitos e exigindo precedência, pelo
contrário, é altruísta; folga com a verdade, tudo sofre, defendendo e
suportando o outro; tudo crê tudo espera, tudo suporta (1Co 13).
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Os líderes devem orientar os jovens
acerca das terríveis consequências de se contrair matrimônio com infiéis.
CONCLUSÃO
Paulo exultou com a liberdade que há
em Cristo. Os crentes legalistas criticavam sua maneira de ser, mas ele
respondeu: ‘sou livre da servidão religiosa. Por que todos querem que eu volte
para ela?’ Somos livres para servir ao Senhor de todas as maneiras coerentes
com a sua Palavra, vontade, natureza e santidade. Jesus e o Pai modelam o
relacionamento para o matrimônio: Marido e esposa devem compartilhar um amor
mutuo (Jo 5.20;14.31); Marido e esposa vivem em unidade (Jo 10.30; 14.9,11).
Maridos expressam amor por sua esposa através de cuidado, vida compartilhada,
atenção (Jo 5.20,22; 8.29; 11.42; 16.15; 17.2); Esposas expressam amor pelo seu
cônjuge tendo as mesmas vontades e propósitos que ele; exercendo autoridade que
lhes foi confiada com humildade e serenidade, não rivalizando ou competindo, mas
mostrando respeito tanto em comportamento quanto em ação (Jo 4.34; 5.19,300;
8.28; 14.31; 15.10; Fp 2.55,6,8). Se estes princípios norteadores baseados no
relacionamento do Pai com o Filho não estiverem presentes em nosso
relacionamento conjugal, o casamento não passa de um caminha em desnível, de um
jugo desigual. Deus instituiu o casamento para ser uma bênção, no entanto,
precisamos obedecer ao Senhor, para que as suas promessas cumpram-se em nossa
vida, não omitindo os conselhos bíblicos quanto à vida conjugal, mas evitando
estereótipos, preconceitos e falsa moral, precisamos estar sempre atentos
quanto à preservação dos valores familiares cristãos investindo em
aconselhamento aos nubentes, em instrução aos jovens para que a liberdade que
vivemos em Cristo não venha ser causa de tropeço.
Fonte: Francisco
A Barbosa, auxilioaomestre@bol.com.br
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
TEXTOS
UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 4º Trimestre de
2011, Jovens e Adultos, Neemias - Integridade e coragem em tempos de crise.
Comentário: Elinaldo Renovato; CPAD. p. 56 a 62;
CITAÇÕES:
[1]. Adaptado de GOWER, Ralph, Usos e
Costumes dos Tempos Bíblicos; Trad. Neyd Siqueira. CPAD, Rio de Janeiro, RJ; 1ª
Edição, 2002; p. 63 e 64;
[2]. Extraído de Bíblia de Estudo
Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001; nota textual de Dt 7.2,3; p. 195;
[3].Extraído de: RENOVATO, Elinaldo.
Neemias — Integridade e coragem em tempos de crise. Lições Bíblicas CPAD, Jovens
e Adultos, 4º Trimestre de 2011, p. 90;
OBRAS
CONSULTADAS:
-. Bíblia de Estudo Plenitude,
Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Genebra, São
Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. BENTHO, E. C. A Família no Antigo
Testamento. História e Sociologia. 5.ed., RJ: CPAD, 2011.
Os textos das referências bíblicas
foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/ , na versão Almeida
Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.
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