O Surgimento da Teologia da Prosperidade
Texto Áureo
“Mas, ó homem, quem és tu, que Deus replicas? Porventura, a coisa
formada dirá ao que o formou: Por que me fizeste assim?” Rm. 9.20
Verdade Prática
O pecado da Teologia da Prosperidade consiste em sua anulação da
soberania de Deus.
Leitura em Classe
Lucas 12.13-21
Objetivos
Explicar as raízes da Teologia da
Prosperidade.
Descrever os principais
ensinamentos da Teologia da Prosperidade.
Analisar as principais
consequências da Teologia da Prosperidade.
Palavra Chave
Teologia da Prosperidade – Uma
teologia centrada na saúde e na prosperidade material, não na salvação em Jesus
Cristo.
Introdução
No primeiro trimestre deste ano estaremos estudando a Verdadeira
Prosperidade – A vida cristã abundante, contraposto à Teologia da Prosperidade
ou Confissão Positiva muito difundida na atualidade e muito tem entrado nesta
onda que constitui uma ameaça à igreja cristã, tornando-se um equivoco, mas
isso não anula a verdadeira prosperidade ensinada na Palavra de Deus. A
Teologia da Prosperidade, para quem não sabe, é a doutrina herética. Trata-se
de uma substituição do Evangelho da Graça, pelo “evangelho” da ganância. É
comum ouvimos da boca dos pregadores da prosperidade coisas do tipo: “Você é
filho do Rei, não tem por que levar uma vida derrotada. Deus quer você seja
rico, que tenha muito dinheiro... quem é pobre está fazendo a vontade do
diabo... está vivendo em pecado... Um homem de Deus é rico!” A teologia da
prosperidade une o fútil ao desagradável, ou seja, é uma mistura de ganância e
comodismo. Os adeptos da teologia da prosperidade acham que nós temos direito
de reivindicarmos o que quisermos de Deus, esquecendo-se da soberania divina.
Teologia da Prosperidade
Teologia da prosperidade é um movimento religioso surgido nas primeiras
décadas do século XX nos Estados Unidos da América. Sua doutrina afirma a
partir da interpretação de alguns textos bíblicos como Gênesis 17.7, Marcos
11.23-24 e Lucas 11.9-10, que os que são verdadeiramente fiéis a Deus devem
desfrutar de uma excelente situação na área financeira, na saúde, etc...
Na década de 80 o Brasil foi tomado por um movimento que atraiu e ainda
atrai milhares de pessoas para as igrejas evangélicas, mas pouca gente conhece
a fundo a história da teologia da prosperidade.
O pioneiro desse movimento foi o pastor Essek M. Kenyon(1867-1948), mas
o maior divulgador foi Kenneth Hagin (1917-2003). A teologia da prosperidade
busca a interpretação de uma série de textos bíblicos para fazer com que os
fiéis entendam que Deus tem saúde e bênçãos materiais para entregar ao seu
povo.
O teólogo Zwnglio Rodrigues recorda
um trecho do livro “O Nome de Jesus” escrito por Hagin: “Por que, pois o diabo
– a depressão, a opressão, os demônios, as enfermidades, e tudo mais que provém
do diabo – está dominando tantos cristãos e até mesmo igrejas? É porque não
sabem o que pertence a eles. (1999, p. 37)”.
Rodrigues explica que quando o autor diz que o povo não sabe o que lhes
pertencem quer dizer que desconhecem seus direitos. Os pastores da teologia da
prosperidade tentam ensinar esse conhecimento aos seguidores.
“É a respeito do desfrute destas coisas [saúde e prosperidade] que os
cristãos mantêm-se ignorantes, dizem os pregadores da confissão positiva”,
lembra o teólogo.
I – Conceito
A chamada “teologia da prosperidade” parte do princípio de
que todos são filhos do Rei (Deus, Jesus) e que, portanto, recebem os
benefícios desta filiação em forma de riqueza, livramento de acidentes e
catástrofes, ausência de doenças, ausência de problemas, posições de destaque,
etc.
Esta “teologia” oferece fórmulas para fazer o dinheiro render mais,
evitarem-se acidentes, livrar-se de doenças e problemas, aumentar as
propriedades, além de viver uma vida sem dificuldades. A teologia da
prosperidade sustenta que nenhum filho de Deus pode adoecer ou sofrer, pois
isso seria uma clara demonstração de ausência de fé e, por outro lado, da
presença do diabo. Ao mesmo tempo, eles chegam ao exagero de declarar que quem
morre antes de 70 anos é uma prova de incredulidade, imaturidade espiritual ou
pecado.
II – Identificação do Problema
Nas décadas de 60 e 70, espalharam-se pelas igrejas dos Estados Unidos,
especialmente aquelas de tendência pentecostal, um movimento cuja afirmação
principal é garantir saúde integral, sucesso total nos empreendimentos, enfim,
prosperidade a todas as pessoas que cumprem a vontade de Deus, através de suas
vidas.
Embora não conheçamos a maioria dos líderes desse movimento, os
evangélicos brasileiros conheceram Jimmy Swegart, um evangelista que frequentou
os nossos televisores à custa de milhões de dólares. Não fosse os muitos de
seus escândalos descobertos, juntamente com outro evangelista, Jim Bakker, hoje
ainda teríamos suas pregações nas emissoras de televisão brasileiras. No final
da década de 70, se podemos assistir, através da televisão, o auge desse
movimento, quando multidões enchiam imensos templos, estádios, parques
públicos, em busca da orientação e proteção de Deus para alcançar fama, sucesso
e dinheiro. Foi no impulso desse movimento que vieram, por exemplo, o
contraditório dente de ouro e outras manifestações igualmente estranhas.
Como uma bomba de efeito retardado, a teologia da prosperidade chegou ao
Brasil, através de uma perfeita divulgação. Assim, de repente, as livrarias
evangélicas começaram a vender enorme quantidade de livros e fitas divulgando
esta novidade. Foi assim que um dos mentores dessa doutrina, Kenneth Hagin,
tornou-se um sucesso de vendas nas livrarias evangélicas, no Brasil. Daí suas
ideias espalharam-se pelas igrejas.
III – A Visão Bíblica e Teológica
Encontramos no Antigo Testamento pelo menos dez diferentes palavras da
língua hebraica que pertencem ao mesmo campo de significado, a saber:
prosperar, ter êxito e sucesso, sair-se bem, fazer crescer, fortalecer,
pacificar, ser frutífero, fartar-se e riqueza. Portanto, a Bíblia tem seu
próprio conceito de prosperidade. Como este conceito é tão diferente da maioria
dos atuais, é necessário que estejamos atentos e abertos à antiga, porém sempre
correta, proposta bíblica.
O que é prosperar? Como a
prosperidade, prioritariamente, não é obter vantagens pessoais ou ganhar
dinheiro, como a Bíblia trata este assunto? Vejamos alguns exemplos:
1. O profeta Ezequiel relaciona
prosperidade para a casa de Israel com a videira que dá frutos (Ez. 17.1-10;
cf. Sl. 1.3);
2. Quando Josué assumiu a liderança
do povo, em lugar de Moisés, Deus lhe fez algumas instruções decisivas que
definem a prosperidade: ser forte e corajoso, não temer e andar nos seus
caminhos (Js. 1.1-9);
3. Na oração de Neemias encontramos
outra definição de prosperidade: praticar a misericórdia, isto é, ser bondoso e
leal para com Deus e os seus semelhantes (Ne. 1.11);
4. Muitos textos bíblicos
definem o êxito e sucesso na vida com a conduta sábia, o discernimento e a
perspicácia no trato com a instrução de Deus (Dt. 29.9; 1 Rs. 2.3; Ec. 10.10;
11.6);
5. Trazer paz ao mundo também pode
ser considerada uma atitude de sucesso (Sl. 122.6-7);
6. O povo de Deus entendia que fazer
o bem e agir corretamente na vida era ser próspero (Jó 21.13; Sl. 106.5);
7. Uma definição bíblica que resume
todas as demais é a seguinte: o próspero é uma pessoa que imita o agir de
Deus.
O Salmo 1 encontra esta pessoa. É o justo. Evidentemente, toda a
Bíblia proclama que Deus é a causa direta da prosperidade dos justos (Gn.
39.3,23; Is. 48.15; Ez. 17.9-10; Ne. 2.20). Entretanto, Deus usa uma pedagogia,
isto é, um jeito correto e instrutivo para nos dar a sua ajuda e sua graça.
Assim, a Bíblia mostra que a prosperidade do povo de Deus vem:
• Pelo sofrimento e pela graça de Deus (Is. 53.10), que ensina que o
começo de todo bem sucedido empreendimento humano reside na capacidade da
pessoa para sofrer;
• Pela fidelidade e lealdade a Deus e ao povo de Deus (Jr. 13.7-10; Dn.
6.9);
• Pela busca do temor do Senhor (I Cr. 26.5);
• Pela prática da justiça (Sl. 1.3);
• Pela posse (descida) do Espírito de Deus (Jz. 14.6; 19; 15.14).
É possível que estejamos repetindo conceitos e definições, porém a
Bíblia é uma testemunha instrutiva. Ela, através de suas reportagens, nos
oferece pistas para obtermos sucesso na vida. Nela aprendemos que, em primeiro
lugar, a obtenção de prosperidade é precedida de pedido, apelo, por parte da
pessoa interessada (Sl. 118.25); segundo, através de uma vida de piedade e
fidelidade à instrução de Deus (Js. 1.7-8; Dt. 29.9; I Cr. 31.21); terceiro,
através da insistente busca de sabedoria (Ec. 2.21; 11.6).
Também encontramos na Bíblia alguns textos que tratam a prosperidade de
forma bastante negativa. Para os autores bíblicos, a prosperidade como ganho,
sucesso e êxito nos empreendimentos da vida conflitam com os princípios básicos
da fé. Dois textos ilustram estes princípios:
1. Porque prosperam os ímpios? (Jr. 12.1-6) Ao
lermos este texto, percebemos que ele é um corpo constituído de duas partes: na
primeira, o profeta faz. Em tom de queixa, uma tremenda acusação contra Deus
(vv. 1-4); na Segunda parte, temos uma dura resposta de Deus (vv. 5-6). Este
tipo de diálogo apimentado, entre o profeta e Deus, nós o encontramos em
Habacuque (1.2; 2.4) e constitui a preocupação central do livro de Jó.
A questão geradora da queixa de Jeremias é: Porque os ímpios prosperam?
Diante disso, o profeta abre um processo jurídico contra Deus: Eu vou abrir um
processo contra Ti (v. 1 a). O surpreendente, aqui é que ele acusa Deus de ter
permitido, com seu silêncio, o Domínio dos malfeitores sobre os justos
(comparar Ha. 1.2-4; 12-17).
Sua justificativa tem dois tipos de argumento: O primeiro é direto:
Apesar de ser desleal (v. 1b), usarem dos feitos de Deus para encobrirem suas
más ações, (v.2), provocarem a destruição dos animais e aves (v.4 a) e
propagarem mentiras sobre Deus (v. 4b), esses malvados (como lobos vestidos de
cordeiros) prosperam e gozam de tranqüilidade (v. 1b) e o segundo é indireto: O
profeta justifica sua acusação, mencionando algumas consequências danosas e
provocadas pelos prósperos ímpios: primeiro, a gula de prosperidade alimenta e
multiplica a deslealdade (v. 1b); segundo, a ansiedade pelo lucro fácil não tem
limites, agredindo e destruindo a natureza a flora e a fauna (v. 4 a) a ponto
de justificar seus atos com uma mentira, Deus não vê o nosso futuro (v. 4b).
O pequeno diálogo se encerra de modo surpreendente para o profeta: o
pior estava por vir. Aqui, o profeta não recebe uma resposta satisfatória e
tranquilizadora para o problema do mal e do sofrimento, provocado pelas pessoas
prósperas, que ele experimentava na própria carne.
2. A prosperidade dos ímpios incomoda os crentes
(Sl. 37.1-40). Este Salmo mostra outro exemplo da crise de fé causada pela
prosperidade das pessoas más, egoístas, violentas, opressoras e descrentes. A
maior parte do Salmo é admoestação (vv. 1-11 e 22-40). O restante trata das
descrições do inimigo (vv.12-15), do justo e do ímpio (vv. 16-26).
O salmista busca orientar, animar e sustentar a esperança do crente fiel
para que este se mantenha firme diante de toda provocação causada pela
prosperidade dos ímpios (vv. 10.39-40).
Diante do sucesso dos ímpios, o salmista recomenda:
• Não te exasperes, não invejes (v.1);
• Confia no Senhor e faze o bem, habita a terra e cultiva a fidelidade,
põe tuas delícias no Senhor, confia teu caminho ao Senhor e nele espera,
descansa no Senhor e espera nele, não te exasperes, acalma a ira, reprime o
furor (vv. 2-8);
• Evita o mal e faze o bem (v.27); espera no Senhor e segue o caminho
(v.34);
• Observa o homem íntegro e atento no que é reto (v. 37)
• Todas estas recomendações são justificadas pela fé na atuação de Deus.
• Ele satisfará os desejos de teu coração; fará surgir tua justiça como
a aurora e o teu juízo como o meio-dia;
• Ele realizará os desejos de teu coração e atuará (vv. 4-6);
• Os malfeitores serão exterminados e os que esperam no Senhor possuirão
a terra (v.9);
• O Senhor se ri do ímpio, porque vê chegando seu dia (v. 13);
• O Senhor firma os passos do homem... porque ele o sustenta pela mão
(v. 24);
• Ele ama o que é justo e não sustém os justos (v. 17);
• Ele conhece os dias dos íntegros (v. 18);
• O Senhor não abandona os que lhe são fiéis (v. 28);
• O Senhor não entrega o justo nas mãos dos ímpios, nem permite que o
condenem no tribunal;
• Ele te dará posse da terra (vv. 33-34);
• O Senhor socorre e livra os justos (v. 40).
A extensa lista de justificativas tem sua razão, pois, certamente, a
prosperidade crescia entre ímpios.
Em consequência disso, o salmista (bastante perturbado!) escreve esse
manual de instrução para os crentes, que poderíamos intitular: COMO ENFRENTAR A
SOBERBA DOS ÍMPIOS.
Como enfrentar a soberba dos ímpios. Diante de nós estão duas
experiências, mas um só problema: a tentadora ideia de ser financeira ou
artisticamente próspero. A difícil experiência de Jeremias e a crise de fé
vivida pela comunidade do salmista pode nos levar a estabelecer uma cartilha
orientadora para os crentes.
A Bíblia conhece a prosperidade como uma atitude sábia de enfrentar e
responder às agressões da vida com bondade, lealdade, fé, ação justa,
solidariedade (Sl. 37.6).
A ideia de prosperidade, espúria à Bíblia, é a
mesma oferecida a Jesus por satanás (Mt. 4.1-11; cf. Mc. 1.12-13; Lc.
4.1-13). É uma prosperidade relacionada a dinheiro, lucro, êxito na vida e
sucesso nos empreendimentos pessoais. Na denúncia de Jeremias (12.1-6), os
prósperos são inimigos do servo de Deus, cometem perversidade contra as
pessoas, contra a natureza, promovem a descrença. No caso do salmista, o perfil
dos homens prósperos é mais amplo, e a repercussão de seus atos é,
aparentemente, maior. O gesto dessa gente má provoca sentimentos de indignação
e inveja (v.1), irritação (v.7), ira, furor e impaciência (v. 8), entre outras
reações. Por todas essas razões, a Bíblia distingue dois tipos de prosperidade.
A forma de prosperidade, denunciada por Jeremias e pelo salmista,
é extremamente perigosa para a estabilidade e o bem-estar da vida humana.
É uma prosperidade que gera pobreza, desnível social, descrença, sacrifício dos
mais fracos, falta de sensibilidade para com a natureza, soberba de uns e
humilhação de outros, complexos de inferioridade, medo. Tudo isso ocorre porque
o valor maior é o dinheiro, a promoção pessoal, o êxito empresarial. Quando a
dignidade humana estiver sujeita ao dinheiro, o mundo ficará perigoso para se
viver. É por essa razão que o salmista grita: “socorro, Senhor!” (Sl. 12.1) e o
profeta Jeremias se impacienta:
“Até quando”? (Jr. 12.4). O sistema de vida que
a teoria da prosperidade defende está cheio de competições: patrão/empregado;
nação rica/nação pobre. Quem é mais forte explora ou elimina o mais fraco.
O texto de Jeremias e o de Salmos ensinam o crente como enfrentar o
sistema de vida dos prósperos.
Ambos sugerem formas para confrontar esse inimigo. O salmista é mais
objetivo e sugere formas de enfrentar essa praga que está apagando da memória
do povo o conhecimento de Deus. O texto de Jeremias (12.1-6) reflete toda a
perplexidade do crente diante do crescimento de prosperidade e poder dos
ímpios. Enquanto isso, o Salmo 37 tenta instruir os crentes fiéis para
enfrentar o problema. Quando a Bíblia fala da justiça divina, ela não quer
dizer que Deus castiga os pecadores e premia os justos. Se isso ocorresse, os
templos estariam abarrotados de pessoas. Acontece que o ensino bíblico acerca
da justiça divina não é utilitarista. O princípio, é dando que se recebe, não
retrata bem o ensino da justificação.
A solução do problema em torno da prosperidade dos ímpios e do
sofrimento dos justos não é imediata, isto é, a transferência direta dos bens
dos ímpios para os crentes. A Bíblia ensina que a superação desse problema não
tem data marcada, mas está na fidelidade do justo (cf. Hab. 2.4). Tanto
Jeremias como o salmista não orientam os perplexos crentes a fugirem para longe
dos ímpios, mas a se manterem firmes na fé. Por isso o grande apelo do
salmista é: confiar em Deus (vv. 3,5,7,34)
e esperar que um dia a justiça divina possa restabelecer a paz na terra.
IV – Orientações
1. O estudo sobre o tema da prosperidade deve levar em consideração
todos os textos bíblicos e não apenas alguns em particular, como os teólogos da
prosperidade costumam fazer para sustentar suas ideias;
2. O estudo deve levar em conta o contexto no qual surge o tema da
prosperidade e, portanto, seguir rigorosamente os princípios de interpretação
bíblica;
3. O conceito bíblico de prosperidade contrapõe como vimos
anteriormente, o conceito difundido hoje em dia nos meios evangélicos. Na
abordagem do tema é necessário que esta diferenciação seja considerada.
4. Deve ficar sempre claro que Deus é o autor da vida, consequentemente,
Ele é o responsável pelo sucesso, pelo êxito ou prosperidade do Seu povo;
5. Vivemos numa sociedade que busca a prosperidade a qualquer custo,
renunciando a solidariedade, a justiça, o bem-estar dos outros, atitudes estas
compatíveis à cidadania do Reino de Deus.
Conclusão
A prosperidade é uma verdade bíblica (Gn 39.23; Js 1.8; 2 Cr 20.20;
26.5; Sl 1.1-3; 122.6; 2 Co 9.10-11 ss), mas a Teologia da Prosperidade (ou da
Vitória Financeira) é uma heresia perniciosa e oportunista. Com sua ênfase
demasiada nas riquezas, suas exegeses deturpadas, seus métodos de levantamento
de fundos agressivos e seus falsos profetas, a Teologia da Prosperidade não
passa de uma corrupção doutrinária absurda, que deve ser veementemente
combatida e repudiada no meio cristão.
A Teologia da Prosperidade ou da Ganância tem causado estragos ao
movimento evangélico brasileiro. Isso porque muitos se fizeram pastores, outros
por acharem pouco, se dizem bispos e apóstolos com o objetivo de extorquir os
incautos. O culto às personalidades se tornou uma prática recorrente, as mesmas
caras estão sempre na televisão, fazendo apelos, determinando e prometendo
saúde e prosperidade. Eles negam a mensagem da cruz de Cristo, e, com ela, a
possibilidade do cristão sofrer. A generalização da mídia acaba causando
deturpações, pois as pessoas pensam que todos os evangélicos são iguais. Oramos
ao Soberano Deus para que, através das próximas lições, possamos assumir uma
posição apologética contra essa famigerada teologia, que nada tem de bíblica e
que se opõe ao genuíno evangelho de Jesus de Cristo.
Fonte: www.metodista.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário