Dízimos e ofertas
TEXTO ÁUREO
“Cada um
contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade*;
porque Deus ama** ao que dá com alegria***”
(2 Co
9.7).
(*) ananké; constrangimento,
aflição, necessidade. Refere-se a algo que surge da influencia de outras
pessoas, constrangimento, coação.
(**) agapaõ; talvez de agan,
muito; amar num sentido social ou moral. É considerar com forte afeição, com
favor, boa vontade, benevolência.
(***) hilarios; disposto, de boa
natureza, alegremente pronto. A palavra descreve um espírito de alegria no ato
de dar que afasta todo comedimento.
- Nossas ofertas podem e devem ser
feitas com alegria.
VERDADE PRÁTICA
A chave da verdadeira prosperidade está em ser fiel
a Deus em tudo, inclusive, na prática dos dízimos e das ofertas.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Malaquias 3.10,11; 2 Coríntios 9.6-8.
OBJETIVOS
· Analisar a questão do
dízimo e das ofertas dentro de uma perspectiva bíblica;
· Conscientizar-se de que a
prática do dízimo e das ofertas é uma forma de adoração ao Senhor; e
· Explicar os dízimos e
as ofertas como fontes de bênçãos.
Palavra-Chave
Dízimo: Décima parte de
tudo aquilo que é devolvido ao Senhor, quer em dinheiro, quer em produtos e
bens.
I. Introdução
A Teologia da Prosperidade tem
distorcido as práticas bíblicas de o crente ofertar e dizimar para a Obra do
Senhor. Nesta aula, porém, temos a oportunidade de verificar a luz das
Escrituras Sagradas que a entrega dos dízimos e das ofertas é uma atitude de
amor e gratidão a Deus. Não devemos fazer com tristeza ou por constrangimento,
mas com alegria, pois tudo que possuímos não é nosso; foi o Pai Celeste que as
confiou aos nossos cuidados. Tudo que temos pertence ao Senhor. Tudo vem dEle -
nosso trabalho, saúde, família. Temos de contribuir impulsionados pelo amor
abnegado e desinteresseiro. Deus não está preocupado com a quantia que
entregamos, mas com o nível de desprendimento, sacrifício e fé. Que sejamos
mordomos fiéis do Senhor, sabendo que Ele é fiel para suprir todas as nossas
necessidades.
II.
Desenvolvimento
I. DÍZIMOS E
OFERTAS NA BÍBLIA
1. O Antigo Testamento. O termo hebraico
aqui é ma’a sar (Strong 4643), significando ‘um décimo”; “um
dízimo”; “décima parte” dízimo”. No contexto bíblico, o vocábulo hebraico re’sith,
refere-se àquilo que é “o primeiro”, indica o mais elevado de alguma
coisa, o melhor, o mais excelente, tal como as
melhores partes das ofertas (1Sm 2.29). Por definição, Dízimo é a Décima
parte; Ordenado pelo Senhor (Lv 27.30-32; Ml 3.10), com o propósito de
sustentar os levitas (Nm 18.21) e sacerdotes (Nm 18.28), para ajudar nas
refeições sagradas (Dt 14.22-27), e para socorrer os pobres, os órfãos e as
viúvas (Dt 14.28,29). Encerra a lição de que Deus é o dono de tudo (Êx 19.5; Sl
24.1; Ag 2.8). Quando Israel deixou de entregar o Dízimo, isso foi uma
demonstração de sua desobediência (Ml 3.8-10); de igual modo, ao retornarem com
a praticar de apresentar os Dízimos, isso foi um sinal de reforma, como
aconteceu nos dias de Ezequias (2Cr 31.55,6,12) e Neemias (Ne 10.37; 12.44).
Além do dízimo, Deus fez registrar a propriedade das ofertas alçadas, ou seja,
de contribuições esporádicas que fluíam dos corações de servos movidos pelo
desejo de ir além, de sua contribuição dizimal, quer por mera gratidão, quer
por uma causa específica, colocada por Deus perante eles, quer por uma
necessidade extrema de auxílio, de caráter social (Êx 25-36). Esta perícope
apresenta a construção do tabernáculo. A questão é: “Porque Deus não utilizou
os dízimos de seu povo para esta necessidade”? A razão é que os dízimos
deveriam ser aplicados ao sustento dos levitas, dos líderes religiosos, e
serviriam à manutenção dos atos de adoração, não poderiam fazer face à
necessidade específica, esporádica e extranormal que agora era colocada por
Deus perante seu povo. Deus os chamou, consequentemente, a contribuir com
ofertas alçadas, extras (Êx 25.2). O vocábulo no original hebraico é t’rûmáh (Strong
8641), um presente oferecido em sacrifício ou como tributo; a ideia básica é de
algo sendo levantado (alçado) e apresentado ao Senhor como uma dádiva especial,
de forma voluntária. O fato que deve ficar patente é que as práticas do dízimo
ou das ofertas não são instituídas a partir da lei mosaica, Moisés apenas
sistematizou tais práticas (Gn 4.4; 14.20; 28.22; Nm 18.20-32). “[...] O dízimo
pode ter começado no Antigo Testamento, mas seu espírito, verdade e prática,
continuam válidos” (HAYFORD J. A Chave de Tudo. 1.ed., RJ: CPAD,
1994, pp.93-4).
2. O Novo Testamento. O dízimo é uma
determinação procedente de Deus, que precedeu a lei cerimonial e judicial da
nação de Israel (incorporando-se posteriormente a essas), sendo portanto válido
para todas as épocas e situações. Como forma de subsidiar o comentário da
lição, gostaria apenas de reforçar dois princípios neotestamentários sobre o
dízimo que devem regular a nossa contribuição sistemática: (1) o Novo
Testamento ensina que nossa contribuição deve ser planejada: “Cada um contribua
segundo propôs no seu coração; não com tristeza ou por necessidade; porque
Deus ama ao que dá com alegria” (2 Co 9.7). Nossa contribuição deve ser
alvo de prévia meditação e entendimento nos indica, com muito mais força, que
ele deve ser uma contribuição planejada, não aleatória, não dependente da
emoção do momento. A melhor forma de planejar essa contribuição é a
estabelecida nas Escrituras - dízimo, o reconhecimento de que tudo o que temos
provêm e pertence a Deus. (2) Deus espera que a nossa contribuição seja
proporcional aos nossos ganhos (1Co 16.2-3). Paulo está sistematizando a
contribuição, orientando àquela igreja para que ela realizasse a coleta aos
domingos (no primeiro dia da semana), que é quando os crentes primitivos se
reuniam. Paulo enfatiza que temos que contribuir conforme Deus tem permitido
que prosperassem. Temos ouvido muitas cousas impróprias acerca do Dízimo, muita
argumentação falha que procura utilizar prescrições da lei cerimonial (cumprida
em Cristo) ou da lei judicial de Israel (de caráter temporal, para aquela
nação). Entretanto, temos, igualmente, muitos princípios válidos e exemplos
sobre o dízimo, tanto no Velho como no Novo Testamento. Não é caso acusarmos o
‘não dizimista’ de ‘ladrão’ com base em Ml 3.8, haja vista esse texto fazer
referência ao Templo-Estado. O Pr Caio Fabio escreve em seu
livro "Sem Barganhas com Deus": "O texto de
Malaquias 3, sobre os dízimos, é o favorito da “igreja” nas questões de
contribuições financeiras. O que não percebemos é que o N.T. não se utiliza
dele como Lei da Graça quando se trata de
dinheiro. O texto de Malaquias fala do Templo-Estado. A Igreja não é assim. Mas
ao escolhermos, seletivamente, Malaquias como o Santo das Contribuições,
sem o sabermos, estamos dizendo quatro coisas: 1) Nosso desejo de que a Igreja
esteja para a sociedade assim como o Templo-Estado estava para a população de
Israel; 2) Nossa seletividade arbitrária quanto a determinar o que, da Lei,
nos é conveniente; 3) Nossa incapacidade de ver que Malaquias 3 tem sua
atualização na Graça em II Co 8 e 9; 4) Nossa ênfase na ideia
de que aquele que não contribui é ladrão, põe aqueles que “cobram” no papel de
sacerdotes-fiscais dos negócios de Deus na Terra. Em Atos 5: 1-11, diz-se que
dá quem deseja. Dar sem desejar ou dar mentindo gera morte, não vida. Ananias e
Safira foram disciplinados pela Liberdade que nasce da verdade e não a fim de
gerar medo legalista na Igreja. Eles morreram por terem traído a Graça de
dar ou não dar, ser ou não. Eram livres para não dar, não para mentir ao
Espírito Santo! Dar não os tornaria maiores. Não dar não os tornaria menores. Mentir
a Deus os destruiria! [...] E mais, dízimos financeiros são
despudoradamente “cobrados” como parte da continuidade da Graça sobre
o homem-devedor, sendo que o mediador humano da benção é
sempre o representante de Deus, daí sentirem-se donos do dinheiro — afinal,
Deus só recebe sacrifícios que se convertam no milagre de fazer muito dinheiro
encher os seus bolsos, seja pessoalmente, seja institucionalmente, seja
empresarialmente!" (Caio Fabio, Sem Barganhas com Deus, p. 40,41). Nas
epístolas, Paulo faz referência ao dízimo levítico para extrair dele o
princípio de que o obreiro é digno do seu salário (1 Co 9.9-14; Lv 6.16,26; Dt
18.1). Se o apóstolo não reconhecesse a legitimidade da prática do dízimo,
jamais teria usado esses textos do Antigo Testamento. Há uma concordância geral
entre os eruditos de que o Novo Testamento nos ensina a dar substancialmente ao
Senhor. Há também concordância de que ele é um Deus que se deleita em responder
com graciosa provisão, especialmente para suprir necessidades especiais (Mt
6.25-34).
SINOPSE DO TÓPICO (I)
A prática do dízimo
não está restrita ao Antigo Testamento. Ela também é incentivada pelos
apóstolos em o Novo Testamento.
II. A PRÁTICA DO
DÍZIMO E DAS OFERTAS COMO FORMA DE ADORAÇÃO
1. Reconhecimento da soberania e da
bondade de Deus. Um dos princípios básicos da prática do dízimo é o
reconhecimento de que Deus é soberano sobre todas as coisas. Tudo vem dEle e é
para Ele (Ag 2.8; Cl 1.17). As promessas de Deus, tema das lições bíblicas do
quarto trimestre de 2007, comentada pelo Pr. Geremias do Couto apresenta o
estudo das promessas de Deus, ensejando a grande necessidade de melhor
conhecermos a forma como são apresentadas na Bíblia e de que maneira interagem
conosco, na condição de crentes fiéis a Deus. Deus prometeu segurança ao povo
de Israel (Dt 28.7), mas isto não descartava a possibilidade de a nação eleita
passar por situações conflituosas. Não é o que estamos acostumados a ouvir em
nossos púlpitos, o que se vê são as famosas frases de efeito do tipo: “Deus
tem promessas para você”, “determine e receba o que Deus prometeu para a
sua vida” ou “a promessa é sua, receba em nome de Jesus!”, sem que
as pessoas muitas vezes conheçam realmente, à luz da Bíblia, o que as promessas
realmente representam. Na ideia da ‘Formula da Fé’, estas frases são como
“amuletos” que os crentes lançam mão, à hora que bem entenderem, a fim de
suprir suas necessidades imediatas. Deus não está sujeito a nenhum outro
domínio, sendo este um de seus atributos exclusivos. Assim, ele age
soberanamente à luz do plano que traçou para o homem. Quanto aos propósitos,
nada do que Deus faz tem a finalidade de produzir sensacionalismo ou fazer por
fazer, mas cumpre objetivos coerentes com os seus desígnios soberanos. Em
outras palavras, as promessas de Deus, quando aplicadas à nossa vida, só fazem
sentido se tiver em conta a soberania de Deus e o seu propósito em cada ato. Aliás,
muitas são as adversidades daqueles que desejam viver piamente em Cristo (2Tm
3.12). Mas há promessas de proteção e segurança para o crente. É só confiar!
Nós somos a propriedade particular de Deus (1Pe 2.9). Quando o crente devolve a
Deus o seu dízimo, demonstra que reconhece o Senhor como a fonte de todas as
coisas. À saudação de Melquisedeque: “Bendito seja o Deus Altíssimo!”,
respondeu Abraão dando-lhe o dízimo (Gn 14.20). O princípio da devolução do
dízimo demonstra que somos dependentes de Deus. É lamentável que alguns crentes
ignorem esse fato e ajam como se as suas conquistas materiais fossem apenas
mérito de seus esforços (Jz 7.2). Deus nos concede todas as bênçãos espirituais
de que necessitamos (Ef 1.3; Fp 4.19; Tg 1.17) bem como as bênçãos materiais.
Deus abençoa a todos sem distinção de raça, cor, credo, condição financeira,
condição física ou educação. (Lc 9.23). “Porque sei que são muitas as vossas
transgressões e enormes os vossos pecados; afligis o justo, tomais resgate e
rejeitais os necessitados na porta. Portanto, o que for prudente guardará
silêncio naquele tempo, porque o tempo será mau. Buscai o bem e não o mal, para
que vivais; e assim o Senhor, o DEUS dos Exércitos, estará convosco, como
dizeis.” (Am 5.12-14).
2. Reconhecimento do valor do
próximo. Os Dízimos do terceiro ano são mencionados em Dt 14.28,29 e outra vez no
capítulo 26.12-15; os detalhes precisos não são claros. Visto ser um presente
especial para os Levitas e os pobres e visto que as cidades levíticas estavam
espalhadas por todo o território de Israel (Js 21), não seria prático conduzir
todos os dízimos, de uma vez só, ao lugar central de adoração. Deste modo,
estas oferendas dos dízimos deviam ser oferecidas para serem armazenadas nas
cidades de Israel e usadas para a provisão dos necessitados. [1]
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[1] Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999; Nota Textual de Dt 14.28; p. 218.
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[1] Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999; Nota Textual de Dt 14.28; p. 218.
SINOPSE DO TÓPICO (II)
Um dos princípios
básicos da prática do dízimo, tanto no Antigo Testamento como em o Novo, é
o reconhecimento de que Deus é soberano sobre todas as coisas.
III. DÍZIMOS E
OFERTAS COMO FONTES DE BÊNÇÃOS
1. A bênção da multiplicação. Tanto o Antigo como
o Novo Testamento demonstra que Deus pode atender às nossas necessidades, quer
sejam financeiras, quer sejam espirituais, ou outras quaisquer, bem como
aumentar nossas posses para atender às diversas necessidades dos outros. No
dizer de Paulo em 2Co 9.8-10, dê o que você tiver em mãos para dar. Ele
enfatiza que: (a) é Deus que faz com que toda graça abunde em nossa direção e
nos fornece capacidade em todas as coisas. Todas as coisas benéficas para a
nossa vida, vêm das mãos de Deus; (b) Nós recebemos capacidade – até mesmo
generosidade para podermos fazer boas obras. Somos abençoados a fim de sermos
uma bênção para os outros (Gn 12.2). O termo ‘capacidade’ significa ‘autossatisfação’,
‘contentamento’ ou ‘competência’.; (c) O Deus que nos deu semente em primeiro
lugar, é aquele que atende às nossas necessidades básicas, multiplica nossas
sementes semeadas em abundância, de modo que possamos compartilhá-la com os
outros. Quando o crente é liberal em contribuir para o Reino de Deus, uma
decorrência natural do seu gesto é a bênção da multiplicação dada pelo Senhor
(2 Co 9.6-10). [2]
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[2] Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001
Dinâmica do Reino – Fé como Semente; 2Co 9.8-10; p. 1207.
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[2] Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001
Dinâmica do Reino – Fé como Semente; 2Co 9.8-10; p. 1207.
2. A bênção da restituição. A Bíblia revela que o Senhor é um
Deus de restituição (Jl 2.25). O profeta Joel profetiza uma era na qual tanto
as necessidades físicas como espirituais, serão satisfeitas. Israel sofria
constantemente com a invasão do exército ‘d’Aquele que é do Norte, uma alusão
às locustas. Uma maneira de deter esses exames é através de um vento que as
leva para dentro de grandes porções de água (o mar oriental, Mar Morto, e o mar
ocidental, o Mediterrâneo). O seu mau cheiro, a podridão das locustas mortas
jogadas nas praias pelas ondas, enchem o ar com um terrível mau cheiro [3]. É importante
salientar que não há um consenso na Igreja contemporânea quanto à
aplicabilidade dos princípios do Novo Testamento quanto ao dízimo, de fazer
prova de Deus na área das finanças quanto à repreensão de Deus às cousas que
devoram as finanças ou à provisão financeira de Deus àqueles que dão fielmente.
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[3] Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001
Nota Textual de Joel 2.20; pp. 866 e 867.
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[3] Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001
Nota Textual de Joel 2.20; pp. 866 e 867.
3. A bênção da provisão. Na Antiga Aliança,
o Senhor prometeu “derramar bênçãos sem medida” sobre o seu povo (Ml 3.10). Na
Nova Aliança, Ele deseja que o crente tenha “toda suficiência” (2 Co 9.8). A
prosperidade bíblica é viver na suficiência de Cristo (2 Co 3.5; 9.8). Na
Graça, aprendemos que a oferta voluntária é um ato desejável por Deus,
comparada a um aroma suave, a um perfume não agressivo, mas suave. Nesse
sentido, é um privilégio poder contribuir, poder fazer algo que é desejável por
Deus. Quando o assunto é provisão, Deus deixa claro que não retém sua mão. Em
Fp 4.19 Paulo enfatiza o fato de que Suas “riquezas” englobam toda a criação,
ou seja, não há nada de que precisamos que Deus não possa suprir. Uma das
regras básicas da interpretação da Bíblia é a análise do texto de acordo com o
seu contexto. Por conseguinte, quando alguém, para fantasiar uma existência
saudável, rica e isenta de problemas, fundamenta-se, por exemplo, em Filipenses
4.13, está perversamente torcendo a Palavra de Deus. Além do mais, o próprio
Cristo advertiu-nos: “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no
mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33). Antes
de tudo, Paulo declara sua total dependência de Cristo em todas as
circunstâncias: “Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a
maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter
fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade” (Fp 4.12). Nesse
versículo, o apóstolo deixa bem claro que, embora já houvesse experimentado
escassez e abundância, jamais deixou de confiar em Deus. Sejam quais
fossem as circunstâncias, o Senhor Jesus era a sua contínua suficiência. É por
isso que, nEle, o apóstolo podia todas as coisas. Se alguém, portanto, quiser
justificar a Teologia da Prosperidade com base na vida de Paulo, perde o seu
tempo. Ele não ficou rico no seu exercício ministerial. Pelo contrário. Ele
iniciou o seu ministério fazendo tendas (At 18.3) e terminou a sua carreira em
uma prisão em Roma (Fp 1.3; At 28.30). No final de seus dias, precisou que
Timóteo lhe enviasse uma capa, para se aquecer no cárcere (2 Tm 4.13). O que
disso concluímos? O contentamento do apóstolo não dependia da abundância ou da
escassez de bens materiais, mas da suficiência em Cristo.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
Quando honrarmos o
Senhor com nossos dízimos e ofertas, Ele derramará sobre nós sua provisão.
III.
Conclusão
Vimos, pois, que a prática dos
dízimos e das ofertas é uma determinação procedente de Deus, que precedeu a lei
cerimonial e judicial da nação de Israel (incorporando-se posteriormente a
essas), sendo portanto válido para todas as épocas e situações. Evidentemente
que fica para nós o princípio de que somos abençoados não porque contribuímos,
mas contribuímos porque já somos abençoados. Os fariseus, um grupo judaico
radical que buscava cumprir todos os preceitos legais da Lei sem atender às
exigências espirituais, observavam a prática do dízimo, numa suposição de que a
obediência a um ‘ritual’ liberava-os da realidade maior: a obediência às
responsabilidades do amor. O crente não pode estar aliciado a esse pensamento,
mas o ensino neotestamentário é que deve nortear as práticas do dízimo e das
ofertas “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não
com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria” (2
Co 9.7). Nossa ênfase na ideia de que aquele que não é dizimista ou
não contribui é ‘ladrão’, põe aqueles que ‘cobram’ no papel
de sacerdotes-fiscais dos negócios de Deus na Terra. Em Atos 5: 1-11, diz-se
que dá quem deseja. Dar sem desejar ou dar mentindo gera morte, não vida. Deus
reconhece a voluntariedade do crente em contribuir para o seu Reino e, por
graça e misericórdia, derrama sobre nós as suas muitas e ricas bênçãos.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
TEXTOS UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, A verdadeira prosperidade — A vida cristã abundante; Comentarista: José Gonçalves; CPAD;
CITAÇÕES:
-. [1] Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999; Nota Textual de Dt 14.28; p. 218;
-. [2] Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001; Dinâmica do Reino – Fé como Semente; 2Co 9.8-10; p. 1207;
-. [3] Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001; Nota Textual de Joel 2.20; pp. 866 e 867.
-. Lições Bíblicas do 1º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, A verdadeira prosperidade — A vida cristã abundante; Comentarista: José Gonçalves; CPAD;
CITAÇÕES:
-. [1] Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999; Nota Textual de Dt 14.28; p. 218;
-. [2] Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001; Dinâmica do Reino – Fé como Semente; 2Co 9.8-10; p. 1207;
-. [3] Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001; Nota Textual de Joel 2.20; pp. 866 e 867.
OBRAS CONSULTADAS:
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Pentecostal, 1995 por Life Publishers, Deerfield, Flórida-EUA;;
-. Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. HAYFORD J.A Chave de Tudo. 1.ed., RJ: CPAD, 1994, pp.93-4;
-. CABRAL, E. Mordomia Cristã: Aprenda como Servir Melhor a Deus. 1.ed., RJ: CPAD, 2003, p.138;
-. RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2007;
-. ZUCK, R. B. Teologia do Antigo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2009;
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Pentecostal, 1995 por Life Publishers, Deerfield, Flórida-EUA;;
-. Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. HAYFORD J.A Chave de Tudo. 1.ed., RJ: CPAD, 1994, pp.93-4;
-. CABRAL, E. Mordomia Cristã: Aprenda como Servir Melhor a Deus. 1.ed., RJ: CPAD, 2003, p.138;
-. RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2007;
-. ZUCK, R. B. Teologia do Antigo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2009;
Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/, na versão
Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.
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