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terça-feira, 26 de junho de 2012

1ª Lição de 01 de Julho de 2.012


No mundo tereis aflições

TEXTO ÁUREO

Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33).

Mesmo em meio à perseguição há uma paz alegre na certeza da vitória em Cristo (Is 9.6; Rm5.1; Ef 2.14; 2Tm 3.12; Rm 8.37; 1Jo 4.4).

VERDADE PRÁTICA

Mesmo sofrendo as consequências da queda, sabemos que Deus está no controle de todas as coisas.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

João 16.20,21,25-33.

OBJETIVOS

·       Descrever as aflições do tempo presente;
·       Responder “por que o crente sofre?”; e
·       Conscientizar-se de que podemos crescer e desfrutar da paz do Senhor no sofrimento.

PALAVRA CHAVE

Mundo: [gr. kosmos, ordem, beleza; do lat. mundus, puro] É a terra e o conjunto de todas as coisas criadas por Deus. Frequentemente é usado para querer dizer a soma de experiência humana na história, ou a 'condição humana' em geral. Especialmente num contexto metafísico, também pode referir a tudo que compõe a realidade.

INTRODUÇÃO

Prezados amigos do Blog Auxílio ao Mestre, pela imensa graça do Soberano Deus, damos início ao terceiro trimestre de 2012 com o tema “Vencendo as aflições da vida — Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas”, escrito pelo Pr. Eliezer de Lira e Silva, membro do ministério da IEAD em Curitiba, Comentarista das revistas de Escola Dominical - Lições Bíblicas da CPAD, Bacharel em Teologia, fundador e diretor do Projeto Missionário “Ide e Ensinai” em Moçambique, conferencista na área de liderança ministerial e com casais.

Não são poucas as afirmações equivocadas de que “o crente não sofre neste mundo”. Porém, o Pr Eliezer discorre na presente lição exatamente o contrário daquilo que estão alardeando em nossos púlpitos. A vida que Jesus prometeu aos crentes não é uma vida somente de prazeres, mas Ele avisou que teríamos tribulações (Jo 16.33). A Bíblia mostra que, ao contrário daquilo que muitos andam pregando, exatamente por sermos crentes, enfrentaremos aflições (2Tm 3.12; Mt 10.22; Jo 15.20; At 14.22). Estamos sujeitos aos acontecimentos de ordem natural, econômica e física no mundo que habitamos, os quais não se abatem apenas sobre os ímpios, mas também se sobrepõem aos crentes fiéis.

I.              AS AFLIÇÕES DO TEMPO PRESENTE

1. De ordem natural. Presenciamos uma desordem nunca antes vista na natureza. Apesar dos falsos alarmes, não podemos ignorar a devastação provocada pela ação irresponsável do homem. As dores de parto estão se amiudando, ficando mais intensas, mais fortes, mais preocupantes. A Bíblia diz que a criação geme e está com “dores de parto” pelo que o ser humano tem-lhe feito (Rm 8.22). A violência explode em todo o mundo. Violência no trânsito; violência sexual; violência contra a vida; contra a mulher; contra crianças. Milhões de homens, mulheres e crianças obrigados a um exílio forçado pelas circunstâncias, em várias partes do mundo. Tribos em guerra fratricida. Milhares fugindo de ditaduras, de perseguições. Fugindo dos próprios compatriotas, da terra natal, de suas origens. Fugindo sem destino certo, sem rumo. Nas maiores cidades do Brasil as autoridades se declaram incompetentes diante das atrocidades de gangues. São problemas de ordem natural que sobre caem não apenas aos infiéis.

2. De ordem econômica. Outra aflição que se abate sobre o mundo é a de ordem financeira. A crise econômica internacional empobrece países, nações e famílias. Quantos não deram cabo da própria vida porque, da noite para o dia, descobriram que perderam todos os bens? Em nosso país, milhões de pessoas sobrevivem com menos de um salário mínimo. A pobreza, a fome e a miséria continuam a flagelar vidas ao redor do mundo, inclusive as dos servos de Deus (Mc 12.41-44). As Escrituras apresentam como sendo a nossa porção nesta vida: "Tenho-vos dito estas coisas, para que em mim tenhais paz. No mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo" (Jo 16.33); "Por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus" (At 14.22); "Para que ninguém seja abalado por estas tribulações; porque vós mesmos sabeis que para isto fomos destinados" (1Ts 3.3). As nossas aflições são determinadas por Deus, com o objetivo de produzirem frutos para o nosso bem e para a Sua glória.

3. De ordem física. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, doenças como câncer, hepatite, hipertensão arterial, depressão e obesidade são consideradas as pragas do século XXI. Essa informação traz-nos algumas indagações: Será que o crente fiel não é vítima de câncer? Ou não desenvolve a depressão e não sofre de hipertensão arterial? Não precisamos de muito esforço para reconhecer que as enfermidades também atingem os salvos e é consequência da queda (Rm 6.23). Mesmo cientes de que as doenças acometem igualmente o servo de Deus, é impossível ignorar que há enfermidades de natureza espiritual e oriundas de práticas pecaminosas (Mt 9.32,33; Jo 5.14,15). Como uma decorrência da queda de Adão e Eva. Embora a Bíblia não discuta claramente a origem do mal, Ela declara a estreita relação entre a queda da humanidade e o advento do sofrimento. Pelo pecado entrou a morte e o sofrimento no mundo (Gn 3.16-19; Rm 5.12). Entretanto, todo sofrimento não nos é causado por estarmos em pecado (Sl 34.19; Pv 11.31; Sl 73.13-15; 44.17-18,20-22), mas por permissão divina, para cumprir Seus propósitos


SINOPSE DO TÓPICO (I)

As aflições do tempo presente são representadas pelas crises de ordem natural, econômica e física. Malefícios que acometem igualmente o servo de Deus.

II. POR QUE O CRENTE SOFRE

1. A queda. O sofrimento é algo comum a todos os homens, sejam ímpios sejam justos. Uma razão para a existência do mal é a queda humana. Deus fez um mundo perfeito (Gn 1.31), mas a transgressão de Adão trouxe a tristeza, a dor e a morte (Gn 3.16-19; Rm 5.12). Por isso, todos estão igualmente sujeitos ao sofrimento (Rm 2.12; 8.22). O crente experimenta sofrimento como uma decorrência da queda de Adão e Eva. Quando o pecado entrou no mundo, entrou também a dor, a tristeza, o conflito e, finalmente, a morte sobre o ser humano (Gn 3.16-19). A Bíblia afirma o seguinte: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm 5.12). Realmente, a totalidade da criação geme sob os efeitos do pecado, e anseia por um novo céu e nova terra (Rm 8.20-23; 2Pe 3.10-13). É nosso dever sempre recorrermos à graça, fortaleza e consolo divinos (cf. 1Co 10.13).

2. A degeneração humana. Com a queda no Éden, o homem sofreu um processo de degeneração moral, social e espiritual. Tal degradação, observada na vida de Caim (Gn 4.8-16), Lameque (Gn 4.23,24) e de toda aquela geração, levou Deus a destruir o mundo pelo dilúvio (Gn 6.1-7.24). O relato bíblico mostra claramente a corrupção humana e o aparecimento do ódio, da violência, das guerras e de todos os atos que contrariam a vontade divina. Não é exatamente essa a situação da sociedade atual? A humanidade acha-se em franca rebelião contra Deus (Rm 3.23). Certos crentes sofrem pela mesma razão que os descrentes sofrem, isto é, consequência de seus próprios atos. A lei bíblica “Tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7) aplica-se a todos de modo geral. Se guiarmos com imprudência o nosso automóvel, poderemos sofrer graves danos. Se não formos comedidos em nossos hábitos alimentares, certamente vamos ter graves problemas de saúde. É nosso dever sempre proceder com sabedoria e de acordo com a Palavra de Deus e evitar tudo o que nos privaria do cuidado providente de Deus.

3. O novo nascimento e o sofrimento. A experiência pessoal e genuína do novo nascimento gera no crente uma natureza oposta a da queda (1 Jo 5.1,19). Entretanto, apesar de ter nascido de novo, o crente em Jesus não deixa de experimentar o sofrimento, pois, como disse Agostinho de Hipona: “A permanência da concupiscência em nós é uma maneira de provarmos a Deus o nosso amor a Ele, lutando contra o pecado por amor ao Senhor; é, sobretudo, no rompimento radical com o pecado que damos a Deus a prova real do nosso amor”. Assim, experimentamos o sofrimento porque habitamos um corpo que ainda não foi transformado, mas que espera a sua plena glorificação (1 Co 15.35-58). O crente também sofre, pelo menos no seu espírito, por habitar num mundo pecaminoso e corrompido. Por toda parte ao nosso redor estão os efeitos do pecado. Sentimos aflição e angústia ao vermos o domínio da iniquidade sobre tantas vidas (Ez 9.4; At 17.16; 2Pe 2.8). É nosso dever orar a Deus para que Ele suplante vitoriosamente o poder do pecado.

SINOPSE DO TÓPICO (II)

A Queda e a degeneração humana são as chaves para se compreender a realidade do sofrimento.

III. O CRESCIMENTO E A PAZ NAS AFLIÇÕES

1. A soberania divina na vida do crente. A soberania divina na existência do crente garante-lhe que os olhos de Deus sondem-lhe a vida por inteiro. Somos em suas mãos o que o vaso é nas mãos do oleiro (Jr 18.4). Por isso, você pode falar como o salmista: “Eu me alegrarei e regozijarei na tua benignidade, pois consideraste a minha aflição; conheceste a minha alma nas angústias” (Sl 31.7). Querido irmão, querida irmã, não se desespere! O Senhor, Criador dos céus e da terra, cuida inteiramente de você e dos seus, porque “a terra é do Senhor e toda a sua plenitude” (1 Co 10.26). Deus pode usar o sofrimento como catalizador para o nosso crescimento ou melhoramento espiritual. 

(a) Frequentemente, Ele emprega o sofrimento a fim de chamar a si o seu povo desgarrado, para arrependimento dos seus pecados e renovação espiritual (ver o livro de Juízes). É nosso dever confessar nossos pecados conhecidos e examinar nossa vida para ver se há alguma coisa que desagrada o Espírito Santo. 

(b) Deus, às vezes, usa o sofrimento para testar a nossa fé, para ver se permanecemos fiéis a Ele. A Bíblia diz que as provações que enfrentamos são “a prova da vossa fé” (Tg 1.3; ver 1.2 nota); elas são um meio de aperfeiçoamento da nossa fé em Cristo (ver Dt 8.3 nota; 1Pe 1.7 nota). É nosso dever reconhecer que uma fé autêntica resultará em “louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo” (1Pe 1.7). 

(c) Deus emprega o sofrimento, não somente para fortalecer a nossa fé, mas também para nos ajudar no desenvolvimento do caráter cristão e da retidão. Segundo vemos nas cartas de Paulo e Tiago, Deus quer que aprendamos a ser pacientes mediante o sofrimento (Rm 5.3-5; Tg 1.3). No sofrimento, aprendemos a depender menos de nós mesmos e mais de Deus e da sua graça (ver Rm 5.3 nota; 2Co 12.9 nota). É nosso dever estar afinados com aquilo que Deus quer que aprendamos através do sofrimento. 

(d) Deus também pode permitir que sofressem dor e aflição para que possamos melhor consolar e animar outros que estão a sofrer (ver 2Co 1.4 nota). É nosso dever usar nossa experiência advinda do sofrimento para encorajar e fortalecer outros crentes.

2. Tudo coopera para o bem. A vontade de Deus para as nossas vidas é boa, perfeita e agradável (Rm 12.2). O escritor aos Hebreus reconhece que o Senhor, muitas vezes, usa a provação para corrigir-nos e fazer brotar em nossa vida o “fruto pacífico de justiça” (Hb 12.3-11). No exercício desse processo, crescemos como pessoas e servos de Deus, aprendendo na faculdade das aflições da vida. Assim, podemos dizer inequivocamente que “todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto” (Rm 8.28). Finalmente, Deus pode usar, e usa mesmo, o sofrimento dos justos para propagar o seu reino e seu plano redentor. Por exemplo: toda injustiça por que José passou nas mãos dos seus irmãos e dos egípcios faziam parte do plano de Deus “para conservar vossa sucessão na terra e para guardar-vos em vida por um grande livramento” (Gn 45.7). O principal exemplo, aqui, é o sofrimento de Cristo, “o Santo e o Justo” (At 3.14), que experimentou perseguição, agonia e morte para que o plano divino da salvação fosse plenamente cumprido. Isso não exime da iniquidade aqueles que o crucificaram (At 2.23), mas indica, sim, como Deus pode usar o sofrimento dos justos pelos pecadores, para seus próprios propósitos e sua própria glória.

3. Desfrutando a paz do Senhor. Olhar para o sofrimento e a aflição humana e, paradoxalmente, desfrutar da paz de Cristo, parece-nos loucura! Mas não o é quando entendemos que Deus age segundo o conselho da sua vontade, visando sempre o bem e o crescimento dos seus filhos. O deserto da vida não é percorrido sob a ilusão mágica da “sombra e água fresca”, mas com os pés firmes na realidade desértica do sol escaldante (Rm 5.1-5; Fp 4.7). Nesse interregno, porém, desfrutamos a bondade, a misericórdia e a proteção do Criador dos céus e da terra. Mesmo vivendo em um mundo de aflições, podemos experimentar a paz que excede todo o entendimento e cantar em alto e bom som o coro do hino 178 da Harpa Cristã: “Paz, paz/ gloriosa paz/ Paz, paz/ perfeita paz/ desde que Cristo minh'alma salvou/ tenho doce paz!”. O primeiro fato a ser lembrado é este: Deus acompanha o nosso sofrer. Satanás é o deus deste século, mas ele só pode afligir um filho de Deus pela vontade permissiva de Deus. Deus promete na sua Palavra que Ele não permitirá sermos tentados além do que podemos suportar (1Co 10.13). Temos também de Deus a promessa que Ele converterá em bem todos os sofrimentos e perseguições daqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos (ver Rm 8.28 nota). José verificou esta verdade na sua própria vida de sofrimento (cf. Gn 50.20), e o autor de Hebreus demonstra como Deus usa os tempos de apertos da nossa vida para nosso próprio crescimento e benefício (ver Hb 12.5). Além disso, Deus promete que ficará conosco na hora da dor; que andará conosco “pelo vale da sombra da morte” (Sl 23.4; cf. Is 43.2).

SINOPSE DO TÓPICO (III)

O crente em Jesus pode crescer na graça e desfrutar a paz de Deus em meio ao sofrimento. O Senhor é soberano e tudo coopera para o bem daqueles que O amam.

CONCLUSÃO

Neste mundo, estamos sujeitos às aflições e sofrimentos de qualquer espécie. A vida cristã envolve períodos difíceis e trabalhosos. No entanto, se a nossa expectativa estiver na soberania de Deus e no seu bem, desfrutaremos, mesmo que andemos em aflição, da mais perfeita e sublime paz de Cristo. Que ao longo desse trimestre, o Todo-Poderoso ilumine lhe a mente e o coração para deleitar-se em sua eterna e maravilhosa graça. Cruzando o deserto do sofrimento, devemos examinar qual é a razão desse sofrimento e ver em que sentido o sofrimento concerne a você. Creia que Deus se importa sobremaneira com você, independente da severidade das suas circunstâncias (Rm 8.36; 2Co 1.8-10; Tg 5.11; 1Pe 5.7). O sofrimento nunca deve nos levar a concluir que Deus não nos ama. Deus dará a graça necessária para suportar a aflição até chegar o livramento (1Co 10.13; 2Co 12.7-10).

Fonte: Francisco de Assis Barbosa, auxilioaomestre@bol.com.br

NOTAS BIBLIOGRAFICAS

TEXTOS UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 3º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, Vencendo as aflições da vida — Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas; Comentarista: Eliezer de Lira e Silva; CPAD;

OBRAS CONSULTADAS:
-. Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD;
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
-. Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011; 
-. COLSON, C.; PEARCEY, N. E Agora Como Viveremos? 2.ed., RJ: CPAD, 2000; 
-. RHODES, R. Por que coisas ruins acontecem se Deus é bom? 1.ed., RJ: CPAD, 2010.

Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/ , na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Semana do Evangelho de São Carlos


13ª lição de 24 de Junho de 2012


A FORMOSA JERUSALÉM

TEXTO ÁUREO

Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça” (2 Pe 3.13).

 O crente deve estar convicto de que as coisas deste mundo não é o fim da jornada. Nosso fim está muito além, na cidade preparada por Deus para os seus servos fiéis. Estamos apenas de passagem neste mundo, caminhado rumo ao nosso verdadeiro lar no céu. Contrariamente ao evangelho que se anda pregando por aí, não devemos esperar por segurança nas coisas terreais nem nos fascinar por elas; somos estrangeiros e exilados na terra, já que aqui não é a nossa pátria; o fim de nossa peregrinação será uma pátria muito melhor, a Jerusalém celestial, a cidade permanente! (Hb 12.22; 13.14).

VERDADE PRÁTICA

O melhor da Jerusalém Celeste é que estaremos para sempre com Jesus.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Apocalipse 21.9-18

OBJETIVOS

·       Compreender o que é a Jerusalém Celeste;
·       Elencar as principais características da Nova Jerusalém; e
·       Conscientizar-se de que a Nova Jerusalém será um Estado perfeito e eterno.

PALAVRA CHAVE

Nova Jerusalém: Cidade Celeste preparada por Deus para morada dos santos.

INTRODUÇÃO

Chegamos ao fim de mais um trimestre de nossa escola bíblica dominical, com um assunto vibrante e cativador. Estivemos todos os domingos reunidos, debruçados em temas instigantes que, embora ainda desconhecido de muitos, é tema de suma importância para a vida cristã, pois trata de nosso futuro, da nossa vida futura como reflexo do reino de Deus já vivenciado hoje. Chegamos hoje, sabendo que Deus tem algo muito melhor reservado para nós, a bênção final dos redimidos. Nossa esperança deve estar hoje mais firmada na vida eterna com Deus numa pátria celestial, mantendo os olhos fixos na nossa cidadania no novo céu e na nova terra. Aproveitemos bem esta aula para dirimir todas as dúvidas que ainda persistam quanto ao nosso futuro com Deus e para fortalecer a fé daqueles que ainda estão presos às coisas terreais e já não pensam mais nas moradas que Jesus nos foi preparar na casa do Pai.

I. O QUE É A JERUSALÉM CELESTE

1. Mais sublime que os céus. Para apagar todos os sinais do pecado, Deus então destruirá a terra e o universo tal qual conhecemos. O céu e a terra serão abalados e desaparecerão como fumaça; as estrelas se derreterão e os elementos serão dissolvidos (veja 2Pe 3.7,10,12; Ag 2.6; Hb 12.26-28; Is 51.6). A terra renovada será então a habitação dos homens e de Deus. A Nova Jerusalém, que agora está no céu (Gl 4.26), descerá à terra e será a sede do governo divino, onde Deus habitará eternamente com o seu povo (Lv 26.11,12; Jr 31.33; Ez 37.27; Zc 8.8). Tão sublime é a Cidade de Deus, que não temos palavras para descrevê-la. Referindo-se aos bens que nos aguardam na eternidade, declara Paulo: “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam” (1 Co 2.9).

2. A casa de meu pai. Ao consolar os discípulos, promete-lhes o Senhor Jesus: “Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar” (Jo 14.2). Céu é o termo bíblico para designar o lugar da habitação de Deus, o lugar de sua presença para onde o Cristo glorificado retornou (At 1.11). Hebreus 12.22-25 afirma que é no céu o lugar onde a igreja militante e a igreja triunfante se unem para o culto. Uma tradução mais adequada para “morada” seria “salas”, transmitindo a ideia de que existe um amplo espaço no céu para aqueles que vão a Jesus, como o Salvador.

3. A Nova Jerusalém. Desta maneira, o apóstolo Paulo descreve a cidade divina: “Mas a Jerusalém que é de cima é livre, a qual é mãe de todos nós” (Gl 4.26) – a Jerusalém verdadeira está nos céus, onde Cristo está (Hb 12.22; Ap 21.2). Temos chegado nesta Jerusalém celestial, pela fé, onde podemos entrar no Santo dos Santos e cultuar a Deus. A Nova Jerusalém é tão especial que a Palavra de Deus diz que não nos lembraremos de mais das coisas passadas (Is 65.17).

SINOPSE DO TÓPICO (I)

A Nova Jerusalém foi preparada por Deus para abrigar todos os santos.

II. AS CARACTERÍSTICAS DA NOVA JERUSALÉM

1. É um lugar real. Ela foi descrita rica e detalhadamente por João. Leia o capítulo 21 do Apocalipse. A nova Jerusalém está agora no céu e dentro em breve descerá à terra como a cidade de Deus, que Abraão e todos os fiéis esperavam, da qual Deus é o arquiteto e construtor (Fp 3.20; Hb 11.10, 13,16).

2. Arquitetura. A Nova Jerusalém foi ideada e construída pelo próprio Deus (Hb 11.10). Se o mundo natural já é belo e cheio de deslumbres, o que não diremos do sobrenatural? Você anseia pela cidade edificada por Deus? "E a cidade estava situada em quadrado; e o seu comprimento era tanto como a sua largura. E mediu a cidade com a cana até doze mil estádios; e o seu comprimento, largura e altura eram iguais" (Ap 21.16). Não há pretensão minha em ser exato neste cálculo, e nem importa tanto o seu coeficiente: cada estádio media aproximadamente 178 metros pelo sistema israelita. Multiplicando 12.000 x 178 temos 2.136 Km de comprimento, o mesmo para a sua altura e largura, temos um volume maior que o de Plutão!

3. Formato. Deus construiu a Nova Jerusalém como um cubo perfeito, segundo João no-la descreve: “E a cidade estava situada em quadrado; e o seu comprimento era tanto como a sua largura. E mediu a cidade com a cana até doze mil estádios; e o seu comprimento, largura e altura eram iguais” (Ap 21.16). O tamanho da cidade indica que ela possui espaço suficiente para os salvos glorificados de todos os tempos. É interessante notar os que, no Tabernáculo do Antigo Testamento, o Santo dos Santos, onde Deus se encontrava com o seu povo, formava um cubo perfeito, e isso nos ensina que a cidade inteira ficará cheia da glória de Deus e da santidade de Deus. 144 côvados, ou seja, doze vezes doze côvados. Todas as medidas da cidade mostram associações com as doze tribos de Israel e os doze apóstolos. “Doze” designa, simbolicamente, o povo de Deus.

4. Materiais. Iluminada pela glória de Deus, sua luz tem a resplandecência do jaspe. Além disso, ela é feita de ouro puro e, como fundamento, possui doze pedras preciosas. Estes materiais preciosos utilizados na construção da cidade magnificam sua beleza e glória e a maneira como ela reflete a beleza de Deus que enche a cidade com a sua glória. Esta lista também alude às doze pedras do peitoral de Arão (Êx 28.15-21); aquelas prerrogativas que no AT pertenciam apenas à classe sacerdotal pertencem agora à cidade inteira. Ela não precisa de templo, porque o seu santuário é o Deus Todo-Poderoso e o Cordeiro. A presença e a comunhão íntima com Deus permearão toda a cidade santa, e não apenas um templo (Ap 21.22). Em cumprimento a Isaías 60.19,20, também não carece de sol nem de lua, porque o Filho de Deus é a sua lâmpada (Ap 21.23). E como ali não haverá noite, suas portas jamais se fecharão. Aleluia!

SINOPSE DO TÓPICO (II)

Deus é o construtor da Nova Jerusalém, por isso ela é uma cidade santa, perfeita e esplendorosa onde os remidos do Senhor vão habitar para todo o sempre.

III. O PERFEITO ESTADO ETERNO

A Bíblia revela muito pouco do estado eterno. Como Deus descreverá a eternidade para nós que somos tão limitados? Não alcançaríamos a revelação, o pouco que a Bíblia nos relata já é difícil compreendermos. Veremos a descrição da Nova Jerusalém, porém ela já estará disponível aos santos glorificados durante o Milênio. Nos capítulos 21 e 22 a Nova Jerusalém é descrita como será vista na “eternidade futura”; é a cidade que Jesus foi preparar para nós (Jo 14.2,3).

1. Um governo perfeito. O seu governante é o próprio Deus na pessoa de seu amado Filho. Tudo será administrado com perfeição máxima. A nova Jerusalém é onde está o trono de Deus (Ap 22.3-4); o trono fala da soberania e do governo de Deus. O Senhor governa sobre essa igreja. Ela é comandada por aquele que está no trono. Ela é submissa, fiel. Esse é um trono de amor. Os súditos também são reis. Eles obedecem prazerosamente.

2. Habitantes perfeitos. Os redimidos de todas as eras lá estarão. Ali, os patriarcas, profetas e apóstolos receberão elevadas distinções (Lc 13.28; Ap 21.14). As tribos de Israel serão igualmente honradas (Ap 21.12). Entre os habitantes da Nova Jerusalém, estarão também as nações (Ap 21.24). Isso significa que a cidade não será afetada pelo enfado, nem pela monotonia. Ela será espiritual e intelectualmente estimulante. "Os seus servos o servirão". Nosso trabalho será deleitoso. Vamos servir Aquele que nos serviu e deu a sua vida por nós. Os salvos entrarão no descanso de DEUS (Hb 4:9). Os salvos descansarão de suas fadigas (Ap 14:13), não porém de seu serviço.

3. Conhecimento perfeito. O que Deus tem preparado para nós só pode ser algo que ainda não pode ser descrito ou decifrado humanamente em palavras, como o próprio apóstolo Paulo nos disse em 1º Coríntios 2.9: "Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são [todas] as[coisas] que Deus preparou para os que o amam." Foi através do “fundamento dos apóstolos... sendo Cristo Jesus a pedra angular”, que “a multiforme sabedoria de Deus se tornou conhecida”. A sabedoria de Deus, que é Jesus (Cl 2.1,3), o qual se tornou por Deus sabedoria, justificação, santificação e redenção para nós (1Co 1.30), essa sabedoria, concretizada em todos os séculos, passada aos homens em nosso século (período da Igreja), foi dada aos apóstolos para que eles fizessem o fundamento citado em Efésios 2.20, na Jerusalém Celeste, teremos a eternidade para estar com e adorar a Cristo, e explorar lhe o infinito conhecimento. Já imaginou um estudo teológico de milhões de anos? Sim, lá seremos teólogos perfeitos. Hoje, conhecemos a Deus apenas em parte (1 Co 13.12). Mas ali, na Nova Jerusalém, a eternidade não será suficiente para conhecermos o Pai (Rm 11.33). Aleluia!

4. Comunhão perfeita. A Eternidade oferecerá finalmente a reconciliação completa entre o homem e Deus. Finalmente a comunhão quebrada do primeiro jardim (Gn 3) será restaurada completa e eternamente. Então, jamais Satanás ou o homem poderá quebrar esta comunhão. O resultado desta preciosa comunhão é um mundo sem lágrimas, pois somente Deus pode enxugar nossas lágrimas: “Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas” (21.4). "Contemplarão a sua face...". O que mais ambicionamos no céu não são as ruas de ouro, os muros de jaspes luzentes, não são as mansões ornadas de pedras preciosas, mas contemplar a face do Pai! Céu é intimidade com DEUS. Esta é a esperança e a meta da salvação individual em toda a Escritura: a contemplação de Deus. Ele nos salvou não apenas para irmos para o céu, mas para reinarmos com ele no céu. Ele não apenas nos levará para a glória, mas também para o trono.

5. Amor perfeito. Nossa comunhão será perfeita, porque o nosso amor também será perfeito. Escreve Paulo: “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o amor” (1 Co 13.13). Lá, não precisaremos de fé, porque estaremos frente à frente com o Pai Celeste (1 Jo 3.2). Também não precisaremos de esperança, porque comungaremos para sempre com o tão esperado Jesus. Mas, quanto ao amor, o que podemos dizer? A eternidade não será o bastante para declararmos ao Noivo o quanto o amamos. A eternidade será um estado de Gozo e Paz perfeitos. Deus criará novos Céus e nova Terra adaptados para a eternidade (Ap 21.1). A Nova Jerusalém estará nesta nova Terra e Deus habitará nela (Ap 21. 2,3). Veremos a face do Senhor para sempre e o serviremos (Ap 22.3,4). Passaremos a eternidade com o Nosso Senhor! Aleluia! Após o Juízo Final e a criação do novo Céu e da nova Terra, Deus introduzira os seus filhos na eternidade; tudo estará feito; ou seja, a restauração total dos Céus e da Terra e de todos os que nela habitam. O problema do pecado e da morte jamais retornará! (Ap 21.5-7).

SINOPSE DO TÓPICO (II)

A Nova Jerusalém será um Estado não somente perfeito, mas igualmente eterno.

CONCLUSÃO

Creio, de acordo com o ensino das Escrituras, que todos quantos forem justificados pela fé no nome do nosso Senhor Jesus Cristo, viverão corporalmente na eternidade, na presença de Deus, no pleno gozo das bem-aventuranças celestiais; e que aqueles que, pela sua impenitência e incredulidade, rejeitarem a oferta da graça e misericórdia de Deus, em Cristo, viverão corporalmente na eternidade, afastados da glória de Deus e em sofrimento eterno. (Sl 16.11; Mt 25.46; Jo 14.2); Far-me-ás ver a vereda da vida; na tua presença há fartura de alegrias; à tua mão direita há delícias perpetuamente (Sl 16.11); E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna (Mt 25.46); Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar. (JO 14.2). Este estado de eterna glória, em que Deus já terá enxugado as lágrimas de todos os salvos, jamais findará. Jesus Cristo entregará o Reino ao Pai. Haverá um novo céu e uma nova terra onde habitará a justiça. Não haverá mais tristeza, nem ódio nem dor, nem lembranças amargas do passado. Não haverá mais noite e o tempo cronológico provavelmente deixará de existir. Todos os salvos de todas as épocas se reconhecerão e estarão juntos eternamente. O puro e perfeito amor será desfrutado na sua inteireza. Acredito que não haverá mais a possibilidade de pecar. Os salvos serão unidos ao Senhor de maneira perfeita, física (corpo ressurreto e incorruptível) e espiritualmente, nas suas frontes estará gravado o Seu nome.

Fonte: Francisco de Assis Barbosa, auxilioaomestre@bol.com.br

NOTAS BIBLIOGRAFICAS

TEXTOS UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem final de Cristo à Igreja; Comentarista: Claudionor de Andrade; CPAD;

OBRAS CONSULTADAS:
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
-. Bíblia de Estudo Genebra, São Paulo e Barueri, Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 1999;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
-. KISTEMAKER, Simon. Apocalipse. São Paulo: Cultura Cristã, 2004;
-. HORTON, S. M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed., RJ: CPAD, 2001.
-. LAWSON, S. J. As Sete Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final de Cristo para seu povo. 5.ed., RJ: CPAD;
Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/ , na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.

terça-feira, 12 de junho de 2012

12ª Lição de 17 de Junho de 2.012


O JUÍZO FINAL

TEXTO ÁUREO

“Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte”. (Apocalipse 21.8). 

Tímidos: Coragem e resistência paciente são indispensáveis no conflito entre o Cordeiro e o Dragão. Incrédulo é o oposto de fiel. Abomináveis significam poluídos pelas abominações da terra (17.5). Feiticeiros: O grego literal refere-se àqueles que traficam drogas. Mentirosos são aqueles que se desviam da verdade e juntam-se aos enganadores. [a].

VERDADE PRÁTICA

Deus é amor, mas não permitirá que nenhum pecador impenitente fique impune.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Apocalipse 20.7-15.

OBJETIVOS

- Definir o Juízo Final;
- Compreender o sistema do julgamento divino e seus personagens; e
- Conscientizar-se de que o Juízo Final é uma doutrina fundamental das Escrituras.

PALAVRA CHAVE

Juízo: Ato, processo ou efeito de julgar; Ato de julgar. Faculdade intelectual de julgar, entender, comparar e tirar conclusões. Julgamento, apreciação: fazer bom juízo de alguém. Sensatez, bom senso, tino, siso [b].


COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

"E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo," (Hb 9.27). Segundo as Escrituras, aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o Juízo final. O Juízo FinalJulgamento Final, o Dia do Juízo Final, ou Dia do Senhor nas Escrituras, é o julgamento final e eterno feito por Deus sobre todas as nações. Terá lugar depois da ressurreição dos mortos e a Segunda Vinda de Cristo (Ap 20.12-15). A Escola Pré-Milenista dispensacionalista[c], ensina que a Segunda Vinda acontecerá em duas fases distintas: na primeira, Cristo se encontrará com a Igreja nos ares e levará os salvos para participar das Bodas do Cordeiro nas regiões celestiais; na segunda, após sete anos de Tribulação na Terra sem a presença da Igreja, Cristo regressará com ela para reinar neste mundo por mil anos. Fazemos distinção entre a ressurreição para a Igreja, na ocasião do Arrebatamento; a ressurreição para aqueles que virão a crer durante a Grande Tribulação de sete anos (ressurreição esta que ocorrerá na segunda fase da Segunda Vinda de Jesus, no final da Grande Tribulação); e a ressurreição dos incrédulos no final do Milênio. Distingue também o julgamento dos crentes após o Arrebatamento (Tribunal de Cristo), o julgamento dos judeus e gentios convertidos no final da Grande Tribulação (Julgamento das Nações) e o julgamento dos incrédulos no final do Milênio (Juízo Final ou Juízo do Grande Trono Branco). Cremos que o período de sete anos da Grande Tribulação será literal, e que a Igreja será arrebatada antes dessa tribulação. O Milênio será inaugurado e estabelecido com a Segunda Vinda de Jesus (na segunda fase), após a Grande Tribulação, e durará literalmente mil anos. Para esta escola, há distinção entre Israel e a Igreja. 

I. O QUE É O JUÍZO FINAL

1. O Juízo Final. A cena do Juízo Final que aparece na Bíblia é esta que fala em justiça soberana e santa. A idéia do Juízo e retratada através do Rei sobre o seu trono medindo a justiça de todos que estão a sua frente. Os termos usados para descrever o Trono "Grande e Branco" salienta a Soberania e Santidade. A última rebelião é [imediatamente] seguida pelo Julgamento do Grande Trono Branco, sobre os não salvos. Esta é a segunda ressurreição e a segunda morte. A primeira ressurreição [mesmo em etapas] foi aquela dos salvos, enquanto que a segunda é a dos que não foram salvos. A primeira morte é a separação entre o espírito e o corpo, enquanto que a segunda é a separação eterna de Deus, no Lago de Fogo.

2. As bases do Juízo Final. “E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras” (Ap 20.12-13). Será um julgamento de obras, e isso significa que todos os que serão julgados ante este Grande Trono Branco serão condenados, pois todos são pecadores (Rm 3.9-18), e “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam” (Is 64.6). Salvação, por outro lado, não é pelas obras, mas é pela graça de Cristo, que morreu em nosso lugar; “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie;” (Ef 2.8-9). A obra (singular) do crente será julgada no Tribunal de Cristo: “A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão.” (1Co 3.13,14), referindo-se a um exame do seu serviço prestado a Cristo, para que o crente receba recompensas ou as perca. Mas os descrentes darão conta de suas "obras" (plural), referindo-se a seus pensamentos e ações serem julgados pela santa lei de Deus. As "boas obras" de um homem não podem salvá-lo, pois elas não podem comprar o perdão de sem sequer um dos seus pecados. Além disso, como vimos até mesmo a retidão do homem ou as suas boas obras são como trapo de imundície, diante um Deus triplamente santo: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam.” (Is 64.6)
.
3. A ocasião do Juízo Final. “E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.” (Ap 20.12).

SINOPSE DO TÓPICO (I)

O julgamento que o Altíssimo conduzirá no final dos tempos consoante às obras dos homens chama-se Juízo Final.

II. O JULGAMENTO DA BESTA, DO FALSO PROFETA E DO DRAGÃO.

1. O juízo sobre a Besta. Um anjo que estava no sol fez um convite para todas as aves que voavam pelo meio do céu a virem se fartarem das carnes dos poderosos, (Apocalipse 19:17 e 18) “E vi um anjo que estava no sol, e clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: Vinde e ajuntai-vos à ceia do grande Deus, para que comais a carne dos reis, e a carne dos tribunos, e a carne dos fortes, e a carne dos cavalos e dos que sobre eles se assentam, e a carne de todos os homens, livres e servos, pequenos e grandes”. A besta, os reis da terra e seus exércitos avançaram contra ao que estava montado no cavalo branco e seu Exercito, (Apocalipse 19:19) “E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo e ao seu exército”. A besta e o falso profeta foram presos e lançados no lago de fogo, (Apocalipse 19:20 e 21) “E a besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre. E os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes” [d].

2. O juízo sobre o Falso Profeta. Os dois aliados do dragão introduzidos no capítulo 13 – a besta (do mar) e o falso profeta (a besta da terra que induzia as pessoas a adorarem a besta) são tomados pelas forças do Cordeiro. Foi comum nas guerras tomar os reis ou comandantes como prisioneiros, ou para o cativeiro (cf. 2 Reis 25.5-7) ou para serem executados diante do povo vitorioso (cf. Juízes 8.12,21). O destino destes líderes dos ímpios: Os dois foram lançados vivos dentro do lago de fogo que arde com enxofre: O “lago de fogo” é mencionado somente no Apocalipse (cf. 20.10,14,15). Destes versículos aprendemos que é o lugar do tormento perpétuo das duas bestas, do diabo e daqueles que não são achados no Livro da Vida. A morte e o inferno (hades), também, são lançados neste lago. Enxofre sempre representa castigo ou destruição que vem de Deus (cf. 9.17-18; 14.10; Salmo 11.5-7). A destruição, porém, não significa cessar de existir. O tormento deles continua “pelos séculos dos séculos”(20.10) [e].

3. O juízo sobre o Dragão.  Satanás será acorrentado durante estes mil anos dentro do abismo, conforme Apocalipse 20:1-3"E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo (poço sem fundo), e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente [dos primórdios], que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o [seguramente] por mil anos. E lançou-o no abismo (poço sem fundo), e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo." O diabo, que habilitou a besta e o Falso Profeta, compartilham de seu destino. No primeiro estágio de seu julgamento, ele é amarrado por mil anos no abismo. Qualquer que seja a interpretação sobre o milênio, a verdade central da derrota de Satanás em estágios, continua a mesma. O objetivo da prisão do diabo é para que não engane as nações. Desde a época do primeiro advento de Jesus e do derramamento do Espírito Santo, não foi mais possível para Satanás manter o povo do mundo nas trevas sem disputa (Lc 2.29-32), uma vez que os discípulos proclamam o evangelho para “todas as nações” (Mt 28.18-20) [e]. A trindade profana estará reunida para passar a eternidade em tormentos. Em seguida, ocorrerá o julgamento diante do Grande Trono Branco, no qual os perdidos de todas as épocas — os espíritos não regenerados daqueles que morreram sem Cristo, incluindo aqueles que foram consumidos pelo fogo ao seguirem a Satanás no fim do Milênio — serão julgados de acordo com suas obras, conforme registradas nos "livros" (plural) (Ap 20.12).

SINOPSE DO TÓPICO (II)

Antes de instaurar o Juízo Final, o Senhor julgará antecipadamente a Besta, o Falso Profeta e o Dragão.

III. A INSTALAÇÃO DO TRONO BRANCO

Os últimos versículos do capítulo 20 descrevem uma cena de julgamento de destruição dos mortos. A santidade de Deus não aceita a impureza daqueles cujos nomes não foram achados no Livro da Vida. O trono branco aparece somente aqui, mas a ideia do julgamento divino aparece em diversos textos no Antigo e Novo Testamento.

1. O Trono Branco. É um trono que descreve a majestade e grande autoridade de Deus. Este é o trono do Rei dos reis e Senhor dos senhores, o trono onde cada sim é sim [absoluto e final] e cada não é não [absoluto e final], para além do qual não há mais possibilidade de recurso, de apelo [muito menos de segunda chance. Branco significa santidade e retidão. Trata-se do trono do santo [e final] julgamento de Deus contra todos os pecados. Não há um arco-íris como havia em Apocalipse 4. Não há nenhuma graça, nem misericórdia, não há nenhum pacto de esperança. Em contraste com os crentes, que veem livre e corajosamente a um "trono da graça", em razão do sangue de Cristo [sobre eles aplicado]: “Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno”; “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus,” (Hb 4.16, 10.19), o descrente é arrastado até um aterrorizador, flamejante trono branco para receber julgamento sem nenhuma diminuição. “Quem parará diante do seu furor, e quem persistirá diante do ardor da sua ira? A sua cólera se derramou como um fogo, e as rochas foram por ele derrubadas” (Na 1.6 ). “Porque o SENHOR teu Deus é um fogo que consome, um Deus zeloso” (Dt 4.24); “Nuvens e escuridão estão ao redor dele; justiça e juízo são a base do seu trono. Um fogo vai adiante dele, e abrasa os seus inimigos em redor”(Sl 97.2,3); “Porque o nosso Deus é um fogo consumidor” (Hb 12.29). (Ap 20.11: “E vi um grande trono branco...) É grande, o que significa a onipotência de Deus. O pecador, que invariavelmente pensa de si como importante e digno de graça, será plenamente consciente de sua insignificância e inutilidade de sua vaidade quando ele ficar diante deste grande trono.

2. Os Tronos dos Justos. O plural trono é usado somente quatro vezes em Apocalipse (ver 4.4; 11.16), e aqueles sentados neles sempre são os vinte e quatro anciãos, a quem foi dado o poder de julgar como representantes da Igreja no céu e na terra (ver Dn 7.9,22,27; Mt 19.28; Lc 22.30; Hb 12.1,2). [f]. Essa foi a promessa do Cristo glorificado à igreja de Laodicéia: “Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono”. (Ap 3.21).

3. O Supremo Juiz. “E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles”(Ap 20.11). O ocupante do trono este é Jesus Cristo, a quem o Pai deu todo o julgamento: “E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo” (Jo 5.22). O homem disse, “Mas os seus concidadãos odiavam-no, e mandaram após ele embaixadores, dizendo: Não queremos que este reine sobre nós.” (Lc 19.14 ) mas agora eles comparecerão perante Ele, contra Quem se rebelaram, e darão conta a Ele.

4. Os livros do Juízo Final. O livro da vida será aberto. Este é o livro que contém os nomes das pessoas de todos os séculos que estão eleitas em Cristo, de acordo com o pré-conhecimento de Deus “E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto, desde a fundação do mundo.”; “A besta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição; e os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo a besta que era e já não é, mas que virá.” (Ap 13.8; 17.8). A própria existência deste livro irá relembrar todo pecador que um Salvador veio ao mundo para morrer pelos pecados do homem, e que a salvação foi oferecida a "todo e qualquer que a queira". "O Livro da Vida será desenrolado ali, porque muitas pessoas naquela grande multidão têm tido como garantido que os seus nomes estão lá, meramente porque, por acaso, foram listadas no rol de membros de alguma igreja ou sociedade religiosa". “E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” (Mt 7.23). O livro de obras será aberto. É mantido registro de todas as obras do homem, incluindo cada palavra inútil e cada coisa secreta: “Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo.”; “Porque não há coisa oculta que não haja de manifestar-se, nem escondida que não haja de saber-se e vir à luz.”; “No dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho.” (Mt 12.36; Lc 8.17; Rm 2.16). Salmos 50.16-21 descreve o tipo de coisas que serão vistas no Julgamento do Grande Trono Branco: “Mas ao ímpio diz Deus: Que fazes tu em recitar os meus estatutos, e em tomar a minha aliança na tua boca? Visto que odeias a correção, e lanças as minhas palavras para detrás de ti. Quando vês o ladrão, consentes com ele, e tens a tua parte com adúlteros. Soltas a tua boca para o mal, e a tua língua compõe o engano. Assentas-te a falar contra teu irmão; falas mal contra o filho de tua mãe. Estas coisas têm feito, e eu me calei; pensavas que era tal como tu, mas eu te argüirei, e as porei por ordem diante dos teus olhos”. O livro de Deus [a Bíblia] também vai estar lá. Em João 12.48 Jesus disse: “Quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado essa o há de julgar no último dia”. Assim, a Bíblia será aberta nessa ocasião como um testemunho para cada pecador.

SINOPSE DO TÓPICO (III)

Na instauração do Juízo Final teremos os seguintes símbolos: o Trono Branco, os tronos dos justos, o Supremo Juiz e os livros do juízo.

IV. O JULGAMENTO DOS MORTOS

Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono: A tendência de muitos comentaristas é ver aqui a ressurreição no último dia e o julgamento final. A Bíblia claramente ensina que haverá uma ressurreição de todos e um julgamento “perante o tribunal de Cristo” (2Co 5.10; Jo 5.27-29). Os mortos, neste caso, seriam aqueles que se dedicavam à besta. Não há menção aqui de galardão para os fiéis, somente de condenação dos ímpios. Na “primeira ressurreição” (20.5), os adoradores do Cordeiro foram exaltados para reinar com ele. Aqui, podemos ver uma segunda ressurreição – dos adoradores da besta, os grandes e os pequenos (cf. 13.16), que serão condenados com ela.

1. A segunda ressurreição. “Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia”: Nenhum morto foi isento deste julgamento. Até os ímpios entregues à Morte e ao Inferno (6.7-8) são apresentados para o julgamento. Deus tem domínio, e ninguém consegue proteger os mortos do julgamento dele. “E foram julgados, um por um, segundo as suas obras”: Os servos da besta são julgados da mesma maneira que todos serão julgados no último dia (2 Coríntios 5:10). Deus é justo, e dará a cada um segundo as suas obras.

2. Os mortos da segunda ressurreição. No discurso feito logo após a cura do paralítico de Betesda, Jesus falou de duas ressurreições distintas. A primeira é a ressurreição figurada: “Eu lhes asseguro: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas passou da morte para a vida. Eu lhes afirmo que está chegando a hora, e já chegou a que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e aqueles que a ouvirem, viverão” (Jo 5.24-26). A segunda é a ressurreição literal: “Não fiquem admirados com isto, pois está chegando a hora em que todos os que estiverem nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que fizeram o bem ressuscitarão para a vida, e os que fizeram o mal ressuscitarão para serem condenados” (Jo 5.28-29). Jesus explicou que a hora da primeira ressurreição “já chegou”, mas a hora da segunda “está chegando”. É o tempo que separa e diferencia uma ressurreição da outra. Em outras palavras, a primeira ressurreição está acontecendo e a segunda está para acontecer. [g]. Os mortos da segunda ressurreição são os fisicamente mortos. A ressurreição para a vida é chamada de Primeira Ressurreição. A ressurreição que é para a morte, é chamada de Segunda Ressurreição (“E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno” Daniel 12.2; “Não vos maravilheis disso, porque vem à hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação” João 5.28-29) [h].

3. A segunda morte. Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo: A Morte e o Inferno são inimigos de Deus, mas são dominados, utilizados e vencidos pelo Senhor. Existem vários sentidos ou contextos em que Jesus vence a morte e o inferno (a palavra grega aqui é hades – região dos mortos). No passado, ele a venceu na sua ressurreição (Atos 2:24-31; Romanos 6:9; 2 Timóteo 1:10). No presente, os servos fiéis participam da vitória sobre a morte (Romanos 8:2,38-39; Hebreus 2:15; 1 João 3:14). No futuro, a morte é o último inimigo a ser vencido (1 Coríntios 15:26). Aqui, em relação à guerra do dragão e suas bestas contra os santos, a morte e o inferno são derrotados e lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo: O vencedor é isento desta morte (2:11; 20:6). Ele participa da vida que há em Cristo Jesus. O lago de fogo já foi representado como lugar de castigo perpétuo (20:10). Na verdade, os ímpios ressuscitarão para uma “segunda morte”, Ap 21.8. Essa “segunda morte” não significa aniquilamento, mas banimento da presença de Deus (2 Ts 1.9). Esse banimento implica que todos os ímpios serão lançados no Geena, chamado “Lago de Fogo” (Mt 25.41,46), que arde continuamente com fogo inapagável — o tormento eterno (Ap 14.10,11).

SINOPSE DO TÓPICO (IV)

No Juízo Final, os mortos, sejam grandes ou pequenos, estarão diante do Trono Branco.

V. O JULGAMENTO DA MORTE E DO INFERNO.

O inferno e a morte (o lugar de separação), tendo sido esvaziados pela segunda ressurreição, serão lançados como lixo para dentro do lago de fogo, e assim eliminado completamente.

1. O juízo sobre a morte. Enfim, da morte nunca mais se dirá "Em Adão todos morrem" (1Co 15.22). A morte está sendo personificada aqui, pois é a grande inimiga do homem, e está ligado ao inferno, ou Hades, o equivalente do grego para o hebraico Sheol - é o lugar para onde atualmente só descem as almas dos mortos ímpios, pois as dos justos sobem para estar com Cristo no céu (2Co 5.8).

2. O juízo sobre o inferno. A palavra “inferno” aparece na Bíblia por 30 vezes, sendo apenas 10 vezes em todo o Velho Testamento e 20 vezes no Novo Testamento, porém não foi registrada a mesma palavra para inferno em todas as passagens. Não houve na realidade falha do tradutor quando menciona inferno no lugar delas, pois cada uma das palavras originais tem um significado próprio e complexo na sua descrição. Em primeiro lugar não podemos associar a palavra “inferno” a todos os lugares citados, sem dúvida seria incorreto. Em algumas traduções mais equivocadas ainda está mencionado “sepultura” outras o “além”, nesses casos não houve nenhuma fidelidade na tradução da palavra. Sequer foi deixado claro que o lugar é de tormento terrível quando a tradução está dessa forma.

SINOPSE DO TÓPICO (V)

Embora não sejam pessoas, a morte e o inferno serão finalmente julgados. Eles simbolizam os dois grandes castigos perpetuados na humanidade.

       CONCLUSÃO

A mensagem do Julgamento do Grande Trono Branco é que não existe qualquer possibilidade de salvação após a morte, e que o homem deve confiar em Cristo na presente vida, ou ser condenado eternamente. "Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável E socorri-te no dia da salvação; Eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação” (2Co 6.2). São do próprio Senhor Jesus estas palavras: Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, TEM a vida eterna, e NÃO entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24). A esperança da Igreja está baseada na ressurreição de Cristo. Sua morte e ressurreição são a garantia total de que Ele voltará. Sua vitória sobre a morte foi com glória, triunfo e poder. Esse assunto não é agradável nem fácil de ser compreendido. A justiça divina não deve ser pesada por nossos vãos pensamentos, devemos apenas cumprir a Palavra e submetermo-nos à sua autoridade. Nosso papel como atalaia é o de anunciarmos as Palavras do Senhor e alertarmos os ímpios de seus maus caminhos. Não é o desejo divino que alguém se perca, por isso mesmo Ele nos levantou por atalaias neste mundo! Eia! Vamos alcançar os perdidos e adverti-los acerca do futuro e do juízo de Deus. Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo’ (Hb 10.31).

Fonte: Francisco de Assis Barbosa - auxilioebd.blogspot.com.br

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS

TEXTOS UTILIZADOS:
-. Lições Bíblicas do 2º Trimestre de 2012, Jovens e Adultos, As Sete Cartas do Apocalipse — A mensagem final de Cristo à Igreja; Comentarista: Claudionor de Andrade; CPAD;

[a]
. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001; nota textual Ap  21.8, pág 1369;
[b]
http://www.dicio.com.br/juizo/;
[c]
http://www.monergismo.com/textos/escatologia_reformada/pre-dispensa-comparados_hanko.pdf;
[d].
http://www.bepeli.com.br/estudos_biblicos/ismar_malta/estudosbiblicos/do_arrebatamento_ao_juizo_final.htm;
[e].
 Adaptado de Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001; nota textual Ap  20.1-8, pág 1368;
[f].
 http://www.tempodofim.com/falso_profeta.htm;
[g]. http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/304/a-ressurreicao-do-corpo-no-ensino-de-jesus ;
 [h]. http://solascriptura-tt.org/EscatologiaEDispensacoes/RessurreicaoEsperancaGloriosa-CleversonFaria.htm ;

OBRAS CONSULTADAS:
-. Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP; SBB 2001;
-. Bíblia de Estudo Palavra Chave Hebraico e Grego, - 2ª Ed.; 2ª reimpr. Rio de Janeiro: CPAD, 2011;
-. HORTON, S. M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed., RJ: CPAD, 2001.
-. LAWSON, S. J. As Sete Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final de Cristo para seu povo. 5.ed., RJ: CPAD;
-. BLOMBERG, C. L. Questões Cruciais do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2010.
-. RICHARDS, L. O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed., RJ: CPAD, 2007.
-. RICHARDS, L. O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 1.ed., RJ: CPAD, 2005.

Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/ , na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.